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JOSÉ COELHO/LUSA

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Diário do Porto. BE: “Rui Moreira não tem programa, nem carácter"

Álvaro Almeida atacou Rui Moreira, que por sua vez atacou Pizarro, que atacou Moreira, que por sua vez foi atacado por João Teixeira Lopes, que também criticou Pizarro. Assim vai a campanha no Porto.

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O socialista Manuel Pizarro começou cedo a andar de metro pela cidade. Rui Moreira visitou o mercado temporário do Bolhão. Mas os dois antigos aliados acabaram o dia pegados e a trocar frases irónicas. O social-democrata Álvaro Almeida passou pela Loja do Cidadão, na Torre das Antas e realizou mais uma ação de rua com críticas à “falta de transparência” do presidente da câmara. A veterana Ilda Figueiredo, da CDU, dedicou-se ao desporto popular pela manhã e a contactos com a população. Ao início da noite, o bloquista João Teixeira Lopes jantou com Marisa Matias, um dia depois de ter tido a companhia de Catarina Martins. E os dois não pouparam o monarca Moreira e o desistente Pizarro. Com acusações.

Manuel Pizarro: “Rui Moreira está a tentar reescrever a história”

A frase: “Há uma certa tentativa de reescrever a história [por parte de Rui Moreira].”

A queixa: “O PS é o único nestas eleições que tem um discurso metropolitano, o que mostra que os outros não terão percebido que é na escala metropolitana que estes problemas [da mobilidade] têm de ser tratados”, acrescentando que ainda não ouviu nos discursos de Rui Moreira “uma única referência”.

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O que correu mal: Para além dos 35 minutos de atraso de Pizarro em relação à hora marcada, os militantes que acompanharam o candidato socialista na viagem de metro chegaram à estação da Trindade de carro e deixaram a viatura mal parada durante toda a ação, em local onde é proibido estacionar e a menos de cinco metros de uma paragem de autocarro.

O que correu bem: Ter um passe Andante para mostrar que utiliza e conhece a rede de transportes públicos. Quantos candidatos no Porto e em Lisboa terão um passe?

O passe Andante de Manuel Castro Pizarro. © Sara Otto Coelho / Observador

A ação de campanha está marcada para as 8h30 da manhã na estação de Metro da Trindade. Pizarro parte de Ramalde, onde cresceu e ainda vive, e chega de metro com 35 minutos de atraso, onde o esperam alguns militantes do partido. Esses foram pontuais, mas não só vieram num carro do PS como ainda o deixaram mal parado à frente da estação. Validam-se os cartões e entram todos na composição, em direção ao Estádio do Dragão. “É assim que eu venho ao futebol”, conta Manuel Pizarro. “Ou então saio nos Combatentes para ir ter com uns amigos e depois vimos a pé.”

Esta quarta-feira de manhã não há jogo do FC Porto e os únicos golos a marcar são junto dos eleitores. Pizarro aproveita um penálti: “Há uma semana não pude ir ver o Porto – Besiktas porque tinha um debate. E eu nunca trocaria um debate por um jogo de futebol”, ironiza, mandando a farpa a Rui Moreira, que faltou ao primeiro debate autárquico para ir ver a Seleção Nacional.

Mais uma farpa: “O PS é o único nestas eleições que tem um discurso metropolitano, o que mostra que os outros não terão percebido que é na escala metropolitana que estes problemas [da mobilidade] têm de ser tratados“, acrescentando que ainda não ouviu nos discursos de Rui Moreira “uma única referência” ao tema. E para provar que a ação no Metro não é só para eleitor ver, mostra o seu passe Andante. “Ando cerca de cinco vezes por semana.”

Depois de entregar aos passageiros, com os quais vai trocando algumas palavras, os postais da sua candidatura com o slogan “Fazer Pelos Dois”, o candidato diz que a prioridade para os transportes é continuar a expansão da rede de metro. A escolha da linha rosa — ligação direta entre São Bento e Casa da Música — como próximo investimento é “a linha possível face ao orçamento disponível” e Pizarro destaca que terá muitos utilizadores. Mas o importante é candidatar projetos a fundos europeus e continuar a expansão.

