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JÚLIO LOBO PIMENTEL/OBSERVADOR

JÚLIO LOBO PIMENTEL/OBSERVADOR

Arundhati Roy: "Pode não haver nenhuma sociedade no mundo completamente justa, mas temos de ansiar por justiça"

Ao fim de 20 anos, Arundhati Roy volta aos romances com "O Ministério da Felicidade Suprema". A escritora indiana esteve este fim-de-semana em Cascais, no Festival Internacional de Cultura.

Passaram 20 anos desde que Arundhati Roy escreveu O Deus das Pequenas Coisas, o romance sobre uma família despedaçada pela tragédia e pelo escândalo que lhe valeu o Man Booker Prize e a fama internacional. Traduzido em mais de 42 línguas e com mais de oito milhões de cópias vendidas no mundo inteiro, o livro transformou a até então desconhecida Arundhati numa estrela internacional e numa espécie de heroína nacional. Dois papéis com os quais nunca poderia sentir-se confortável. Por essa razão, decidiu tomar uma decisão: usar a posição que entretanto tinha ganho para expor tudo o que estava errado no seu país, a Índia.

Participou em manifestações contra a corrupção no governo, contra o nacionalismo hindu, a independência de Caxemira, os testes nucleares, publicou dezenas de livros, ensaios políticos, escreveu documentários, uma série de televisão e usou o prémio que ganhou para ajudar quem mais precisava. Há quem diga que deu voz a quem a não tinha, uma frase de que não gosta nada. É que, para a autora, “não existem ‘aqueles que não têm voz’”. “Apenas existem aqueles que não são ouvidos propositadamente.”

A necessidade que sentiu – e sente – em lutar por um mundo mais justo, nunca deixou de lhe dar problemas. Transformada numa praga nacional, foi alvo de dezenas de ameaças, processos judiciais, alguns dos quais ainda se arrastam nos burocráticos tribunais indianos. No ano passado, e pela primeira vez em 20 anos, sentiu a necessidade de deixar a sua casa em Nova Deli e refugiar-se em Inglaterra depois de ter sido acusada, em direto na televisão, de ter sido responsável por organizar uma série de manifestações estudantis no país. Com um livro para acabar, fez as malas e saiu do país. Mas as saudades que sentiu foram tantas que regressou apenas alguns dias depois. Quando lhe perguntam se durante estes anos todos nunca teve medo, diz que não é bem assim. Só que o medo não pode ser desculpa – a vida tem de continuar.

O Ministério da Felicidade Suprema, o seu muito aguardado segundo romance, fala disso tudo — sobre viver à margem de uma sociedade da qual parece não ser possível escapar, sobre fazer o que está certo e, sobretudo, sobre encontrar a felicidade nos lugares mais improváveis. O livro foi publicado em Portugal em junho pela ASA, que convidou a escritora a deslocar-se a Portugal para participar este fim de semana no FIC – Festival Internacional de Cultura, que decorre em Cascais até ao fim do mês. Aproveitámos a oportunidade para falar com a autora.

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Arundhati Roy publicou o primeiro livro, "O Deus das Pequenas Coisas, em 1997

JÚLIO LOBO PIMENTEL/OBSERVADOR

Passaram 20 anos desde que publicou O Deus das Pequenas Coisas. Desses 20 anos, dez foram passados a escrever este novo romance, O Ministério da Felicidade Suprema. Numa entrevista com o The Guardian, descreveu-se como sendo uma “contadora de histórias”. “A ficção é aquilo que eu sou”, disse. Então, porque é que passou tanto tempo longe dela?
Às vezes, para conseguirmos contar uma história como deve ser, é preciso saber muito mais. As histórias não aparecem do nada, enquanto estamos sentados à nossa secretária. Pelo menos para mim. Este país [a Índia] está a mudar tão depressa, há tantas coisas a acontecer, nem conseguimos acreditar no que lemos nos jornais… É muito fácil viver dentro de uma bolha e pensar que sabemos o que se passa, mas na verdade vivemos num gueto. Pode ser um gueto rico, tanto faz, mas é preciso sair disso para conseguir compreender, para conseguir contar as histórias. Não se trata de viajar como um turista, mas para compreender – compreender mesmo — um lugar tão complexo como a Índia, não se pode estar sentado num só sítio. E as histórias que conto têm várias camadas — é como construir um universo –, é preciso muito tempo.

