(Este artigo foi inicialmente publicado em fevereiro de 2022. É atualizado agora após a morte de Isabel II esta quinta-feira, 8 de setembro de 2022)
No guarda-joias da rainha Isabel II estão peças de joalharia, heranças de família, símbolos nacionais e reais e muitas memórias. São, por tudo isto, objetos de valor incalculável. A durabilidade dos metais e das pedras preciosas permite permite-lhes atravessarem gerações e manterem o seu brilho, independentemente de quem as usa, e ainda carregarem imenso simbolismo em cada escolha. Ao longo de 70 anos de reinado, Isabel II tem usado muitas peças de uma vasta coleção, às tiaras juntam-se colares, brincos, pulseiras e as suas adoradas pregadeiras. Além de serem joias impressionantes, cada uma delas tem uma história para contar, por isso abrimos o guarda-joias da rainha e fomos saber um pouco mais sobre algumas destas peças.
O casamento da jovem princesa Isabel com Filipe Mountbatten em novembro de 1947 prometia ser um momento de alegria nacional. Afinal, tratava-se da herdeira do trono do Reino Unido e o país tinha acabado de sair de uma guerra. Tudo estava preparado para que o dia fosse perfeito, mas nessa manhã a tiara que a noiva tinha escolhido usar teve um percalço. Segundo conta a Tatler, sem saber que a tiara era também um colar, a princesa tocou sem querer no fecho — sorte que os joalheiros da coroa, a casa Garrard, arranjaram prontamente uma solução. Perante o susto, a mãe manteve a calma e lembrou a noiva que havia ainda duas horas para resolver o problema e também muitos outros exemplares que poderia usar. Mas a princesa Isabel estava decidida a usar a tiara Fringe da rainha Mary.
A joia representava o “qualquer coisa emprestada” que manda a tradição e, além disso, tratava-se de uma peça de família que naquele momento pertencia à mãe e antes havia pertencido à avó, a rainha Mary. A peça era, originalmente, um colar e foi um presente da rainha Victoria para a então princesa Mary, quando esta se casou com o futuro rei Jorge V, em 1893. A rainha Mary mandou transformar o colar de 46 barras de diamantes numa tiara em 1919, e a Garrard tornou-a na tiara estilo kokoshnik que hoje conhecemos. Esta peça foi também usada no casamento pelas princesa Ana e princesa Beatriz, respetivamente, filha e neta, da rainha Isabel II.
A tiara que veio da Rússia e o colar para ir à Índia
A peça em causa tem o nome da sua primeira dona, a Grand Duquesa Vladimir, tia do czar Nicolau II da Rússia e é uma obra do joalheiro da corte russa, Bolin. Quando o país entrou em guerra no início do século XX, a família real tentou fugir e a Grand Duquesa foi a última Romanov a abandonar a Rússia, contudo, ao fugir perdeu o rasto à sua joia. Segundo um artigo da revista Tatler, saiu do país pela mão de Albert Stopford, um antiquário britânico e amigo da família especialista em Fabergé e Cartier, que retirou do cofre da aristocrata no palácio 224 joias (entre elas a tiara) que levou com ele para Inglaterra. Depois da morte da Grand Duquesa, em 1920, foram vendidas para ajudar os filhos e, entre os membros da realeza que as compraram, está a rainha Mary, que adquiriu a tiara Vladimir. O modelo original contava com pérolas em forma de pêra penduradas no centro dos arcos de diamantes, mas a nova proprietária, uma apaixonada por joias, mandou acrescentar um mecanismo que permitisse trocar as pérolas por 15 esmeraldas suas. A rainha Isabel II herdou-a da avó quando esta morreu. E usou a tiara com muita frequência ao longo da sua vida, nas três versões.
