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Aos 50 anos, Elon Musk está muito próximo de comprar o Twitter — a sua rede social preferida

Bloomberg via Getty Images

Aos 50 anos, Elon Musk está muito próximo de comprar o Twitter — a sua rede social preferida

Bloomberg via Getty Images

De vítima de bullying na infância a "alfa" nas relações. Quem é Elon Musk, o homem que está perto de ser dono do Twitter?

Em criança era um rapaz introvertido. Aos 50 anos continua "misterioso", mas é "um génio" empreendedor que não gosta de estar só. Musk é o homem mais rico do mundo e está perto de ser dono do Twitter.

Começou de porta em porta com o irmão e os primos a vender ovos da Páscoa feitos com chocolate caseiro, desenvolveu o seu primeiro jogo de computador aos 12 anos e agora é o homem mais rico do mundo. Elon Musk teve uma infância difícil, mas nem isso o impediu de se tornar no homem de negócios que é hoje. O empresário, que tem dificuldade em estar sozinho, assumiu várias relações ao longo dos tempos. Aos 50 anos está muito próximo de comprar o Twitter e colocar o seu cunho pessoal na rede social, que é a sua preferida.

O cofundador esquecido, os tweets marcantes e o papel político. A história do Twitter, que Musk está perto de comprar

O início. A infância difícil na África do Sul e a mudança para os EUA

Elon Musk nasceu em 28 de junho de 1971 em Pretória, na África do Sul. Foi nesta cidade que, juntamente com o irmão e os primos, vendeu porta a porta ovos da Páscoa feitos com chocolate caseiro por um preço vinte vezes superior ao que custava fazê-los. Mesmo nestes momentos de convivência com os familiares, o agora multimilionário era tão introvertido que os pais chegaram a pedir exames médicos para avaliar se era surdo. Acabaram por perceber que a timidez do rapaz era a sua forma de “sonhar acordado” com as invenções que pretendia fazer, como foguetes ou explosivos. “Ele entra no seu cérebro e vê-se que está noutro mundo”, explicou a mãe.

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Aos três anos, eu sabia que ele era um génio, mas ainda não sabia se faria grandes coisas, porque muitos génios o são, mas não o aplicam” , disse Maye Musk à CBS.

Na escola primária, o tímido Elon Musk era também o rapaz mais novo e mais pequeno da turma. Um “nerd” que gostava mais de livros do que a maioria dos rapazes da sua idade — “Fui criado por livros. Livros e, depois, pelos meus pais”, admitiu. O bullying esteve muito presente na sua infância e os colegas chegaram mesmo a empurrá-lo de um lance de escadas, episódio que o levou ao hospital. “Quase fui espancado até à morte”, contou em entrevista à CBS News.

Ao crescer ele não fazia parte da multidão. Muito pelo contrário, ele era intimidado”, revelou Ashlee Vance, jornalista que escreveu uma biografia de Elon Musk.

Com oito anos, aos problemas na escola juntou-se um outro momento marcante: a separação dos pais. A sua mãe, Maye — uma modelo sul-africana nascida no Canadá que foi finalista do concurso Miss África do Sul em 1969 —, e o seu pai, Errol Musk, um engenheiro, divorciaram-se em 1980. O irmão e a irmã de Elon decidem ficar com a mãe, mas ele prefere ir viver com o pai. O rapaz não tem boas memórias do progenitor e descreve a sua infância como “horrível”.

Maye Musk. Supermodelo, estrela do Tik Tok e mãe do homem mais rico do mundo

Mas já era vísivel em Elon Musk o espírito empreendedor. Com apenas 12 anos criou um vídeojogo chamado “Blastar”, inspirado em ficção científica. O objetivo era destruir uma nave espacial alienígena que lançava bombas. Embora agora o considere “um jogo trivial”, a realidade é que a criação lhe rendeu 500 dólares (cerca de 475 euros) quando vendeu o código-fonte a uma revista chamada PC and Office Technology.

Atualmente, o “Blastar” ainda está disponível online

Não ficou por aqui. Aos 16 anos, Elon e o irmão Kimbal planearam abrir um fliperama — um salão de jogos destinado à utilização de máquinas do tipo “pinball” — perto da escola onde estudavam. Mas, como eram menores e os pais não lhes deram autorização legal, o negócio acabou por não sair do papel. Por essa altura, a vida na escola também já era um pouco mais fácil. As aulas de karaté, judo e luta livre ajudaram-no a aprender a defender-se dos colegas que lhe faziam bullying e Musk passou a retribuir a violência “com tanta força” quanto a que recebia.

