Ao longo de 143 páginas, grande parte das quais usada para descrever a forma como os membros da claque Juve Leo se organizaram para o ataque aos jogadores do Sporting na Academia de Alcochete, a 15 de maio, o Ministério Público acusa 44 arguidos envolvidos na invasão da Academia de Alcochete de, no total, 4441 crimes de sequestro, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada (estes classificados como terrorismo e, por isso, com pena mais pesadas do que na sua forma simples), detenção de arma proibida, dano com violência, resistência, entre outros. Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, Nuno Mendes ‘Mustafá’, líder da Juve Leo, e Bruno Jacinto, antigo Oficial de Ligação aos Adeptos, estão acusados, como autores morais, de 98 crimes cada.
A procuradora Cândida Vilar, que conduziu a investigação do Ministério Público, considera que o ex-presidente do clube leonino foi o principal instigador do ataque concretizado por membros da Juve Leo e de um uma fação mais radical desse grupo, os “Casuais”. O Observador sabe que a acusação defende a tese de que, quer nas reuniões que manteve com o líder da claque e com outros dirigentes do clube quer nas publicações que foi fazendo na sua conta de Facebook, Bruno de Carvalho criou a tempestade perfeita para os acontecimentos de 15 de maio.
“Precipitação” do MP esvazia indícios contra Bruno de Carvalho
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