O colar Delhi Durbar com pendente Cullinan VII conta com nove esmeraldas que pertenciam à duquesa de Cambridge, a avó da rainha Mary (que por sua vez é a avó da rainha Isabel II). Os dois pendentes são uma esmeralda e um diamante, parte do diamante Cullinan. Este colar faz parte de um conjunto de joias que a rainha Mary encomendou à casa Garrad para usar na Delhi Durbar, uma espécie de assembleia realizada na cidade indiana de Deli, para assinalar a sucessão de imperador da Índia, quando o país ainda fazia parte do império britânico. Aconteceu três vezes, nos anos de 1877, 1903 e 1911. Tanto a tiara como o colar, puderam ser apreciadas pelo público durante uma exposição dedicada aos 80 anos da rainha Isabel II que esteve patente no Palácio de Buckingham, durante a abertura ao público no verão de 2006.
O Cullinan é o maior diamante já encontrado (na África do Sul, em 1905) e foi dividido em nove partes (mais 96 pequenos brilhantes), todas pertencem à Coroa britânica, estão colocadas em diferentes joias e os nomes são a sua numeração de I a IX.
As pedras da cor da água do Brasil
A propósito da coroação da rainha Isabel II, em 1953, o Brasil ofereceu à jovem monarca um conjunto de joias com diamantes e aquamarinas composto por um colar e um par de brincos. Quatro anos mais tarde a rainha encomendou à casa Garrard uma tiara a condizer com estas joias, em platina e também com diamantes e aquamarinas. Em visita ao Brasil, em 1968, recebeu do Governador de São Paulo mais uma joia com as pedras azuis e mandou acrescentá-las à tiara. Este conjunto conta, atualmente, também com uma pulseira e uma pregadeira. É um verdadeiro parure, palavra francesa que define um conjunto de joias a condizer. A rainha usa estas peças com muita frequência e, quando os reis de Espanha visitaram o Reino Unido, em 2017, Isabel II usou o vistoso conjunto, que esteve em exibição nas Salas de Estado do Palácio de Buckingham, bem como outras joias e peças de roupa da rainha, durante a abertura ao público naquele verão de 2006.
Pedras vermelhas e inspirações longínquas
A tiara Oriental Circlet é uma peça muito especial, desenhada pelo príncipe Alberto, que a encomendou à casa joalheira Garrard, para oferecer à mulher, a rainha Victoria. O príncipe era um grande apreciador de arte e design e esta é apenas uma das joias que desenhou. A inspiração para esta peça foi a arte e joalharia indianas patentes na Grande Exposição de 1851, que aconteceu em Londres. A joia ficou pronta em 1853 e, inicialmente, as pedras coloridas eram opalas, que o príncipe apreciava especialmente. Contudo, a pessoa que herdou a joia foi a nora da rainha Victoria, a princesa Alexandra, que não gostava de opalas e mandou substituí-las por rubis. A mesma passou para as sucessivas gerações da família, caindo nas graças da rainha mãe, que a usou várias vezes ao longo da vida, desde 1937.
A história da tiara de Rubis Birmaneses começa em 1947, quando a rainha recebeu do povo da Birmânia 96 rubis como presente de casamento. Mas só em 1973 recorreu à casa Garrad, joalheiro da coroa, para esta tiara a partir das pedras.
Os diamantes são eternos e muito brilhantes
O Colar da Coroação faz conjunto com um par de brincos e as três peças foram feitas para a rainha Victoria. A monarca recebeu como presente o pendente do colar, o diamante Lahore, em 1851, e a peça conta com mais 25 diamantes a envolver o pescoço. As três rainhas consortes que se seguiram usaram estas joias nas coroações dos maridos: em 1902, a rainha Alexandra (só usou o colar); em 1911, a rainha Mary; e em 1937, a rainha Isabel (rainha mãe). Isabel II usou o conjunto na sua coroação em 1953.
O acessório de cabeça tradicional russo kokoshnik tornou-se uma fonte de inspiração para a joalharia europeia no século XIX. É o caso desta tiara Kokoshnik da Rainha Alexandra, composta por 61 barras preenchidas com 488 diamantes, que pode ser usada como colar. Foi feita pela casa Garrard em 1888 a pedido da Ladies Society, em nome de 365 nobres do Reino Unido, para oferecer à rainha Alexandra, quando esta ainda era princesa de Gales, pelo 25º aniversário do seu casamento com Eduardo VII.