Durante esse tempo, escreveu muitos ensaios políticos. Isso ajudou-a de alguma forma a construir este livro?
Tudo o que fiz nestes 20 anos faz parte do universo do livro. Só que os ensaios políticos são uma discussão, um romance é um universo.

Em O Ministério da Felicidade Suprema diz que para contar uma “história destroçada” é preciso tornar-se “lentamente tudo”. Foi por isso que decidiu incluir tantas personagens?
Para mim, isso é o coração d’O Ministério da Felicidade Suprema. O que muitas vezes acontece é que escolhemos um tema e ele depois acaba por, de alguma forma, perder todo o contexto. Não quis que as pessoas que encontramos ao caminhar pelas ruas da cidade [Deli] fossem padronizadas – quis parar e descrever profundamente a paisagem. Mesmo que se tratasse de uma personagem secundária, mesmo que se tratasse de um guarda que está a guardar o posto dos correios. De onde é que ele veio? O que é que aconteceu? Isso é o nervo central do livro.

Disse que não quis padronizar as personagens. É por isso que sempre que lhe perguntam por Anjum, a personagem principal do romance, frisa sempre que o importante não é ela ser uma hijra [transexual], mas uma personagem como todas as outras?
Porque acho que isso é a primeira forma de discriminação. Ninguém me pergunta sobre as outras personagens, mas perguntam-me sobre ela como se ela não fosse uma pessoa. E, para mim, o livro é sobre o facto de ela ser uma personagem. A única identidade dela não é ser uma hijra – ela também é uma muçulmana, uma pessoa.

Complexa.
Sim. São todas complexas. Não são apenas um tipo de pessoa ou de um género. Acho que tentam reduzir as pessoas a pequenas sociologias, e isso é algo de que não gosto.

Porque é que acha que isso acontece? Às vezes parece haver a necessidade de por uma etiqueta em tudo.
Acho que as mentes das pessoas estão a ser treinadas para isso, o que acho bastante perturbador. Não é que a identidade não seja importante, mas há muitas identidades. Cada pessoa tem muitas, mas qual delas é que se vai privilegiar? Claro que num país como a Índia, onde o sistema de castas é praticado, a casta é a primeira identidade. Mas se começarmos a tratar toda a gente assim, estamos a reforçar isso.

"Não é que a identidade não seja importante, mas há muitas identidades. Cada pessoa tem muitas, mas qual delas é que se vai privilegiar?"
Arundhati Roy

Anjum vive num cemitério, numa casa de hóspedes a que chamou Jannat, “Paraíso”. Caxemira também era conhecida como jannat, mas agora assemelha-se mais a um cemitério, como referiu anteriormente. Foi por isso que escolheu este lugar para servir de casa a Anjum?
Na verdade não foi por isso que o escolhi, só me apercebi disso depois. Não escolhi nenhum conceito enquanto estava a escrever, não é uma história sobre conceitos. O que fiz foi tentar ampliar os limites daquilo que nós consideramos ser normal. Achei que isso era importante. Não queria escrever um romance íntimo sobre uma família, como fiz com O Deus das Pequenas Coisas. Queria olhar para a forma como lidamos com os tempos modernos. Está tudo cheio de gente. Até quando estamos sozinhos, porque recebemos mensagens, temos internet. Estamos sempre numa multidão. Temos de estar sempre a processar tanta coisa – pessoas, opiniões, informação, vídeos, fotografias. O mundo é assim agora. O romance tinha de lidar com isso de alguma forma.

