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Luca Giordano

Luca Giordano

Deus ou Diabo. Quem é o melhor investidor?

Os negócios do tabaco, do jogo, do armamento e do álcool podem adicionar alguns pontos percentuais aos ganhos anuais da sua carteira, mas também lhe devem dar sentimentos de culpa.

Abril de 2010. O derrame que se sucedeu à explosão da plataforma Deepwater Horizon largou 780 mil metros cúbicos de crude ao largo do Golfo do México. O Governo norte-americano acusou principalmente a petrolífera BP por uma série de reduções de custos que conduziram ao acidente, bem como pelo sistema de segurança insuficiente.

Por ganância de mais lucros, a petrolífera causou o maior derrame marítimo de petróleo de sempre.

A britânica BP fez o mea-culpa e, no início deste mês de julho, aceitou pagar o equivalente a 1,7 mil milhões de euros em multas. E você, não se sente culpado?

Se, em abril de 2010, tivesse uma aplicação num fundo de ações, é possível que fosse um dos financiadores da plataforma Deepwater Horizon. Na altura, a BP era a terceira empresa mais valiosa da Europa e, por isso, uma presença frequente nas carteiras dos fundos.

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Os mais de 100 mil investidores do BPI Reforma Investimento PPR, o maior fundo de poupança-reforma na altura, tinham cerca de 200 mil euros aplicados nas ações da BP quando a plataforma explodiu. Indiretamente, financiaram-na.

O BPI Reforma Investimento PPR não era o único fundo português acionista da BP – nem o mais exposto. O Millennium Eurocarteira, que, no início de 2010, reunia 11.107 participantes, tinha 4,7 milhões de euros nas ações da petrolífera britânica.

Oito milhões de euros portugueses derramados
Quase 200 mil investidores de fundos portugueses de investimento tinham mais de oito milhões de euros aplicados na petrolífera BP na data do derrame no Golfe do México. O valor pode ser superior se se incluir outros instrumentos, como fundos de pensões e seguros de capitalização, cujas carteiras não são frequentemente conhecidas.
Fundo Número de ações da BP
30 de abril de 2010
Número de investidores
31 de dezembro de 2009
Millennium Eurocarteira 635.653 11.107
Montepio Euro Energy 150.000 2.231
BPI Europa 65.688 10.464
Millennium Global Equities Selection (ex Millennium Gestão Dinâmica) 56.804 2.078
NB Ações Europa (ex Espírito Santo Acções Europa) 50.000 2.452
BPI Reforma Investimento PPR 26.723 111.119
Patris Acções Europa (ex BPN Acções Europa) 22.885 89
BPI Reforma Acções PPR 18.952 30.002
CA Acções Europa (ex Raiz Europa) 15.000 568
BPI Global 12.834 21.937
NB PPR (ex Espírito Santo PPR) 11.770 1.656
Patris Valorização (ex BPN Valorização) 1.904 86
Fonte: CMVM

Os acontecimentos no Golfo do México são apenas um exemplo em que os investidores poderiam sentir culpa. O acidente nuclear de Fukushima (gerido pela Tokyo Electric Power), o desastre de Bhopal (Union Carbide) ou a explosão mineira de Upper Big Branch (Massey Energy) são outros exemplos em que os acionistas são indiretamente responsáveis. Mas também há casos de desonestidade, como a corrupção na Siemens, suborno na Lockheed e contabilidade falsa da Enron.

Se ainda não se sente culpado, o que faria se o gestor do seu fundo investisse o seu dinheiro num bordel ou num fabricante de revólveres?

Ser mauzinho rende

Em 2001, os responsáveis da gestora norte-americana Mutuals.com (atualmente USA Mutuals) tiveram uma ideia insólita: criar um fundo que investisse em empresas “pecaminosas”. Porquê? Os negócios do tabaco, do jogo, do armamento e do álcool normalmente são resistentes aos ciclos económicos e, além disso, pagam bons dividendos. Chamaram-lhe “Vice Fund”, o fundo do vício.