O diadema para usar nos caminhos de ida e volta do parlamento
O Diadema de Diamante foi criado pela casa Rundell Bridge & Rundell em 1820 para a coroação do rei Jorge IV. Crê-se que o rei alugou os diamantes da joia, prática habitual na altura, mas, segundo contado no site do Royal Collection Trust, a conta desta joia foi incluída nas despesas da coroação e chegou ao escritório de Lord Chamberlain, o que leva a crer que o rei terá comprado pessoalmente a joia. No dia da sua coroação, o monarca terá usado o diadema sobre um chapéu de veludo estilo espanhol.
Como o rei morreu sem sucessão (a única filha já tinha morrido) a trono passou para o seu irmão, que se tornou o rei William IV, e foi a mulher deste, a rainha Adelaide, que ficou com o diadema e começou a tradição do uso feminino desta peça, que ainda se mantém. Esta joia conta com 1333 diamantes em corte brilhante, incluindo um diamante amarelo, assentes em emblemas nacionais de Inglaterra, Escócia e Irlanda: rosas, cardos e trevos. A rainha Isabel II usa esta joia, tradicionalmente, no caminho de ida e volta para a abertura anual do Parlamento, desde a primeira vez que o fez, em 1952, no parlamento usa a Imperial State Crown (Coroa imperial do Estado). Também usou o diadema no caminho para a sua coroação, em 1953.
A Coroa do Estado Imperial não pertence propriamente ao guarda-joias da rainha, mas já que falamos de cerimónias no Parlamento e em joias extraordinárias, porque não referir esta peça tão especial. A coroa foi criada em 1937 para a coroação do rei Jorge VI, o pai da rainha Isabel II, mas é inspirada numa coroa feita para a rainha Victoria em 1838. Além de todo o simbolismo que carrega, esta peça consiste numa moldura em ouro onde estão incrustados 2868 diamantes em corte brilhante, 17 safiras, 11 esmeraldas e 269 pérolas e ainda algumas pedras muito especiais com nome próprio, como por exemplo, o diamante Cullinan II que brilha na parte da frente da coroa. Atenção, não confundir esta coroa com a da coroação, a coroa de St. Edward, pois essa remonta a 1661, é dourada e só é mesmo utilizada nas coroações.
As tiaras que Kate escolheu
A tiara Halo ficou famosa em 2011 porque foi a escolha de Kate Middleton para o dia do seu casamento como o príncipe William, mas esta joia data de 1936 e vai já na sua terceira geração na família real. O pai da rainha encomendou a tiara à Cartier em 1936 para a oferecer à mulher, a princesa Isabel, que a usou uma única vez antes de, três semanas depois se tornarem os novos reis, Jorge VI e a rainha consorte Isabel. A primogénita do casal, a atual rainha Isabel II, recebeu-a como presente de aniversário pelos seus 18 anos, em 1944. Embora nunca tenha sido vista em público com ela, outros membros da família usaram-na fazendo com que não perdesse o brilho, como a rainha mãe, a princesa Margarida e a princesa Ana. A tiara chama-se Halo por que cria a ideia de um halo de luz sobre a cabeça e para todo este brilho são precisos 739 diamantes em corte brilhante mais 149 em corte baguete.
A tiara Cambridge Lover’s Knot (tiara do nó dos amantes de Cambridge) é uma joia feita pela Garrard entre 1913 e 1914, a pedido da rainha Mary (avó da rainha Isabel II). No entanto, a joia que temos visto Kate Middleton usar desde 2015 é uma réplica de uma tiara que a avó da rainha Mary teve e a monarca encomendou uma nova joia à imagem da antiga. A sua avó era duquesa de Cambridge e daí vem o nome da tiara. Em 1953, com a morte da rainha Mary, a joia passou para a rainha Isabel II, que a usou muitas vezes, mas, na verdade, foi a princesa Diana que a popularizou. Consta que a princesa gostava muito de pérolas e seria por isso que gostava tanto da tiara. Já Kate, embora se pense que a usa em homenagem à sogra, é provável que a use por ser ela própria a atual duquesa de Cambridge. A joia conta com 19 pérolas orientais suspensas de nós, que parecem laços, em diamantes.