Sempre que o assunto do metro vem à baila, Pizarro aproveita para elogiar Fernando Gomes, presidente socialista do Porto entre 1989 e 1999. “Há na cidade um antes e um depois do Dr. Fernando Gomes”, sublinha. Há ainda tempo para um elogio a uma das propostas do adversário, Álvaro Almeida. “Acho que devia haver mais tolerância no estacionamento com parquímetros, 15 minutos. É uma boa proposta do PSD.

Como obra sua nos últimos quatro anos de aliança com Rui Moreira, o socialista reivindica tudo o que diz respeito à habitação, à ação social e ao urbanismo. Afirma também que a taxa de execução da Câmara é superior nos pelouros que o PS tutelou. “Há uma certa tentativa de reescrever a história. Em campanha eleitoral posso aceitar que isso seja normal e reajo com normalidade democrática. Mas os cidadãos sabem fazer a diferença.”

Rui Moreira: “Se Pizarro acha que fez tudo bem, quem sou eu para discutir”

A frase: “O Bolhão não esteve sob a alçada do PS. Esteve sob a alçada direta do Presidente da Câmara”

A queixa: Rui Moreira lamentou o facto de as novas regras de contratação pública permitirem, em caso de litígio, o efeito suspensivo das obras. Num cenário desses, admitiu, as obras do Bolhão podem ser adiadas.

A promessa: “O Mercado do Bolhão vai ser bem feito e vai ser feito como foi prometido”

O que correu bem: Apesar de todos os atrasos, o mercado temporário do Bolhão vai estar pronto até ao final da semana. Os comerciantes que aceitaram mudar-se (“cerca de 80%”) vão fazê-lo, “por opção própria”, depois dos Reis, em janeiro de 2018.

As paredes ainda estão cobertas do pó soprado pelas obras recentes. Por todo o lado, existem caixas de papelão onde se lê a palavra “Frágil” em letras garrafais. As bancas, ainda despedidas de peixe, charcutaria e legumes, estão decoradas com azulejos ora cor de tijolo, ora verdes. O chão é branco e os largos pilares que suportam o tecto vestem de cinza escuro. São 5.600 metros quadrados prontos a estrear e que servirão de casa temporária aos comerciantes do velhinho Mercado do Bolhão, cujas obras de requalificação devem arrancar ainda em janeiro.

Pelo menos, é essa a convicção de Rui Moreira. O presidente da Câmara Municipal do Porto começou o seu dia oficial de campanha com uma visita às instalações do futuro mercado temporário do Bolhão, ainda fechado ao público e aos comerciantes, escondido num piso inferior de um centro comercial perto da Baixa do Porto. A visita não é inocente: a requalificação do Mercado do Bolhão era uma das principais bandeiras do autarca quando se candidatou em 2013. No entanto, os problemas administrativos, o redesenhar do projeto de intervenção e o lançamento do concurso público atrasaram todo o processo e a obra, uma das principais promessas de Moreira, transformou-se numa arma de arremesso nas mãos da oposição — e dos antigos aliados.

Durante a manhã de quarta-feira, Manuel Pizarro tinha assumido a responsabilidade pelo lançamento do projeto de requalificação do Bolhão enquanto vereador com essa pasta. Desafiado a comentar as palavras do socialista, Rui Moreira respondeu com ironia: “O Bolhão não esteve sob a alçada do PS. Esteve sob a alçada direta do Presidente da Câmara. Mas, como eu já disse, se Manuel Pizarro acha que fez tudo bem e que os outros vereadores não fizeram, quem sou eu para discutir. Acho que isso se julgará no dia 1 de outubro”.

Desta vez, no entanto, Moreira não comete o erro de avançar com um prazo para o final do projeto. “Temos de ter muita prudência”, sublinha, quando desafiado a comprometer-se com o fim das obras do Mercado do Bolhão. O presidente da Câmara do Porto lembra que a contratação pública nestes casos implica, muitas vezes, litigância entre concorrentes e que essa litigância tem efeitos suspensivos — o que pode atrasar substancialmente a obra. “Só no Matadouro tivemos quatro processos de litigância”, desabafa Rui Moreira. Na cabeça de todos, ainda assim, está uma data para o início das obras: janeiro de 2018. Dois anos depois, em 2020, o Mercado do Bolhão estará pronto para abrir portas ao público, espera Rui Moreira.