Há um ano, a USA Mutuals mudou o nome de Vice Fund para Barrier Fund, porque o primeiro nome “não mostrava sofisticação”, como justificou o gestor, Gerry Sullivan, ao The Wall Street Journal. A nova designação deseja demonstrar que as indústrias nas quais investe têm elevadas barreiras à entrada de concorrentes.

Desde outubro de 2002, o fundo listado na bolsa Nasdaq (mas inacessíveis aos investidores portugueses) rendeu 211,73%, mais 43 pontos percentuais do que a média das ações mundiais.

Retorno, em euros, do Barrier Fund e do MSCI World Index, entre outubro de 2002 e junho de 2015.

As ações estado-unidenses são o principal alvo de investimento de Gerry Sullivan. A tabaqueira Altria, o operador de casinos MGM Resorts International, a fabricante de equipamento militar General Dynamics e a Smith & Wesson, o produtor de pistolas, revólveres e espingardas, estão entre as apostas.

Pistolas, cigarros, salas de jogo e vodca formam a combinação perfeita para o fundo do vício.

Sullivan não despreza investimentos estrangeiros, como as ações do Galaxy Entertainment Group, que gere casinos em Macau, da tabaqueira britânica Imperial Tobacco Group, da produtora francesa de bebidas espirituosas Pernod Ricard e da maior cervejeira mundial, a belgo-brasileira AB InBev.

Absolut Vodka, cerveja Budweiser, tanques Abrams, Marlboro e o Venetian Macao (o maior casino do mundo) são marcas na carteira do Barrier Fund.

O fundo do vício não é um caso isolado. “Muitas das evidências que analisámos sugerem, como ilustra o Vice Fund, que o ‘pecado’ rende”, concluem Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton, da London Business School. “Investimentos em ações, indústrias e países sem ética têm tendido a ter desempenhos superiores”, escrevem no relatório do Credit Suisse Global Investment Returns Yearbook 2015, publicado em fevereiro.

Harrison Hong e Marcin Kacperczyk, investigadores das Universidades de Princeton e de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, fizeram uma das análises mais longa sobre o investimento no pecado. Em “The price of sin: The effects of social norms on markets”, concluem que as ações pecaminosas nos EUA renderam mais 3% a 4% por ano do que as ações não-pecaminosas em 81 anos de bolsa. A nível internacional, o sobredesempenho foi de 2,5% por ano, embora a análise se tenha resumido a 21 anos.

As ações pecaminosas nos EUA renderam mais 3% a 4% por ano em 81 anos de bolsa.

Os aforradores portugueses não têm como investir agregadamente no vício. O Barrier Fund é restrito a investidores norte-americanos. Podem, contudo, selecionar ações de empresas de setores menos éticos. Porém, como esta estratégia provavelmente não é tão diversificada como aplicar num fundo (o Barrier Fund tem cerca de 50 ações), podem ter más experiências, como a que tiveram os acionistas do primeiro bordel cotado no mundo.

Em 2003, o Daily Planet, a sociedade que geria um bordel homónimo em Melbourne, na Austrália, entrou para a bolsa. O sucesso inicial foi grande: ao segundo dia, já se transacionavam ações quatro vezes acima do preço da oferta pública de venda. O modelo de negócio era simples: o Daily Planet recebia 130 dólares australianos (cerca de 73 euros na altura) sempre que um cliente reservasse um dos 18 quartos do bordel; a sociedade não participava na negociação do preço pelos serviços sexuais praticado no estabelecimento.

O primeiro bordel cotado está agora em liquidação por ordem judicial. Foi um mau investimento.

A receita da oferta pública de venda do Daily Planet estava destinada à expansão das operações para Sidney, o que nunca aconteceu. Os problemas começaram a avolumar-se: começaram pela dificuldade em obter financiamento e culminou com a incapacidade de apresentar as contas financeiras aos acionistas. As ações foram suspensas. Mais de 12 anos depois da estreia na bolsa, o Daily Planet, entretanto renomeado Planet Platinum, está em liquidação por ordem judicial. Os acionistas ainda esperam recuperar algum do seu investimento.