Todavia, as dificuldades em interagir com os outros persistiam. Só muitos anos mais tarde, em 2021, foi tornado público que esta timidez se devia ao síndrome de Asperger, um transtorno do espectro do autismo que faz com que as pessoas tenham mais dificuldade em comunicar. “Sei que às vezes digo ou publico coisas estranhas, mas é assim que o meu cérebro funciona”, confessou no programa Saturday Night Live.

Introvertido, Elon Musk era também um sonhador. Na adolescência, decidiu deixar a África do Sul para “ver o que era preciso para viver”, para procurar melhores oportunidades e porque não estava disposto a apoiar o apartheid — regime de segregação racial — através do serviço militar obrigatório. Aos 17 anos mudou-se para o Canadá para iniciar os estudos universitários. Como não tinha muito dinheiro, arranjava pequenos empregos e poupava, estando determinado a sobreviver com um dólar por dia. As suas refeições estavam limitadas a cachorros-quentes e laranjas, alimentos que, de vez em quando, substituía por “macarrão com molho de tomate”.

No Canadá matriculou-se na Universidade de Queens para estudar Física e Economia, mas não foi aí que terminou o curso. Dois anos depois, em 1992, ganhou uma bolsa e transferiu-se para a Universidade de Pensilvânia, nos EUA, onde se licenciou. Aos 24 anos ainda se inscreveu numa pós-graduação em Física Aplicada em Stanford, na Califórnia, que abandonou ao fim de apenas dois dias para se tornar empresário.

Um trabalhador implacável e um líder por “instinto”: Elon Musk e os seus negócios

Quando colocou os estudos de lado, em 1995, fundou com o seu irmão mais novo, Kimbal, a Zip2. Nesta altura, trabalhava todos os dias, dormia no escritório e tomava banho na YMCA (Young Men’s Christian Association) que ficava numa rua perto. A Zip2 desenvolveu e vendeu um guia online da cidade da Califórnia para diversas empresas e sites de jornais, como o The New York Times. Quatro anos depois, a dupla vendeu a empresa por cerca de 300 milhões de dólares à Compaq Computer Corporation.

Com esse dinheiro, Elon Musk decidiu criar um banco online chamado X.com, que mais tarde se tornou na ainda existente e conhecida PayPal. Em 2002, Musk vendeu o sistema de pagamento digital à eBay por 1,5 mil milhões de dólares, tendo arrecadado 180 milhões com o negócio. Embora a PayPal o tenha tornado num homem rico, o agora multimilionário investiu grande parte desse dinheiro no arranque da empresa que projeta, fabrica e lança foguetes, na SpaceX e na Tesla, à época uma nova fabricante de carros elétricos.

Tesla Motors LA Flagship Store Launch

Elon Musk na festa de apresentação do Tesla Roadster em 2008, o primeiro carro elétrico produzido pela Tesla

Getty Images

A Space X foi fundada em 2002 com a missão de tornar o acesso ao espaço mais rápido, mas também mais barato. Elon Musk entrevistou pessoalmente todos os primeiros funcionários da empresa antes de os contratar. A Tesla começou em 2003, mas a ideia não saiu da cabeça de Musk. O empresário chegou à empresa em 2004, quando investiu 7,5 milhões de dólares numa ronda de investimento Série A.

No início da Tesla e da Space-X, pensei que provavelmente falharíamos”, admitiu o empresário em 2019.

As duas empresas estiveram “perto de falir”, confirmou Ashlee Vance. As dificuldades da Tesla foram mais graves em 2008, tendo sido salva, num verdadeiro milagre de Natal, por um investimento de 50 milhões de dólares da fabricante de automóveis Daimler. E os foguetes da SpaceX explodiam antes de atravessar a atmosfera.