Até lá, o mercado temporário, que teve um investimento de 850 mil euros e implicará uma renda de 15 mil euros por mês suportada pela Câmara, será a casa dos 74 comerciantes que aceitaram as novas instalações. A esses, Rui Moreira deixa uma promessa: “O Mercado do Bolhão vai ser bem feito e vai ser feito como foi prometido”.

Moreira em Ramalde: “Ainda vou ouvir Manuel Pizarro dizer que construiu a Torre dos Clérigos”

A frase: “Já ouvi Manuel Pizarro dizer que fez quase tudo.”

A queixa: “A política das [falsas] promessas tem sido péssima para Portugal.”

A promessa: Investimento de mais de dois milhões de euros na requalificação do antigo Bairro dos CTT e um novo modelo de recolha de lixo, em que a Câmara assegurará a recolha do lixo reciclável em toda a cidade e concessionará a recolha de lixo indiferenciado a uma empresa privada.

Os afetos: Rui Moreira ouviu, conversou, deu beijinhos, abraços e apertos de mãos a todos os que se lhe dirigiram. Ainda tirou uma fotografia e respondeu a um pedido de casamento espontâneo: “Olhe que depois venho cá!”. Houve até quem brincasse com os quilos a mais do presidente da Câmara. “Pança? Já não tenho idade para perder pança”, gracejou Rui Moreira.

Élia Carvalho mora no Bairro das Campinas, em Ramalde, há um ano, depois de uma vida como voluntária no Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Vitória. Idade? “16 anos, meu querido”, brinca. “Pareço mais nova? Não diga isso que me caso já consigo. Agora até estou mais elegante…”. A promessa fica por cumprir. Em matéria de amor, Élia — “sem ‘H’ que eu cá não gosto de mochilas” — só não consegue decidir de quem gosta mais: Rui Moreira ou Manuel Pizarro. “Gosto muito dos dois. Ajudaram-me muito. O dr. Manuel Pizarro até me ajudou no bypass gástrico. Mas gosto muito dos dois. Olhe, como se diz no futebol, que ganhe o melhor”.

Rui Moreira reservou a parte da tarde do seu dia de campanha para visitar o local onde vai ser construído o novo centro de saúde de Ramalde, uma obra congelada há anos na sequência de um litígio entre a IPSS responsável, entretanto descapitalizada, e o empreiteiro responsável pelo projeto. Conversa puxa conversa, o presidente da Câmara Municipal do Porto acabou mesmo por visitar o bairro social circundante, sempre com uma sombra indesejável atrás: Manuel Pizarro, ex-aliado e antigo vereador da Habitação e Ação Social.

A cada abordagem — e foram muitas — o nome de Manuel Pizarro estava na boca de quase todos os que se dirigiam a Rui Moreira — por bons e por maus motivos. Mas era o presidente da câmara quem ia ouvindo, pacientemente, as queixas dos moradores, sempre acompanhando pelo presidente da Domus Social, Fernando Paulo, que ia tirando notas sobre os problemas que exigiam intervenção.

— Oh senhor presidente, os jardins estão todos estragados…
— Tem de compreender que as obras ali são mais importantes, só depois é que podemos tratar dos jardins.

— Senhor presidente, o meu marido recebeu uma multa de estacionamento de cento e tal euros…
— Eu sei que há quem prometa tirar multas, mas eu não posso. Tem de se dirigir à Polícia Municipal.

— Não temos elevador para carregar os velhos, senhor presidente!
— Oh minha querida, não há espaço para construir elevadores. Assim, em vez de ter um quarto tinha um elevador dentro de casa.

— A Câmara veio cá montar o meu poliban e ele agora deita água.
— Vai ver que é o do sifão, minha senhora…

— O doutor Manuel Pizarro dizia que os painéis solares eram a menina dos olhos dele e isto aqui está uma desgraça.
— Não sou polícia, nem arquitecto, nem o Manuel Pizarro. Tem de fazer queixa junto da Domus. Olhe, está aqui o senhor presidente…

Seria sempre assim ao longo da tarde. Entre pedidos de casamento espontâneos e declarações de amor, “eu sou sua fã”, chegaram a gritar-lhe, entre abraços, beijinhos e fotografias — “selfies não, que isso é para o professor Marcelo“, Rui Moreira foi anotando as preocupações dos moradores e prometeu mais investimento na requalificação dos bairros. Mas com prudência e sem nunca dar passos em falso.