Já ninguém quer ser bonzinho

Para os investidores em ações, 2008 foi um ano difícil. Em média, os fundos de ações comercializados em Portugal tiveram prejuízos de 42%. Surpreendentemente, o fundo que menos perdeu, apenas 11%, foi o Credit Suisse EF Christian Values, comercializado em exclusivo pelo ActivoBank. Este fundo tinha critérios cristãos na seleção de empresas, mas o gestor, Mächler Markus, fez batota: aplicou apenas um terço da carteira nos mercados acionistas, quando a política do fundo previa um mínimo de 80%.

Apesar do sucesso nos resultados, foi um insucesso comercial e, em janeiro de 2009, foi fechado. “O baixo nível de ativos no subfundo [Christian Values] significa que os ativos não podem ser geridos eficientemente”, explicou o comunicado aos investidores.

Os fundos cristãos e islâmicos, lançados entre 2007 e 2008, foram todos eliminados da banca.

Não foi o único fundo religioso a não conseguir penetrar nas carteiras dos portugueses. Em outubro de 2007, o Banco Best lançou outro fundo do Credit Suisse, mas desenhado para a comunidade muçulmana. O Credit Suisse Equity Al-Buraq seguia a charia, a legislação islâmica, repudiando “empresas que produzem ou comercializam produtos tais como tabaco, álcool, armas, carne de porco, serviços financeiros e entretenimento”. Também não durou muito tempo. “O fundo foi liquidado no final de março de 2008 por não ter atingido o volume de ativos pretendido”, explica Rui Castro Pacheco, diretor de investimentos do Banco Best.

Embora se encontrem cerca de 300 fundos religiosos espalhados por todo o mundo, segundo a base de dados da Bloomberg, a maioria islâmicos, são muito poucos os que estão acessíveis aos aforradores portugueses. É preciso adquirir fundos cotados na bolsa para investir segundo a charia.

Soluções islâmicas para investidores portugueses
Estes fundos de índice são pouco movimentados na bolsa, por isso os investidores devem ter cuidado nas operações de compra e de venda.
Fundo Índice de referência Taxa de encargos correntes Bolsa Principais ativos
EasyETF DJ Islamic Market Titans 100 Dow Jones Islamic Markt Titans 100 0,50% Paris Apple, Exxon Mobil, Microsoft
iShares MSCI USA Islamic ETF MSCI USA Islamic 0,50% Londres Exxon Mobil, Johnson & Johnson, Procter & Gamble
iShares MSCI World Islamic ETF MSCI World Islamic 0,60% Londres Exxon Mobil, Johnson & Johnson, Nestlé
Falah Russell-IdealRatings US Large Cap ETF Russell-IdealRatings Islamic US Large Cap 0,70% Nova Iorque Apple, Exxon Mobil, Microsoft
iShares MSCI Emerging Markets Islamic ETF MSCI Emerging Markets Islamic 0,85% Londres Taiwan Semiconductor Manufacturing, MTN Group, CNOOC
Fonte: Bloomberg, entidades gestoras.

Cumprir a lei islâmica pode fazer diferença. O iShares MSCI World Islamic ETF é equivalente ao iShares MSCI World ETF, que investe em todo o mundo sem restrições, expurgado das empresas que não cumprem a charia. Essa eliminação reduz o número de ações de cerca de 1.600 para 600, mostram as mais recentes fichas comerciais destes fundos de índice.

Apple, Microsoft e Wells Fargo desaparecem dos títulos mais detidos quando é aplicado o filtro da charia, bem como quatro ações portuguesas: Banco Comercial Português, EDP, Galp Energia e Jerónimo Martins.

Quando expurgado das ações que não cumprem a charia, o fundo de ações rendeu menos 2% por ano.

Naturalmente, o resultado também não é o mesmo. Enquanto o fundo de ações mundiais iShares MSCI World ETF rendeu 100,53% nos cinco anos que terminaram no final de junho passado, o fundo de ações mundiais islâmicas iShares MSCI World Islamic ETF deu 83,34%. A comissão de gestão é superior (0,60% em vez de 0,20% por ano), mas isso não explica a diferença anual de mais de 2%.

Retorno, em euros, do fundo iShares MSCI World Islamic ETF (bolsa de Londres) e do fundo iShares MSCI World ETF (bolsa de Amesterdão), entre junho de 2010 e junho de 2015.

