Eduardo Cabrita, Jorge Lacão, Pedro Marques, Pedro Nuno Santos, João Galamba, Pedro Delgado Alves e Ana Catarina Mendes já demonstraram o apoio político a António Costa. Alguns destes deputados têm responsabilidades na bancada parlamentar do partido e muitos entraram nos órgãos do partido ou na direção da bancada resultado do compromisso de unidade do partido na sequência das conversas entre António Costa e António José Seguro, no ano passado.

Jorge Lacão foi o primeiro a demitir-se, mas da direção do partido. Quem também fazia parte do lote de apoiantes de António Costa que integrou a direção do partido foi Francisco Assis, mas ontem, o deputado que foi cabeça de lista à europeias declarou o apoio ao líder do partido.

Durante o dia, vários têm sido os deputados a declarar o apoio a António Costa ou, pelo menos, à necessidade de convocação de um congresso extraordinário. O último foi Eduardo Cabrita, presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, a defender que é preciso o “espírito” com que António Costa lida com situações difíceis:

“É esse espírito de mudança que deve chegar ao país”.

Em declarações aos jornalistas, defendeu ainda que o debate tem de ser “político” porque, frisou, “não é admissível uma resposta burocrática e administrativa”, referindo-se ao facto de a direção do PS ter recusado, até à data, a convocação de um congresso extraordinário e eleições diretas para a liderança. Além destes deputados, João Galamba voltou a declarar o apoio a Costa dizendo que o PS “não pode ter medo do debate interno”. “O meu apoio a António Costa é público”.

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No Facebook, o deputado Pedro Marques, também membro da Comissão de Orçamento e Finanças, defendeu a “urgência de marcação de um congresso. Perante esta situação política, alguém perceberia que a eleição do secretário-geral do PS, que é direta e feita pelos militantes, fosse transformada numa contagem de federações que apoiam ou não a realização de um congresso?”. O deputado lembrou ainda que nem todos os presidentes de federações representam os militantes de base e que “a força das lideranças do PS faz-se há muitos anos pela escolha direta dos militantes!”.

Sem Título

Mas perante a recusa da direção em marcar um congresso extraordinário, como o Observador noticiou terça-feira, o grupo de apoiantes de Costa estão a contar espingardas. Vários deputados estão agarrados ao telefone a receber indicações de apoios.

Também a deputada Isabel Moreira escreveu no Facebook para defender um debate sobre a liderança. “A disponibilidade de António Costa é acima de tudo um gesto patriótico. Não se trata de ambição pessoal ou guerrilha”, escreveu. “Se a democracia exige leituras lúcidas de resultados eleitorais, o PS deve abrir-se num espírito democrático à disponibilidade, que saúdo, de António Costa”, rematou.