“Temos ainda muito que fazer no espaço público”, diria depois aos jornalistas. “O que eu não faço é andar prometer em troco de algum voto. As pessoas não podem ter a ideia de que vêm falar com os políticos e que eles lhes fazem uma promessa. Não pode ser assim. Esta política das promessas tem sido péssima para Portugal.”

Uma indireta a Manuel Pizarro? Rui Moreira não concretizou. Ainda assim, com o socialista na estrada a assumir os louros de algumas das intervenções estruturais deste mandato, o autarca não deixou o antigo parceiro de coligação sem resposta: “Já ouvi Manuel Pizarro dizer que fez quase tudo. Ainda não ouvi dizer que foi ele que construiu a Torre dos Clérigos. Mas, com o adensar da campanha, provavelmente ainda o ouvirei dizer isso”. A bola está agora do lado do socialista.

Pode ler aqui como foi ontem a campanha no Porto:

Diário do Porto. Em dia de balanço, Moreira afasta-se do PSD e aponta o dedo a Pizarro

Bloco de Esquerda critica o “monarca” e o “dono disto tudo”

A frase: “Rui Moreira acha-se o dono disto tudo e acha que já ganhou”

A promessa: Se tiver força para tal, João Teixeira Lopes comprometeu-se a pressionar o futuro executivo no sentido de duplicar o orçamento da Câmara Municipal do Porto para ação social

O que correu bem: A presença da eurodeputada Marisa Matias. Depois de um dia com Catarina Martins, o candidato do Bloco de Esquerda voltou a ter um peso pesado do partido numa ação de campanha.

João Teixeira Lopes assinalou o segundo dia oficial de campanha com um jantar com militantes e simpatizantes do partido no restaurante Lareira, bem junto à estação de metro dos Combatentes, no Porto. A avaliar pelas críticas dirigidas contra a dupla Rui Moreira e Manuel Pizarro, o nome do local escolhido para o repasto não poderia ser mais indicado — os dois, Moreira e Pizarro, estiveram entre fogo crepitante.

A primeira a abrir as hostilidades foi Marisa Matias. A eurodeputada bloquista aproveitou o tema do jantar-comício — a República — para saudar todos aqueles que honram a “memória e a herança do 31 de Janeiro”, mesmo perante os “tiques monárquicos do atual presidente da Câmara”.

Estava feita a primeira referência ao sangue azul de Rui Moreira, a “veia monárquica” que o autarca “tem tentado esconder” e que revela sempre que questionado e confrontado. “Só mesmo uma mente monárquica é capaz de se referir ao João Teixeira Lopes como um candidato substituto. Nem João Teixeira Lopes é um candidato substituto, nem João Semedo é um ex-candidato”, afirmou Marisa Matias, referindo-se à entrevista de Rui Moreira ao Observador.

Carpool Autárquicas com Rui Moreira: “Os meus adversários querem uma guerra suja”

Nessa altura, o presidente da Câmara do Porto desvalorizou as críticas de João Teixeira Lopes à gestão do caso Selminho, referindo-se ao bloquista como o “candidato substituto” que precisa “encontrar algum tema para falar na cidade” à falta de “temas fraturantes” para falar.

Rui Moreira acha-se o dono desta cidade e olha para os portuenses como um adereço. Em eleições, conta muito o programa e o carácter. O atual presidente da Câmara não tem nem uma coisa, nem outra. Rui Moreira pode achar que isto é mesmo uma monarquia, mas nada está escrito nas estrelas. Não nos dividem, não nos conseguem fazer quebrar”, rematou Marisa Matias.

A isto é que se chama ter a sala ganha“, gracejou João Teixeira Lopes. Era a vez do candidato do Bloco de Esquerda à Câmara do Porto intervir perante as 60 pessoas ali presentes. E o bloquista aproveitou a deixa de Marisa Matias.

