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O prazo de candidatura à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público decorre entre 6 a 20 de agosto
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O prazo de candidatura à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público decorre entre 6 a 20 de agosto

Ana Martingo

O prazo de candidatura à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público decorre entre 6 a 20 de agosto

Ana Martingo

Há 3.219 vagas para os cursos dos melhores alunos. Engenharia do Porto e Técnico criam mais de 30% das vagas de excelência

Faculdade de Engenharia do Porto e o Instituto Superior Técnico, em Lisboa, foram responsáveis pela criação de mais 118 vagas para os cursos com índice de excelência. Medicina cria 12 vagas em 2 anos.

Gestão e Engenharia. Quando se fala dos cursos com maior concentração de bons alunos, aqueles que têm luz verde do Ministério do Ensino Superior para continuar a aumentar vagas, os olhos caem sempre nestas duas áreas de estudo. Numa altura em que são divulgadas as 52.963 novas vagas no ensino superior, só a Faculdade de Engenharia do Porto e o Instituto Superior Técnico, em Lisboa, foram responsáveis pela criação de mais de 30% das vagas totais para os cursos com índice de excelência (118).

Pesquise aqui as 52.963 vagas do ensino superior. Este ano há mais 834 lugares disponíveis

Gestão, da Faculdade de Economia da Nova de Lisboa, foi o curso que mais aumentou o número absoluto de vagas para bons alunos com um incremento de 59 lugares de um ano para o outro. Em termos percentuais, o maior crescimento vai para o único Politécnico que tem um curso nesta lista. O do Porto, com o curso de Engenharia e Gestão Industrial, ministrado no Instituto Superior de Engenharia.

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O índice de excelência de um curso é calculado através do número de candidatos com nota de ingresso igual ou superior a 17 valores e que se candidataram a cada licenciatura em 1.ª opção. Só quando o número de bons alunos é superior à oferta disponível é que se pode aumentar as vagas.

Este ano, pelo sexto consecutivo, há mais vagas disponíveis para a 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior do que no ano anterior — mesmo que a subida seja ligeira. Há mais 834 lugares, todos no concurso nacional, totalizando 52.242 vagas. A estes somam-se mais 721 lugares para os concursos locais, sendo abertos quase 53 mil lugares (52.963 ) para novos alunos.

Feitas as contas globais, as vagas para os cursos com índice de excelência dos candidatos voltaram a subir, uma possibilidade que se repete pelo terceiro ano consecutivo. Este ano, houve mais 385 vagas nos cursos com maior concentração de candidatos com notas elevadas quando, em 2020, tinham sido criadas mais 240. Com um crescimento global de 14%, o número de novos lugares sobe, apesar de tudo, menos do que no ano anterior quando aumentou 16%. Este ano, há 3.219 vagas para os cursos dos melhores alunos.

Dos 32 cursos que podiam aumentar vagas, a maioria na capital e no Porto, só a Faculdade de Belas Artes de Lisboa não o fez. Podia ter subido as vagas em três cursos, Desenho, Design de Comunicação e Arte Multimédia, mas manteve o mesmo número que disponibilizou em 2020. O ano passado, a oportunidade foi desperdiçada pelas Faculdades de Arquitetura e de Direito da Universidade do Porto que, este ano, mudaram de estratégia e criaram 6 e 28 novas vagas, respetivamente.

Este ano, o maior aumento percentual de vagas para bons alunos foi 44% — como já dissemos no único Politécnico — no curso de Engenharia e Gestão Industrial, do Instituto Superior de Engenharia do Porto. São mais 11 vagas, colocando a oferta disponível nos 36 lugares. Em 2020, a nota do último colocado neste curso na 1.ª fase do concurso nacional de acesso foi de 18,27 valores.

Já o índice de excelência mais elevado (293,5) é para um curso com o mesmo nome, mas oferecido pela Universidade do Porto, recordista de notas altas de entrada em 2020 (19,13).

Os cursos de medicina, embora tenham índices de excelência, têm regras próprias para determinar vagas.

Técnico com mais cursos, Engenharia do Porto com mais vagas

A Universidade de Lisboa tinha este ano 10 cursos com luz verde para aumentar vagas. Mas, uma vez que as Belas Artes optaram por não fazê-lo, os restantes 6 cursos são todos ministrados no Técnico, sendo a instituição com maior oferta na lista do índice de excelência — os curso são os de Engenharia Aeroespacial, Engenharia Biomédica, Engenharia Física Tecnológica, Engenharia Informática e de Computadores, Engenharia e Gestão Industrial, Matemática Aplicada e Computação.