Joias coloridas em visita ao estrangeiro
A fotografia da esquerda foi tirada durante a visita da rainha Isabel II a Portugal, em março de 1985, num banquete em Lisboa. Estas joias são conhecidas como conjunto de joias de ametista da coroa e é composto por um colar, uma pregadeira e um par de brincos. Também pode ser referido como as ametistas de Kent, uma vez que pertenceu, originalmente, à duquesa de Kent, a mãe da rainha Victoria. Na fotografia da direita, de visita a Praga em 1996, a rainha usou o conjunto vitoriano de safiras e diamantes, num banquete e completou com uma tiara também de safiras e diamantes. O conjunto composto por colar e brincos data de 1850, daí o seu nome, e foram um presente de casamento para a princesa Isabel (atual rainha) do seu pai, em 1947. A tiara, por seu lado, foi encomendada pela própria rainha Isabel II em 1963 para condizer com as outras joias.
As tiaras preferidas de Camilla
A Tiara Greville tem este nome porque pertenceu a Margaret Greville. Esta dama da alta sociedade era filantropa e uma colecionadora de joias. Conta a Town & Country que Margaret era filha de um magnata da cerveja e da sua amante. Casou com o aristocrata Ronald Greville, membro da Casa de Marlborough e, mesmo tendo ficado viúva 17 anos depois de casar, continuou a manter a sua vida ativa de socialite. Era amiga próxima da rainha Mary, gostava muito da sua nora, a futura rainha Isabel (rainha mãe), a quem deixaria as suas joias quando morreu em 1942, sem filhos. Serão cerca de 60, entre as quais esta tiara Greville que, na verdade, é uma criação da casa Boucheron de 1921. A rainha mãe usou-a várias vezes e a rainha Isabel II passou-a como longo empréstimo à duquesa da Cornualha quando esta se casou com o príncipe Carlos, em 2005. Encontra-se entre as preferidas de Camilla, talvez por ter pertencido à madrinha da sua avó. Margaret Greville era muito amiga da amante do rei Eduardo VII, que era também a bisavó da atual duquesa da Cornualha e foi mesmo madrinha da avó da duquesa, Sonia Keppel.
A Tiara Delhi Durbar foi encomendada pela rainha Mary à casa Garrard para usar na celebração da coroação do seu marido, o rei Jorge V, em Deli, como novo imperador da Índia. Esta celebração tem o nome de Durbar, e vem daqui o nome da peça e, segundo conta a Tatler, estes reis foram os primeiros a estar presentes nesta celebração, a 12 de dezembro de 1911. Como as joias da coroa do estado imperial da Grã-Bretanha não podiam sair do país, foi criada uma nova joia para a rainha usar. Esta peça tem 675 diamantes, chegou a ter os diamantes Cullinan III e IV e, inicialmente, tinha também 10 esmeraldas (esmeraldas de Cambridge) que a rainha herdou dos seus pais, os duques de Cambridge. Contudo, mais tarde a rainha Isabel (rainha-mãe) iria usar essas pedras numa nova joia. A rainha Isabel II herdou a tiara Delhi Durbar, mas nunca a usou em público. A duquesa da Cornualha, pelo contrário, já se atreveu com aquela que é, provavelmente, a maior tiara da coleção real.
A “tiara da avó”
Na verdade chama-se Tiara of Girls of Great Britain and Ireland (Tiara das Raparigas da Grã Bretanha e Irlanda) e é a tiara que a rainha usa na imagem de abertura deste artigo. Foi um presente de casamento do Comité das Raparigas da Grã Bretanha e Irlanda para a rainha Mary em 1893, que na altura era ainda princesa Victoria Mary de Teck. As raparigas da alta sociedade da época juntaram-se e angariaram fundos para comprar esta joia na casa Garrard (a joalheira oficial da Casa Real durante muitos anos), que a rainha Mary, avó da rainha Isabel II, haveria de oferecer à sua neta como presente de casamento, em 1947. Peça em prata e diamantes composta por duas partes, é afetuosamente conhecida como “tiara da avó”. No tempo da rainha Mary, a tiara contava com pérolas nas pontas verticais, mas esta mandou retirá-las para colocar na tiara Cambridge Lover’s Knot, a tiara que a duquesa de Cambridge costuma usar, atualmente. Esta foi uma das joias em exibição na exposição “Diamonds: a Jubilee Celebration”, que esteve patente no palácio de Buckingham em 2012, quando a rainha celebrou o seu Jubileu de Diamante (60 anos no trono).