Rui Moreira acha-se o dono disto tudo. Julga ter o rei na barriga e acha que já ganhou. Falta a debates e nem sequer apresentou o programa autárquico. Nós aqui estamos para obrigá-lo a discutir, a prestar contas, a dizer-lhe com factos e com dados objetivos o que tem corrido mal na cidade e no seu mandato. O Bloco é o único capaz de impedir a maioria absoluta de Rui Moreira“, disparou o candidato do Bloco de Esquerda.

Rui Moreira não seria, no entanto, o único alvo de João Teixeira Lopes. Os bloquistas sabem que, para crescerem no Porto, tem de conquistar eleitorado também ao PS. E por isso apontam setas a Manuel Pizarro, compagnon de route de Moreira nos últimos três anos e meio. Para o bloquista, “o PS desistiu da cidade e abdicou de ser uma alternativa“.

Se conseguir eleger vereadores — algo que o Bloco nunca conseguiu na cidade do Porto –, João Teixeira Lopes comprometeu-se a pressionar o futuro executivo no sentido de avançar com uma estratégia de apoio para os sem-abrigo, criar uma rede de restaurantes solidários, disponibilizar apartamentos para alojar esses mesmos sem-abrigo e criar equipas no terreno para responder a esse desafio. Mais: os bloquistas pretendem duplicar o orçamento da Câmara Municipal do Porto para ação social. “Uma cidade que se preze não pode faltar aqueles que mais precisam. Vamos fazer aquilo que os dois não fizeram“, atirou o bloquista.

Álvaro Almeida acusa Rui Moreira de “falta de transparência”

A frase: “Eu gostava que a Câmara do Porto tivesse a mesma transparência que tinha no tempo do doutor Rui Rio”.

A promessa: “A Câmara do Porto tem de ser aberta aos cidadãos. Aberta a vários níveis, aberta em temos de informação que presta, aberta em termos da clareza dos procedimentos”.

A queixa: “Não havia contas publicadas de 2015 e de 2014 na página da Internet da câmara”.

O candidato apoiado pelo PSD à Câmara do Porto, Álvaro Almeida, acusou Rui Moreira, atual presidente da autarquia e candidato independente apoiado pelo CDS-PP e MPT, de “falta de transparência” e “falta de credibilidade”.

“Eu gostava que a Câmara do Porto tivesse a mesma transparência que tinha no tempo do doutor Rui Rio e que correspondia a esse 26.º lugar [no Índice de Transparência Municipal] de 2013”, declarou Álvaro Almeida, durante uma ação de campanha realizada estar tarde junto da Loja do Cidadão, localizada na zona de Campanhã.

Segundo o candidato do PSD/PPM, o Índice de Transparência Municipal (ITM) veio revelar que o Porto estava em 26.º lugar em 2013, caindo para o 141.º lugar em 2016 (-115 lugares na tabela), uma descida que classifica como um “sinal” de que nestes quatro anos do mandato de Rui Moreira houve “perda de transparência”.

“A Câmara do Porto tem de ser aberta aos cidadãos. Aberta a vários níveis, aberta em temos de informação que presta, aberta em termos da clareza dos procedimentos, abertos em termos da acessibilidade que os cidadãos têm a contactar com a Câmara (…), há muito para fazer e certamente há muito para melhorar face ao pouco que foi feito nos últimos quatro anos”, manifestou, recordando que até há bem pouco tempo “não havia contas publicadas de 2015 e de 2014 na página da Internet da Câmara”.

Álvaro Almeida acusou ainda de falta de credibilidade Rui Moreira, por ter feito crer aos munícipes que tinha realizado “90% do programa” a que se tinha proposto há quatro anos. “Eu acho que os portuenses sabem que quando alguém que promete reabilitar o Bolhão no prazo de um ano, instalar um polo logístico no Matadouro, recuperar o Jardim de São Lázaro, construir uma ciclovia até ao Freixo. Promete isso tudo e acha que cumpriu 90% do programa, os portuenses julgarão se essa pessoa é credível ou não”, declarou o cabeça de lista dos sociais-democratas no Porto.

Álvaro Almeida vai mais longe e refere que quem vive no Porto e quem conhece o que se passa com o Bolhão, Matadouro ou na ciclovia, saberá distinguir se é “credível ou não” alguém que considera ter cumprido o programa naquelas áreas.

Por Agência Lusa

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