Há 33 cursos com emprego garantido (e 164 licenciaturas e mestrados com taxa de desemprego acima dos 10%)

No total, o Técnico cria 50 novas vagas para bons alunos, a maioria delas (10) em Engenharia Aeroespacial, que passa a ter 120 vagas disponíveis. Este foi o curso com médias mais altas no ano passado, quando o último classificado entrou com 19,13 valores. Ficou empatado com o curso de Engenharia e Gestão Industrial da Universidade do Porto que, este ano, também criou 10 novas vagas para bons alunos, subindo para um total de 100 lugares.

É ali, na Faculdade de Engenharia do Porto, que mais vagas para cursos de bons alunos foram criadas: 68 divididas pelos 4 cursos de Bioengenharia (9), Engenharia e Gestão Industrial (10), Engenharia Informática e Computação (30) e Engenharia Mecânica (19).

Em termos de instituições, a Universidade do Porto é a que oferece mais novas vagas, 189 distribuídas por 14 cursos, seguido da Universidade Nova de Lisboa com 106 novas vagas divididas por 4 cursos — Direito (17), Gestão (59), Ciência Política e Relações Internacionais (14) e Ciências da Comunicação (16).

A Universidade de Coimbra — com os cursos de Relações Internacionais na Faculdade de Economia e de Medicina Dentária na Faculdade de Medicina —  cria 12 nova vagas, 6 em cada curso. Na Universidade do Minho, há 13 novos lugares no curso de Engenharia e Gestão Industrial e, na de Aveiro, mais 9 no de Engenharia Informática.

Em dois anos, poderia ter havido mais de 400 novas vagas em Medicina. Houve 12

De novo, os Açores. Tal como no ano passado, durante o braço de ferro entre médicos e ministro Manuel Heitor, só a Universidade dos Açores abriu mais vagas no seu Ciclo Básico de Medicina, ministrado na Faculdade de Ciências e Tecnologia. Foram 6 novos lugares em 2020 e outros 6 para 2021.

Assim, em dois anos, quando as Faculdades de Medicina poderiam ter criado mais de 400 novas vagas, o aumento ficou pelas 12. O total cresceu de 1.517 para 1.529 vagas em 2021. Nem mesmo a pressão da abertura do curso de Medicina na Universidade Católica — que vai custar cerca de 100 mil euros pelos seis anos de formação — levou os reitores das faculdades públicas a mudarem de ideias e a aumentarem as vagas, já que tinham, de novo, luz verde da tutela para fazê-lo.

Tal como o ano passado, o despacho de Manuel Heitor voltava a permitir um aumento de 15% nas vagas sobre o valor fixado no ano anterior. Em 2020, o ministro do Ensino Superior abria a porta à criação de mais 216 vagas para futuros médicos. Se tivessem sido aproveitadas na sua totalidade, este ano poderiam ter sido criadas mais 245.

Em ano de pandemia, e ainda na área da saúde, os cursos de enfermagem ficam praticamente na mesma e só em Faro, na Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, foram criados duas novas vagas.

O calendário do concurso nacional: três fases de acesso

A apresentação da candidatura à primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior decorre de 6 a 20 de agosto. As colocações são divulgadas a 27 de setembro, data em que começa a segunda fase do concurso e que se prolonga até 8 de outubro.  A 14 de outubro conhecem-se os resultados da segunda fase e a terceira (e última) fase arranca a 21 de outubro, terminado no dia 25.

Quatro dias depois, a 29 de outubro, são conhecidas as colocações.

A candidatura, tal como nos últimos anos, deverá ser apresentada online, no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) através de autenticação com o cartão de cidadão ou chave móvel digital. Para fazê-lo, é necessário pedir previamente uma senha de acesso. Sem ela, não é possível efetivar a candidatura.

Se pretende candidatar-se ao ingresso no ensino superior em 2021, deve:

  • Ter concluído, ou concluir no presente ano escolar, um curso do ensino secundário.
  • Ter realizado em 2019 e ou 2020 e ou realizar em 2021 os exames nacionais das provas de ingresso exigidas para acesso aos pares instituição/curso a que pretende concorrer.
  • Ter realizado em 2021 os pré-requisitos exigidos para acesso aos pares instituição/curso a que pretende concorrer.

Para ajudar os estudantes a escolher o curso, o site Inforcursos disponibiliza uma série de informação online como, por exemplo, a taxa de empregabilidade do curso.

Já os números das vagas, desagregados por curso e estabelecimento de ensino, estão disponíveis no site da Direção-Geral do Ensino Superior. Pode também consultá-los no Observador, neste link.

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