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Porto, 12/01/2022 - Jorge Fernandes é Investigador Auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (Rui Oliveira/Observador)
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Doutorado em Ciências Sociais e Políticas, Jorge Fernandes é investigador do ICS e foi o coordenador científico do Votómetro

(Rui Oliveira/Observador)

Doutorado em Ciências Sociais e Políticas, Jorge Fernandes é investigador do ICS e foi o coordenador científico do Votómetro

(Rui Oliveira/Observador)

Entrevista. Votómetro, uma ferramenta para “comparar os partidos todos”

Jorge Fernandes, coordenador científico do Votómetro, a plataforma de apoio ao voto informado do Observador, explica como se construiu a ferramenta digital que fomenta a literacia política.

Para Jorge Fernandes, cientista político do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e coordenador do Votómetro do Observador, plataforma interativa de ajuda informada ao voto desenvolvida a propósito das eleições legislativas de 30 de janeiro, o facto de as instituições públicas não estarem a conseguir produzir bem-estar e de os temas que impactam na vida dos cidadãos não estarem a ser discutidos podem afastar os portugueses da participação política. Nesta entrevista, o investigador explica como foi construída a plataforma e a pertinência de serviço público que ferramentas deste género podem ter numa democracia informada.

Qual é a relevância de uma plataforma como o Votómetro no contexto português?
Este tipo de plataformas já existe em muitos países, inclusive já apareceram em Portugal. A primeira bússola eleitoral que existiu em Portugal, de que eu me lembre, foi feita em 2009. Na altura, participei como assistente de investigação, ainda como aluno de mestrado, na equipa de Marina Costa Lobo, do Instituto de Ciências Sociais. E, pelo menos que eu saiba, depois houve outra em 2015. Em 2019 não houve logo, pelo menos feita com este detalhe científico. Para as eleições europeias também já foram feitas em 2009, 2014 e 2019. Participei também em duas dessas edições, de 2014 e de 2019, como qualificador para o caso português da plataforma europeia – porque é feita sempre no Instituto Universitário Europeu e eu estudei lá.

E em que medida poderá contribuir para ajudar os portugueses, sobretudo os mais jovens, a perceber a família política com que se identificam?
Permite aos eleitores posicionarem-se. Sabemos que a votação nos partidos ocorre muito através da ideia de proximidade política. As pessoas tendem a votar nos partidos que correspondem aos seus valores. Portanto, se considerarmos que a política foi colocada numa representação espacial geral, neste caso de duas dimensões, temos uma dimensão de esquerda/direita. E depois temos uma segunda dimensão, que é ortogonal: conservador/libertário. O utilizador pode também comparar os partidos todos, de forma direta. Isso é uma coisa que ajuda bastante as pessoas a ganharem conhecimento sobre a competição política atualmente. A plataforma é absolutamente transparente, na medida em que posicionamos o partido e mostramos uma afirmação que mostra por que escolhemos determinado posicionamento.

E a plataforma analisa esse espectro?
Este tipo de plataformas posiciona os partidos em primeiro lugar nesse espaço político e, depois, as pessoas – respondendo às mesmas declarações que os partidos – podem perceber qual é o seu próprio posicionamento na plataforma. Esta plataforma ajuda-as nessa correspondência.

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Os programas eleitorais e as opiniões das lideranças partidárias na esfera pública dos media não cumprem já essa função?
O que sabemos sobre qualquer eleitor, não só em Portugal, é que para ele não faz sentido, do ponto de vista racional, estar a ler os programas dos partidos para adquirir um conjunto de informações – apesar de as pessoas não saberem isto de forma assim tão explícita, mas sabem intuitivamente. Especialmente, agora, em Portugal, que estamos numa situação de tanta fragmentação partidária, com imensos partidos. O que este tipo de plataformas faz é organizar a informação de maneira a escolher um conjunto de temas que nós consideramos serem os mais importantes nesta campanha eleitoral e que, eventualmente, também serão os temas com que os eleitores se preocuparão mais. A plataforma serve como atalho cognitivo. O que nós fazemos aqui, no fundo, é um serviço público: selecionámos temas que são clássicos, para um posicionamento das pessoas, mas também tivemos atenção em colocar alguns que são mais tópicos na agenda política.

Que tipo de temas, por exemplo?
A TAP é um tema que, apesar de ser um clássico do debate político em Portugal, neste momento tem grande saliência, por tudo o que ocorreu no último ano, com injeção de capital, com nacionalização, com a questão da União Europeia. Portanto, as perguntas são uma mistura entre os temas clássicos que, tipicamente, se perguntam neste tipo de plataformas, e perguntas que estão relacionadas mais imediatamente com o contexto que estamos a viver. Há uma pergunta sobre a pandemia, por exemplo: “As restrições às liberdades fundamentais dos cidadãos são justificáveis no combate à Covid 19?”. Convidamos a pessoa a posicionar-se e a dizer se, num caso de saúde pública, concorda em limitar, por exemplo, o direito à greve, a liberdade de movimentação, etc. Tudo isto é montado nesta lógica de tentar apanhar os grandes temas clássicos que dividem canonicamente, à esquerda e à direita, os mais conservadores e os mais libertários.