Mas nem isso impediu que Elon Musk cultivasse a fama de trabalhador implacável e de liderar “por instinto”, comentou o jornalista Chris Stokel-Walker à BBC. Questionado sobre os conselhos que daria a empresários para terem sucesso, o magnata recomendou que trabalhassem “entre 80 a 100 horas por semana”. “Se as outras pessoas trabalham 40 horas e tu trabalhas 100 horas, conseguirás em quatro meses o que outras demoram um ano a fazer”, explicou. Embora este lema possa ter dado resultados na sua vida profissional, com as empresas a prosperarem, o enorme foco nos negócios nem sempre contribuiu para o sucesso da sua vida pessoal.

USA - Technology - SpaceX Founder Elon Musk

Elon Musk assiste ao lançamento do Falcon 1 da SpaceX em 2008

Corbis via Getty Images

O “alfa” nas relações, que “não aceita não como resposta”

Quando a SpaceX falhava os lançamentos e a Tesla estava à beira da falência, em 2008, outro problema assolava a vida de Elon Musk, mas este nenhum milagre de Natal conseguiu resolver. Estava a divorciar-se da mulher que havia conhecido na faculdade no Canadá. Justine Wilson, aspirante a escritora, recuperava de um desgosto de amor quando se cruzou com o agora multimilionário pela primeira vez.

Elon Musk convidou Justine para irem comer um gelado. Ela, primeiro, aceitou, mas por fim acabou por deixar um bilhete na porta do dormitório a recusar o encontro. Horas depois, numa sala da faculdade, Musk apareceu junto dela com dois gelados de chocolate. Mesmo antes de ter uma fortuna de milhões, “não aceitava um não como resposta”, afirmou Justine num texto que escreveu para a revista Marie Claire.

Eu penso nele como o Exterminador do Futuro. Ele fixa o olhar em algo e diz: ‘Será meu’. Pouco a pouco, conquistou-me”, disse a ex-mulher, citada na biografia do empresário, intitulada “Elon Musk: Tesla, SpaceX and the Quest for a Fantastic Future”.

Com a transferência de Elon Musk para uma faculdade na Califórnia, os dois não se viram durante alguns anos. Mesmo assim, o empresário nunca deixou de lhe enviar flores ou de telefonar. Após uma dessas chamadas começou o namoro, que, mais tarde, se converteu em noivado. “Estava a namorar um empresário de 20 e poucos anos com dificuldades e agora estava noiva de um homem rico”, contou Justine à mesma revista, fazendo referência ao momento em que a Zip2 é vendida.

O casamento aconteceu em janeiro de 2000 e, durante uma dança, Musk deixou bem claro que era “o alfa” do “relacionamento”. A vontade que tinha de “competir e dominar”, como descreveu Justine, tinham-no tornado bem-sucedido nos negócios, mas não desapareciam quando estava em casa. A relação entre os dois tornar-se-ia mais distante. Dois anos após o casamento ainda se mudaram para Los Angeles e tiveram o primeiro filho, um rapaz chamado Nevada Alexander. O bebé morreu com dez semanas depois de deixar de respirar durante uma sesta. Nos cinco anos seguintes, o casal conseguiu ter mais cinco filhos — gémeos e trigémeos — com “ajuda” da fertilização in vitro.

"Tinha um estilo de vida de sonho, privilegiado e surreal. Mas o turbilhão de purpurina não conseguiu disfarçar um vazio crescente. Elon era obcecado pelo seu trabalho. Quando estava em casa, a sua mente estava sempre noutro lugar."
Justice Musk, ex-mulher de Elon

Como a mente do multimilionário estava sempre no trabalho, Justine começou a querer que a sua vida mudasse. Não queria ser “uma esposa troféu”. O casal recorreu à terapia, mas com “duas empresas e um planeta de stress” Elon Musk não conseguiu aguentar muito mais tempo o casamento. No final da primavera de 2008, enviou um pedido de divórcio à mulher, oficializando a separação. Em criança, não gostava de ficar sozinho e isso não deverá ter mudado em adulto. Seis semanas depois da separação estava noivo da atriz britânica Talulah Riley, que se mudou para Los Angeles para ficar com Musk.

Business Leaders Converge In Sun Valley, Idaho For Allen And Company Annual Meeting

Elon Musk e a atriz Talulah Riley fotografados em 2015

Getty Images

O casamento com Talulah Riley foi celebrado em 2010 e chegou ao fim dois anos depois. O casal decidiu dar nova oportunidade à relação, mas em 2016 voltou a separar-se. Tal como aconteceu com o final do primeiro casamento, também desta vez Elon Musk assumiu rapidamente uma nova relação. Ainda em 2016 foi visto com Amber Heard, que tinha acabado de se divorciar do ator Johnny Depp.

