Osama Abdul Mohsen estava com o filho Zaid de oito anos em Roeszke, na fronteira entre a Hungria e a Sérvia, quando foi agredido por Petra Laszlo, a jornalista húngara do canal N1 que foi despedida depois do incidente. O episódio, que já um dos que ilustra a maior crise de refugiados do mundo desde a II Guerra Mundial, não impediu o pai e o menino de 8 anos de chegar a Munique, onde o esperava um outro filho de 18 anos e a restante família. Mas o final desta história é mais feliz ainda: Osama Abdul Mohsen vai tornar-se treinador de uma academia de futebol, EM Getafe, conta o El Confidencial.

A notícia foi dada por Miguel Ángel Galán, diretor da escola de treinadores CENAFE em Espanha. Na Síria, Osama Abdul Mohsen era treinador de futebol da primeira liga e estava à frente do maior clube do país, o Al-Fotuwa. Teve de desistir da vida na Síria e rumou à Europa numa viagem que durou 12 dias.

A proposta da CENAFE é levar toda a família do treinador sírio para Madrid, onde Osama Abdul Mohsen vai poder assumir o comando do clube da primeira divisão espanhola. A escola enviou um aluno marroquino de 23 anos, Mohamed Labrouzi, para a Alemanha para poder entrar em contacto com a família Abdul Mohsen, que aceitou a proposta espanhola. Agora, a família estará a caminho de Paris de comboio, de onde seguirão para Madrid.

De acordo com o jornal Más Fútbol, a CENAFE pretende levar a família de Osama, que está atualmente na Turquia, para junto do treinador de futebol, que deverá chegar à capital espanhola pouco depois da meia-noite desta quinta-feira.

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