Porto, 12/01/2022 - Jorge Fernandes é Investigador Auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (Rui Oliveira/Observador)

(Rui Oliveira/Observador)

Pode dar-nos uma ideia mais concreta do tipo de temas que se consideram clássicos?
Alguns temas clássicos, começando pela dimensão esquerda/direita: a intervenção que o Estado tem na saúde ou na educação; a redução de impostos sobre as empresas. Se a pessoa concorda, ou não, que o Estado deve cobrar menos impostos às empresas – um tema tipicamente mais caro à direita, enquanto a esquerda acha que não. E, depois, por outro lado, temos também temas que medem a segunda dimensão, conservador/libertário. Como a adoção por casais homossexuais, por exemplo; ou o aborto; ou a eutanásia. Temos também uma pergunta sobre a questão da imigração: se acha que a imigração dilui a identidade nacional e se a sociedade multiculturalista é mais positiva ou mais negativa? Isso permite perceber o quão conservadoras ou libertárias as pessoas são. Outros temas clássicos da economia, por exemplo: a tributação dos rendimentos de capital. Falámos ainda – isto é uma coisa mais deste momento – da regulação do mercado de arrendamento, considerando que já tem sido muito falado nos últimos anos. E falamos do apoio aos desempregados. E, depois, temos também um conjunto de perguntas sobre a Europa, a questão da integração europeia, o euro.

E, para enquadrar essas diferentes declarações, posicionando os partidos e o respetivo nível de concordância, como chegaram até elas? Qual foi a metodologia científica aplicada para o desenvolvimento desta plataforma?
Além de mim, tivemos uma equipa de quatro qualificadores diferentes, a quem foi dada a lista de statements. A cada codificador foi pedido que classificasse o posicionamento dos partidos em função de uma escala que vai de “discordo completamente” a “concordo completamente”, passando por “tendo a discordar”, sou “neutro” ou “tendo a concordar”, e que encontrasse uma frase, um documento. Nós temos as 21 afirmações, temos a escala para colocar cada partido nos respetivos textos e, depois, vamos à procura de citações com atual saliência política e que são alvo de debate.

"O que este tipo de plataformas faz é organizar a informação de maneira a escolher um conjunto de temas que nós consideramos serem os mais importantes nesta campanha eleitoral e que, eventualmente, também serão os temas com que os eleitores se preocuparão mais."

A que fontes foram buscar essas evidências?
Neste tipo de trabalhos existe uma hierarquia de fontes. A primeira coisa é o programa eleitoral do partido. Olhamos também para os programas eleitorais anteriores. Depois, olhamos também, por exemplo, para os sites. O site do PCP tem uma secção sobre statements oficiais do partido, com comunicados de imprensa. Utilizamos também notícias onde nos aparecem declarações dos líderes. Claro que tivemos sempre atenção, por exemplo, à liderança atual. No caso do PSD, na questão da eutanásia, Passos Coelho em 2014 era a favor, depois em 2016 já era contra. Mas agora Rui Rio deu liberdade de voto aos deputados. Houve sempre instruções de, se for um líder, tem de ser o líder atual.

E que aspetos particulares identificaram nessa pesquisa, à procura das afirmações, estabelecendo comparações entre eventuais divergências de posição?
Uma coisa importante que aconteceu também na feitura disto é que, como as eleições anteriores foram há relativamente pouco tempo, a maior parte dos partidos políticos têm secções inteiras que são “copy/paste”. O que é perfeitamente natural, já que não se espera que um partido mude radicalmente de posição sobre o que quer que seja. A única exceção de mudança radical foi o Chega. O partido tem várias coisas que, em 2019, apontava numa direção e hoje em dia apontam claramente noutra.

Recorda-se de alguma nuance nesse sentido?  Que mudanças identificaram?
Um exemplo disso é a questão da educação que nós também apanhamos neste radar político. Por exemplo, o Chega em 2019 era completamente a favor do cheque-ensino, de o Estado ajudar as pessoas a poder frequentar o ensino privado. Hoje em dia é completamente contra e coloca-se commo promotor da escola pública. Portanto, são alterações. O Chega teve alterações de fundo no programa. Por um lado são naturais, porque, tal como a Iniciativa Liberal, é um partido que está a começar. Mas, por outro lado, no caso dos cheques-ensino, também tem aqui uma dimensão tática, de recalibrar o partido em função do que está a ser a evolução programática. E, digamos, ideológica.