Dois colares
O Colar do Jubileu de Ouro da Rainha Victoria foi um presente de um comité de senhoras aristocratas para a monarca em 1887, como celebração dos 50 anos do seu reinado. A rainha gostou muito do presente e declarou esta joia, com diamantes e pérolas (e com a particularidade de ter uma peça ao centro em forma de coroa), como herança da Coroa. A rainha Isabel II herdou-a em 1952 e usou-o nesse mesmo ano na abertura do parlamento. Ao longo do seu reinado já o usou várias vezes neste mesmo evento, bem como em outras ocasiões de gala.
O Colar Nizan de Hyderabad foi um presente de casamento de Nizam de Hyderabad, ou seja, do chefe do Estado de Hyderabad, para a rainha, em 1947. O Estado foi abolido no ano seguinte, hoje é a cidade capital do estado de Telangana, na Índia. O monarca era, na altura, um dos mais ricos do mundo e um ávido colecionador que convidou a princesa Isabel a escolher o que mais gostasse na Cartier — a escolha recaiu, segundo o The Court Jeweller, numa tiara floral e neste colar, ambos em diamantes e com motivos florais. A tiara, por seu lado, foi desmontada em 1973 e os seus diamantes foram utilizados na tiara de rubis birmaneses (também neste artigo). O colar data de 1935 e chegou a pertencer a outra pessoa, mas a Cartier readquiriu a peça. A rainha usou-o várias vezes e, mais recentemente foi a duquesa de Cambridge quem o usou num evento, em 2014, em Londres.
Pregadeiras com um valor sentimental e familiar especial
A rainha tem uma vasta coleção de pregadeiras e este é um acessório/joia que a monarca usa regularmente. As suas escolhas não são apenas relativas aos formato ou cores das peças, mas também ao seu significado pessoal e nacional. De entre muitas, escolhemos apenas quatro que têm, seguramente, um lugar de destaque no guarda-joias da rainha. A pregadeira Cesto de Flores foi um presente que os pais da rainha lhe ofereceram quando o príncipe Carlos nasceu, em 1948. A joia tem diamantes, rubis e safiras e um grande valor sentimental. A pregadeira da Rosa Centenária foi uma encomenda especial da rainha Isabel II para oferecer à mãe no seu 100º aniversário, em 2000, e tem muito significado. Ao centro, pintada à mão, encontra-se a Rosa Rainha Isabel Grandiflora, criada especialmente em honra da coroação da atual rainha, em 1953. A joia foi feita pelos joalheiros G. Collins & Sons e conta ainda com uma moldura de 100 diamantes, alusivos ao número de anos da aniversariante. Depois da morte da mãe, a rainha herdou a peça e tem-na usado várias vezes.
A pregadeira Príncipe Alberto foi um presente do príncipe para a sua noiva, a rainha Victoria, na véspera do seu casamento. A noiva decidiu usá-la no vestido de noiva. A joia em ouro com diamantes e uma grande safira tinha tal significado para a monarca que esta deixou-a como herança da coroa no seu testamento, passando assim para os monarcas que se seguiram e, de facto, todas as rainhas a têm usado desde então. A rainha Isabel II usa-a com muita frequência e é um símbolo de continuidade. A pregadeira Scarab foi um presente do príncipe Filipe em 1966 e é uma obra do designer britânico Andrew Grima, que foi revolucionário para a joalharia do país na década de 1960. Nesse ano, o designer ganhou o Prémio Duque de Edimburgo para Design Elegante. Esta peça em ouro é adornada por rubis e diamantes. A rainha usou esta pregadeira nos retratos que comemoraram os 70 anos de casamento do casal, em 2017.