Não é preciso ser religioso para fazer o bem

Em novembro de 2003, um pequeno sismo, com epicentro na Noruega, atingiu os mercados acionistas mundiais. O comité Graver, chamado assim por ser liderado pelo atual reitor da Faculdade de Direito da Universidade de Oslo, Hans Petter Graver, apresentou as suas conclusões ao ministro das Finanças norueguês. “Deter ações ou obrigações de empresas que se possa esperar que cometam atividades grosseiramente não éticas pode ser visto como cumplicidade nessas atividades”, indicou o relatório final.

De um dia para o outro, o maior acionista europeu, o Fundo de Pensões do Estado da Noruega, poderia ser cúmplice em atividades não éticas.

Hoje, os 800 mil milhões de euros do fundo de pensões norueguês, que é financiado pelas receitas petrolíferas da nação, são avaliados por um conselho de ética. A supervisão não só é passada ao ministro das Finanças e à equipa do banco central norueguês que, de facto, gere o fundo, mas também é tornada pública para todos os investidores do mundo.

A sociedade Africa Israel Investments, controlada pelo investidor israelita Lev Leviev, e a sua subsidiária Danya Cebus foram as últimas a serem excluídas pelas “sérias violações dos direitos dos indivíduos em situações de guerra ou de conflito”. Muitas outras grandes empresas estão na lista de exclusão, incluindo a Wal-Mart Stores (violações do direitos humanos), a Boeing (produção de armas nucleares), a Rio Tinto (danos ambientais graves) e a General Dynamics (produção de bombas de fragmentação).

Wal-Mart, Boeing e General Dynamics não entram no fundo que tem 1,3% das ações do mundo.

O fundo petrolífero, que detém 1,3% das ações de todo o mundo, não pode investir em empresas que direta ou indiretamente contribuem para a morte, tortura, privação da liberdade ou outras violações dos direitos humanos em situações de conflito ou de guerra. Nem todos os produtores de armamento são excluídos. Os maiores ativos são as ações das suíças Nestlé e Novartis e da norte-americana Apple.

Seja socialmente responsável

A gestão do dinheiro das pensões futuras dos portugueses não cumpre regras éticas como o fundo do petróleo da Noruega. Os últimos dados públicos do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, referentes ao final de 2013, mostram que a carteira tinha ações das tabaqueiras British American Tobacco e Imperial Tobacco Group, das mineiras Rio Tinto e Vedanta Resources e dos produtores de armas nucleares Airbus e Serco, empresas excluídas pelo banco central norueguês.

A Segurança Social portuguesa detinha ações excluídas pelo fundo de pensões da Noruega.

O fundo da Segurança Social não está sozinho. No final de março, o BPI Reforma Investimento PPR, por exemplo, que continua a ser o maior fundo de poupança-reforma, também tinha ações da Airbus e da British American Tobacco. Os cerca de 2.500 investidores do Caixagest Acções EUA, o maior fundo de ações internacionais registado em Portugal, tinham títulos da tabaqueira Altria e da Wal-Mart Stores.

Mesmo que não possam interferir na gestão do fundo da Segurança Social, os investidores portugueses podem decidir os destinos das suas poupanças particulares. Se investe diretamente em ações, pode evitar as firmas menos éticas, usando como referência, por exemplo, a lista de exclusão do fundo de pensões norueguês. Se investe através de fundos, escolha gestores socialmente responsáveis.