Alguns críticos têm chamado ao seu romance realismo mágico. Uma das razões é o facto de as personagens acabarem a viver numa casa de hóspedes construída num cemitério. Só que isso não é ficção.
Não, é totalmente real. E não é nada fora do vulgar. Como na Índia a maioria das pessoas são hindus e não enterram os seus mortos — são cremados –, os cemitérios estão associados às minorias. Agora, como as minorias estão a ser atacadas, os cemitérios transformaram-se em guetos.

Apesar de ter sido escrito em inglês, este romance está cheio de palavras escritas em outras línguas. Porque é que sentiu a necessidade de o fazer?
Como é que se conta uma história sobre um lugar que existe em várias línguas? Em Deli, todos os dias falo várias línguas com várias pessoas. Não é só porque falo várias línguas, é porque é preciso falar várias línguas. Quando olhamos para o livro, vemos que ele está em inglês, mas se continuarmos a olhar vemos todas estas línguas, como peixes a nadar à superfície da água. Tolstoi, por exemplo, usava muito francês e é ok – as pessoas fazem um esforço e conseguem compreender. Neste livro, sempre que uso outra língua, explico-a de alguma forma, por isso ninguém se perde. Vemos uma sociedade que comunica em várias línguas.

Uma sociedade com várias línguas, várias culturas.
Várias línguas, várias religiões… E depois há a questão da política da língua. A língua também se está a tornar num motivo de discriminação.

Uma das personagens que se junta a Anjum no cemitério é Saddam Hussein. Porque é que escolheu este nome?
A personagem não é muçulmana, mas converte-se ao Islão depois de ver o pai a ser espancado até à morte por ser um dalit, um intocável [uma das castas indiana]. Ele vê a execução de Saddam e fica muito impressionado com sua a tranquilidade. Diz: “Eu sei que ele é um sacana, mas eu quero ser esse tipo de sacana”.

A autora ganhou o Man Booker Prize em 1997. Este ano, voltou a ser nomeada para o prémio internacional

JÚLIO LOBO PIMENTEL/OBSERVADOR

Como disse, Saddam converteu-se ao Islão para escapar ao sistema das castas. E isso também é uma realidade na Índia. Como é que é possível que um país que se considera moderno ainda viva segundo um sistema tão retrógrado?
Mas vive, e agora está muito orgulhosamente a defender que se devia voltar às antigas raízes hindus. Este nacionalismo hindu é a regra estabelecida. A casta é um sistema de feudalismo, uma hierarquia social formalizada. Quando o neoliberalismo capitalista chegou, o sistema de castas adaptou-se muito rapidamente porque nas castas já existe essa hierarquia. Já existe uma casta cuja profissão é a de comerciante. Todas as grandes empresas indianas vêm da mesma casta, que se chama baniya, por isso o sistema está muito entranhado.

E pode durar para sempre?
Sim, pode durar para sempre.

Acha que existe alguma forma de pôr um ponto final nisso?
A constituição indiana é completamente contra as castas. Existem leis que proíbem a prática das castas, mas não existe nada que o impeça. É com ter uma lei que determina o fim do cristianismo. A casta está entranhada no hinduísmo indiano, faz parte das escrituras. Perguntar se as castas algum dia vão acabar é como perguntar se o hinduísmo algum dia vai acabar. Foi isso que o grande intelectual indiano dos tempos modernos, [Bhimrao Ramji] Ambedkar, disse – que, para os dalits, o hinduísmo é uma câmara de horrores.

Escreveu um livro sobre isso, The Doctor and the Saint, no qual contrapõe a posição de Ambedkar com a de Gandhi, que defendia o sistema de castas. Um facto que é chocante para muita gente, que tem uma visão completamente diferente de quem era Gandhi e do que ele defendia.
Infelizmente, essa ideia não é baseada em informação real, é baseada em propaganda. No que diz respeito a Gandhi, vou apenas dizer que todos os seus trabalhos estão disponíveis, nos Collected Works of Mahatma Gandhi. Há coisas em relação a Gandhi que são muito boas, não é que eu ache que tudo era mau. Mas existe um retrato muito desonesto de quem ele era e do papel que ele desempenhou na África do Sul, em relação aos trabalhadores, e em perpetuar a casta.