A relação, que teve altos e baixos e separações pelo meio, não durou muito tempo. No final de 2018, o casal decidiu separar-se definitivamente. Não era “o momento certo” para estarem juntos. O relacionamento seguinte do multimilionário foi conhecido pouco tempo depois. “Nunca serei feliz sem ter alguém. Se não estou apaixonado não posso ser feliz. Dormir sozinho mata-me”.

O magnata e a cantora Grimes anunciaram que estavam juntos em 2018. Existem rumores de que se conheceram no Twitter, a rede social preferida do empresário, quando trocaram mensagens na plataforma numa conversa sobre inteligência artificial.

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Elon Musk e Grimes começaram a namorar em 2018

Getty Images for Huffington Post

Juntos tiveram dois filhos: um rapaz chamado XAEA-Xii e uma rapariga chamada Exa Dark Sideræl Musk, conhecida também por Y. Os nomes incomuns das crianças provocaram polémica. O rapaz, inicialmente XÆA-12, passou a chamar-se XÆA-Xii porque a lei da Califórnia não permitia a existência de números no nome próprio. O “X” foi escolhido por ser a forma como os pais tratam o filho, “AE” é a palavra amor em algumas línguas, como a japonesa, e a ortografia “élfica” para AI (“inteligência artificial”). A-12 é a aeronave precursora da SR-17, a “preferida” do casal.

No caso da bebé que tem agora cinco meses, “EXA” é inspirado no termo exaFLOPS, utilizado para determinar o desempenho de um computador, “Dark” é o desconhecido, o que as pessoas temem, e “Sideræl” é uma utilização “mais élfica” da palavra sideral, que segundo o dicionário é um adjetivo relativo aos astros celestes.

O casal morava em casas separadas, mas planeava ter mais filhos. Porém, logo após o anúncio da chegada de Exa, Grimes confirmou no Twitter que, apesar de Elon Musk ser o seu “melhor amigo” e “amor” da sua “vida”, o romance tinha chegado mais uma vez ao fim — já não era a primeira vez que se separavam. Desta vez, o fim da relação parece ter sido definitivo e o patrão da Tesla já terá nova namorada, a atriz australiana Natasha Bassett. Os dois ainda não oficializaram o relacionamento.

Casamentos à parte, Elon Musk — com o seu sotaque sul-africano e 1,85 metros de altura — é “misterioso” e um “génio”. Um “louco” cuja mente não é possível ler ou entender. O jornalista Ashlee Vance conversou com o homem mais rico do mundo durante mais de 40 horas em 2015 para escrever a sua biografia e explica que no multimilionário, que é “bastante apolítico”, “não há nada de muito convencional”. Com um sentido de humor “sarcástico e seco”, o empresário utiliza o Twitter para se expressar, sem filtros.

Contraditório, sem filtros e com publicações que lançam o caos. Detalhes do Twitter de Musk, que quer comprar a rede social

O “absolutista da liberdade de expressão” está muito próximo de comprar a sua rede social preferida. Na plataforma, quer terminar com as políticas de moderação de conteúdos para que todo o tipo de publicações seja permitido, mesmo os tweets mais violentos. O homem “solitário” quer mudar o Twitter, mas será que isso não vai ter impacto nas outras empresas que detém? “Sinceramente, não imagino que possuir o Twitter tenha alguma efeito sobre o que já está a acontecer com a Tesla e a SpaceX”, afirma Vance.

Da alteração do modelo de negócio ao fim da moderação de conteúdos. O que pode Elon Musk mudar no Twitter?

A Tesla revolucionou o mercado dos carros elétricos e tornou-se no construtor destes veículos mais reconhecido do mundo. A SpaceX foi pioneira na tecnologia de lançamento de foguetes reutilizáveis e quer conquistar o espaço, já tendo colaborado na primeira missão tripulada totalmente privada a ser enviada para a Estação Espacial Internacional (EEI), com quatro pessoas a bordo. Influente nestas empresas, Elon Musk admite que gosta de ser “amado”. Será que vai conseguir fazer com que todos gostem de si se realmente se tornar dono do Twitter? Para já garante que um dos objetivos é que todos os seus críticos fiquem na rede social.

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