Fundos que se preocupam com o mundo
Estes são os fundos de ações de empresas socialmente responsáveis que mais renderam nos últimos cinco anos. Os fundos Pictet Security, os únicos com mais de uma década, renderam cerca de 8,5% por ano nos últimos dez anos. O produto da F&C é o único que distribui rendimentos periódicos aos investidores. Os outros acumulam os ganhos.
Fundo Rentabilidade anualizada Classe de risco Taxa de encargos correntes Comercialização
1 ano 3 anos 5 anos
Pictet Security R EUR
ISIN: LU0270905242
35,82% 20,03% 15,64% 6 2,73% ActivoBank, Banco Best, Banco Big, Banco Invest, Deutsche Bank
Pictet Security R USD
ISIN: LU0256846568
35,64% 20,05% 15,54% 6 2,73% Banco Best, Banco Big
F&C Responsible Global Equity A EUR
ISIN: LU0234759529
31,48% 18,47% 13,67% 5 1,72% ActivoBank, Banco Best
Candriam Equities L Sustainable World N
ISIN: LU0133360320
19,39% 17,46% 13,42% 5 2,25% Banco Best
NN L Invest Sustainable Equity X Cap EUR
ISIN: LU0121204431
23,30% 15,85% 12,31% 5 2,36% Banco Best, Banco Big
Allianz Global Sustainability CT EUR
ISIN: LU0158828326
17,23% 16,87% 11,87% 5 2,60% Banco Best, Banco Invest, Banco Big
Fonte: Bloomberg, entidades comercializadoras. Rentabilidade anualizada bruta em euros. Classe de risco numa escala de 1 (baixo) a 7 (elevado) com base na volatilidade semanal dos últimos cinco anos. 30 de junho de 2015

O Pictet Security, que o Observador nomeou, em fevereiro, como o melhor fundo de ações de empresas mundiais socialmente responsáveis, funciona de um modo diferentes dos restantes. Enquanto a maioria segue o modelo do fundo do petróleo da Noruega, excluindo sociedades pouco éticas da lista de pesquisa de melhores títulos, os gestores do Pictet Security, Yves Kramer e Frédéric Dupraz, investem unicamente em “ações de empresas que contribuem para a garantia da integridade, do bem-estar e da liberdade das pessoas, das empresas e dos governos”.

No final de março, as maiores apostas de Kramer e Dupraz eram os títulos da Fiserv, que apoia o sistema financeiro a fazer transações mais rápidas e seguras, da Fidelity National, a maior seguradora residencial dos Estados Unidos da América, e da Assa Abloy, a companhia sueca líder mundial em sistemas de fecho de portas.

Se quiser reduzir os custos do investimento ao mesmo tempo que aplica o seu dinheiro com consciência ética, pode optar por adquirir fundos que replicam índices de empresas socialmente responsáveis, embora haja poucos.

Três fundos socialmente responsáveis de ações mundiais
É preciso cautela ao investir nestes fundos de índice, porque a frequência de negócios bolsistas é baixa. Além disso, estes três fundos distribuem rendimentos periódicos, o que deve afastar os investidores de longo prazo.
Fundo Rentabilidade anualizada Classe de risco Taxa de encargos correntes Bolsas
1 ano 2 anos 3 anos
UBS ETF MSCI World Socially Responsible
ISIN: LU0629459743
23,88% 19,26% 18,56% 5 0,38% Frankfurt, Londres
iShares Dow Jones Global Sustainability Screened
ISIN: IE00B57X3V84
18,30% 17,78% 16,77% 5 0,60% Amesterdão, Londres
Think Sustainable
ISIN: NL0010408704
23,94% 21,89% n.a. n.a. 0,30% Amesterdão
Fonte: Bloomberg. Rentabilidade anualizada bruta em euros. Classe de risco numa escala de 1 (baixo) a 7 (elevado) com base na volatilidade semanal dos últimos três anos. n.a. = não aplicável. 30 de junho de 2015

O Think Sustainable, o mais recente fundo de índice de ações de empresas socialmente responsáveis, é o mais barato do género. É gerido pela holandesa ThinkCapital ETF seguindo um índice que tem em conta os dez princípios do Pacto Global da Organização das Nações Unidas.

Mesmo que não tenham inclinação para a religião, evitar empresas pouco éticas é um comportamento que dispara a bondade nos cérebros dos investidores. Resta saber se estão dispostos a sacrificar os poucos pontos percentuais que os investimentos no vício lhe poderiam teoricamente trazer anualmente.

Para se convencer a concretizar investimentos socialmente responsáveis, saiba que “se uma grande proporção dos investidores evitar os negócios do ‘vício’, os preços das suas ações ficarão deprimidos”, avisam Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton, da London Business School. A vantagem do pecado no mundo financeiro pode ter os dias contados.

David Almas é analista financeiro independente registado na CMVM com o número oito. O autor trabalha subordinado ao Código Deontológico dos Jornalistas.

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