Porto, 12/01/2022 - Jorge Fernandes é Investigador Auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (Rui Oliveira/Observador)

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Quem é o coordenador científico do Votómetro?

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Coordenador do Votómetro, plataforma interativa do Observador de ajuda informada ao voto, o investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa é doutorado em Ciências Sociais e Políticas pelo Instituto Universitário Europeu, em Florença – e, atualmente, visiting fellow do Robert Schuman Centre for Advanced Studies na mesma instituição. Foi investigador visitante da Universidade da Califórnia (2012) e do Center for European Studies em Harvard (2018-2019).

Autor do livro O Parlamento Português [ed. FFMS, 2015], Jorge Fernandes assina artigos científicos em publicações relevantes como o European Journal of Political Research and Political Behavior, entre outras. Este ano, é co-editor do Oxford Handbook of Portuguese Politics. É também cronista do Observador.

Com experiência em plataformas de voting advice applications, que incitam à participação e reflexão políticas, o investigador auxiliar do ICS tem incidido o foco de investigação no estudo de instituições políticas comparadas, partidos políticos, parlamentos, representação, coligações e comportamentos políticos.

Ao escolher a resposta “neutro” para todas as 21 afirmações do questionário e, depois, no final, na secção de “adicionar ponderadores”, mantendo igual importância para cada uma delas (ou saltando responder-lhes), o algoritmo incide o resultado no partido Chega. Como deve este resultado ser interpretado?
É uma questão técnica, uma explicação puramente do cálculo matemático. Na secção “Correspondência”, faz-se um cálculo da distância entre a posição de um utilizador numa pergunta e a posição do partido nessa mesma pergunta. Isto é, calcula-se o quanto as posições do utilizador e do partido se sobrepõem. O Chega é o partido que mais vezes responde “neutro” ou “tende a…” às perguntas colocadas, pelo que alguém que responda sempre “neutro” terá uma maior sobreposição com as posições do Chega.

No entanto, ao contrário do que acontece na secção “Bússola”, na secção “Correspondência” não é feito um posicionamento em relação às dimensões políticas clássicas esquerda/direita e libertário/conservador. Na secção “Correspondência”, responder “neutro” a todas as perguntas não significa necessariamente que a pessoa seja do “centro” político. Esse significado só ganha sentido na secção “Bússola”, onde se faz uma projeção bidimensional do espaço político, após classificar cada pergunta como pertencendo a uma dimensão ou a outra e a direção da mesma (algumas perguntas estão formuladas na direção esquerda, outras na direção direita). Como poderão verificar, na secção “Bússola”, uma pessoa perfeitamente colocada ao centro está mais perto do PSD, por exemplo, do que do Chega.

É preciso ter atenção que a plataforma não está desenhada para as pessoas escolherem todas as respostas em “neutro”, mas sim para se posicionarem em relação à pergunta, cujo próprio posicionamento político também varia. Na secção “Bússola”, todos os partidos (e utilizadores) começam no ponto central e daí partem numa direção ou outra, consoante os posicionamentos obtidos. Se um utilizador responder “neutro” a todas as perguntas, não faz sentido fazer o inquérito. Tem tanto sentido responder “neutro” a todas as perguntas como responder “concordo totalmente” a todas as perguntas, quando estas têm dimensões e posicionamentos diferentes.

O instrumento não dá simplesmente a correspondência percentual com cada partido, mas permite explorar outras formas de proximidade, nomeadamente num espaço político de sete dimensões (“Radar”) e num espaço político de duas dimensões (“Bússola”).

O Votómetro está desenhado de acordo com as melhores práticas internacionais e à semelhança das plataformas desenhadas no contexto do projeto “euandi” [cuja metodologia pode ser consultada aqui].

Além disso, todos os utilizadores podem ainda ver como foi classificado cada partido (selecionando na barra do partido na secção “Correspondência”) e que fonte textual é utilizada para justificar essa classificação.

"Responder 'neutro' a todas as perguntas não significa necessariamente que a pessoa seja do 'centro' político. (...) A plataforma não está desenhada para as pessoas escolherem todas as respostas em 'neutro', mas para se posicionarem em relação à pergunta. (...) Tem tanto sentido responder “neutro” a todas as perguntas como responder 'concordo totalmente' a todas as perguntas, quando estas têm dimensões e posicionamentos diferentes."

O mesmo sucede no caso de se escolher todas as opções “concordo totalmente”, que resulta em PAN e “discordo totalmente”, que resulta em CDU. Como é que se explica isto do ponto de vista da funcionalidade?
É a mesma explicação matemática. Quem optar por responder a tudo com a mesma classificação acabará por concordar com coisas que, em termos políticos, são opostas. Essas pessoas não estão preocupadas em assumir um posicionamento, por isso perde-se o objetivo do instrumento.