"Há coisas em relação a Gandhi que são muito boas, não é que eu ache que tudo era mau. Mas existe um retrato muito desonesto de quem ele era e do papel que ele desempenhou."
Arundhati Roy

Porque ele acreditava no sistema de castas.
Ele disse que era o génio da civilização hindu. O que é difícil para as pessoas compreenderem é que ele era contra o simbolismo das castas. Ele queria que as castas se mantivessem, mas sem a crueldade, o que não é possível.

O sistema de castas é um dos vários temas políticos que aborda Em O Ministério da Felicidade Suprema. Era possível um novo romance sem o fazer?
O Deus das Pequenas Coisas também fala das castas e da incapacidade de lidar com isso. Muitas pessoas falam de escrever como se a beleza dos romancistas fosse viver entre listas de bestsellers e festivais literários, sem nunca lidar verdadeiramente com as coisas que fazem parte do ar que respiramos. Como é que é possível escrever sobre a Índia sem escrever sobre as castas? Sem olhar diretamente para o que se passa em Caxemira? Há quem o tenha feito, mas como é que é possível ter alguma moral e ignorar isso? É como escrever sobre o tempo do apartheid na África do Sul e fazer de conta que não existiu o apartheid. E falam disso como se não fosse isso o trabalho de um escritor, como se fosse ser passivo, entreter e fazer as pessoas felizes. Escrever coisas íntimas, que não perturbem. Quer dizer, podem perturbar emocionalmente, mas não podem perturbar a sociedade em que vivem. O que é tão perturbador. Como é que posso não escrever sobre isso?

Este livro é uma “história destroçada”, para usar as suas próprias palavras. É assim que se sente em relação à ao mundo? Que vivemos num mundo destroçado?
Sim. Por exemplo, podia ter-me tornado numa pessoa que não sabe como entrar numa aldeia na Índia, com quem falar, como falar, porque os mundos são tão distantes. A linguagem não é a mesma. E não estou a falar de inglês ou de hindi, estou a falar de uma forma de compreensão. Desapareceu.

E porque é que decidiu ser essa pessoa? Essa pessoa que sabe entrar numa aldeia, com quem falar.
Primeiro de tudo, cresci numa aldeia, num sítio pequeno. Quando O Deus das Pequenas Coisas se tornou tão conhecido e ganhei o Booker Prize, senti-me muito perturbada pelo facto de me ter tornado numa escritora conhecida internacionalmente e vir de um país onde as pessoas não sabem ler, não têm comida. Para mim, não era suficiente descrever ou comentar a situação, queria fazer alguma coisa. Pode não haver nenhuma sociedade no mundo que seja completamente justa e igual, mas temos de ansiar por justiça, de nos mover nessa direção. Enquanto isso, sentia que estava num país que celebrava a injustiça profundamente. Uma sociedade que perpetua um sistema de castas é uma sociedade que é profundamente injusta.

"Como é que é possível escrever sobre a Índia sem escrever sobre as castas? (...) É como escrever sobre o tempo do apartheid na África do Sul e fazer de conta que não existiu o apartheid."
Arundhati Roy

Essa posição que tomou, há 20 anos, trouxe-lhe muitos problemas. Ainda assim, decidiu ficar. Porquê?
É o lugar a que estou habituada, é o lugar que conheço. Não sou uma pessoa que não tem nada a ver com quem lá mora — pertenço a uma comunidade. Tenho amigos, amantes, tudo. Não consigo imaginar-me como uma pessoa sozinha, estou ligada a muitas pessoas lá. Trabalhamos juntos. Para mim, foi muito estranho escrever um romance, tornar-se num grande bestseller e ganhar muito dinheiro.