No final, é possível explorar os resultados com base em 21 perguntas (“Correspondência”), em sete eixos temáticos (“Radar”) e em duas dimensões (“Bússola”, que analisa as opções “libertário/cosmopolita” e “conservador/nacionalista”). Esta triagem não é demasiado simplista?
Nas 21 questões os partidos estão todos posicionados, o que muda é a posição do utilizador ao nível de concordância. Isso permite explorar melhor os resultados, até de acordo com as fontes onde estão essas afirmações [disponíveis na plataforma]. Já a “Bússola” é uma ideia geral e menos exata do ponto de vista do posicionamento, mas muito intuitiva. Se quiséssemos fazer uma análise rigorosa, teria de ser uma medição mais complexa. O que fizemos no Votómetro foi reduzir a duas dimensões para conseguir tratar a informação do ponto de vista intuitivo.

Porto, 12/01/2022 - Jorge Fernandes é Investigador Auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (Rui Oliveira/Observador)

(Rui Oliveira/Observador)

Como pode o país fomentar a literacia política, sobretudo nas camadas jovens?
Eu não concordo com a ideia de que Portugal tem falta de literacia política. Nós temos altas taxas de abstenção e crescentes. Há um esvaziamento dos partidos, especialmente do centro. Quer dizer, se olharmos para a quantidade de votos absolutos que PS e PSD tiveram há 15, 20 anos, percebemos que há uma tendência claríssima de esvaziamento desses partidos. Apesar de continuarem a ter – especialmente o PS – uma percentagem relativamente constante, o número absoluto de votos tem vindo a cair de forma substantiva. Ao mesmo tempo, está a haver uma fragmentação política, o que significa que vão aparecer novos jogadores na área política. Eu não tenho nada a ideia de que os portugueses sejam iliteratos do ponto de vista político, acho que existem tendências para uma certa apatia, uma certa de falta de satisfação com a qualidade da democracia, o que pode eventualmente explicar parcialmente porque é que as pessoas tendem a abster-se.

E que insatisfações são essas?
O país está há vinte anos estagnado. Basta olhar para as estatísticas europeias em que isto são factos, não é uma questão de opinião. Portugal tem vindo a perder lugares no ranking dos países europeus em termos de riqueza. Em 2004, éramos o 15.º país; hoje somos o 22.º. Se as previsões se confirmarem, dentro de um ano seremos o 24.º ou 25.º. Isto causa mossa na satisfação que as pessoas têm com as instituições e com o facto de as instituições não estarem a conseguir produzir bem-estar, no sentido lato. Isso faz com que as pessoas não tenham satisfação com a democracia, em muitos casos. Portanto, eu não diria que é um problema de literacia política. Claro que, depois, há um conjunto de temas que deveriam ser debatidos pelos partidos políticos e que não são debatidos.

"A plataforma permite aos eleitores posicionarem-se. Sabemos que a votação nos partidos ocorre muito através da ideia de proximidade política. As pessoas tendem a votar nos partidos que correspondem aos seus valores."

Que temas de interesse público deveriam ser debatidos e não são?
O tema do crescimento económico, por exemplo. Passamos a primeira semana de debates a falar da prisão perpétua. A atenção que a prisão perpétua teve foi uma coisa absolutamente inusitada. Não é minimamente um problema em Portugal, ninguém quer saber daquilo, a não ser meia dúzia de fanáticos. Não é uma coisa minimamente importante.

Em que medida esta plataforma poderá contribuir para uma maior literacia política para quem vai fazer esta espécie de navegação para tentar compreender o posicionamento e a proximidade que tem com determinados partidos?
Pode contribuir, sim. Além de perceber o seu posicionamento, percebe o posicionamento dos partidos. Ao trabalhar com esta ferramenta, a pessoa tem acesso à posição de cada partido no respetivo tema. Isto é, não tem só acesso à posição no espaço político, mas se quiser pode carregar de forma detalhada em todos os temas, como educação ou saúde. Carrega naquele tema e consegue ver o posicionamento, a frase a respeito daquilo, o statement que demos ao partido e que apoia o resultado. E pode até comparar os partidos todos, de forma muito direta. Isso é uma coisa que ajuda bastante as pessoas a ganharem conhecimento sobre a competição política atual. A plataforma é absolutamente transparente, na medida em que posicionamos o partido e mostramos uma afirmação que mostra por que escolhemos aquele posicionamento.

Conheça aqui em detalhe a metodologia por detrás dos resultados do Votómetro. 

Este artigo faz parte de uma série sobre eleições, cultura democrática e participação dos jovens na política. A iniciativa é uma parceria entre o Observador e Ben & Jerry’s.

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