Ainda acha isso estranho, passado todo este tempo?
Sim… Quer dizer, não o Booker em si, mas tudo. Incluindo os direitos. Sentámo-nos, espalhámos o dinheiro e deixámos que outras pessoas fizessem coisas que queriam fazer. Sou apenas uma pequena parte de um grande ecossistema lá. Não consigo imaginar-me a dizer: “Ok, agora vou viver sozinha, numa casa junto à praia”.

Este ano voltou a ser nomeada para o Man Booker Prize. O que é que pensa sobre isso?
Sim [risos]. Acho que é muito amável da parte deles.

Falámos sobre o facto de não conseguir abandonar a Índia, mas no ano passado acabou por ter de fazê-lo por algum tempo.
Sim, mas foi por pouco tempo. Voltei logo!

"O Ministério da Felicidade Suprema", o segundo romance de Arundhati Roy, foi publicado este ano

JÚLIO LOBO PIMENTEL/OBSERVADOR

Foi difícil tomar essa decisão?
Era de noite, estava a ver televisão e ouvi-os a dizer “esta mulher está por trás disto tudo” [de uma série de manifestações levadas a cabos por estudantes universitários em todo o país]. No dia seguinte, simplesmente me fui embora. Estava preocupada com o livro. Os estudantes estavam a ser levados para a prisão, havia manifestações nas ruas e entrei em pânico. Mas apenas por causa do livro. Se não estivesse a escrever o livro, não teria entrado em pânico. Sabia que estava quase a terminá-lo e nada importava mais do que isso, por isso vim-me embora. Estive fora [em Inglaterra] uns oito ou nove dias e depois apercebi-me de que, para o acabar, não podia estar naquele estado de espírito, não podia fugir. Porque, assim que começamos, nunca mais para. Então regressei.

"Pode não haver nenhuma sociedade no mundo que seja completamente justa e igual, mas temos de ansiar por justiça, de nos mover nessa direção."
Arundhati Roy

Que futuro é que vê para a Índia?
Pela primeira vez, não consigo ver [o que se vai passar a seguir]. Durante todos estes anos, consegui ver o que ia acontecer. Comecei a escrever este livro há dez anos e, naquela altura, conseguia perceber o que vinha ai. Agora, vejo as coisas a desmoronar-se de tantas formas, por tantas razões. Coisas que não acreditávamos que podiam ser feitas. Há alguns meses, do dia para a noite, o primeiro-ministro declarou que o dinheiro ilegal [as notas de 50 e 100 rupias foram retiradas do mercado]. Como é que se pode fazer isto às pessoas? Aldeões que pouparam dinheiro durante tantos anos e, de repente, ficaram sem nada. Contudo, a retórica do chauvinismo hindu tem vindo a conseguir persuadir as pessoas de que não interessa, que as coisas vão melhora. Mas acho que, agora, as pessoas estão lentamente a aperceber-se de que as coisas não vão melhorar. A economia está a cair. A oposição foi dizimada, e sempre que se aproximam umas eleições, começam a criar estes massacres de muçulmanos. É difícil ver o que é que vai acontecer, porque este ódio foi criado desde baixo – universidades, tribunais, polícia, estas pessoas foram colocadas em todo o lado. É impossível saber.

E como é que se vê a si no futuro? Vai voltar aos ensaios?
Não sei, não tenho planos [risos]. Aconteceu tudo tão depressa! Acabei o livro, foi traduzido em tantos sítios. Em outubro terminam as grandes viagens e depois acho que é importante não fazer nada e ter a mente livre. Não sinto que tenho de estar sempre a andar, a produzir e a competir, mas acho que os próximos dois anos vão ser muito perigosos.

Porquê?
Porque vai haver eleições em 2019 e as coisas ficaram tão más que a única forma que este governo tem [de ganhar] é criar muitos problemas, uma guerra, massacres, o que seja. Vão ser dois anos muito perigosos na Índia. Sinto-o. Estamos todos em estado de alerta.

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