786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Como habitualmente, os cursos de engenharia estão bem representados e há seis cursos desta área de estudos que garantem emprego a todos os alunos formados
i

Como habitualmente, os cursos de engenharia estão bem representados e há seis cursos desta área de estudos que garantem emprego a todos os alunos formados

Raquel Martins

Como habitualmente, os cursos de engenharia estão bem representados e há seis cursos desta área de estudos que garantem emprego a todos os alunos formados

Raquel Martins

Há 33 cursos com emprego garantido (e 164 licenciaturas e mestrados com taxa de desemprego acima dos 10%)

Cursos de enfermagem são os que estão mais representados, seguindo-se as engenharias. Os grandes ausentes desta lista são, este ano, os cursos de Medicina (apesar de só terem 23 desempregados).

A explicação poderá ser o efeito da pandemia. Numa altura em que os enfermeiros foram mais precisos do que nunca, foram os cursos de enfermagem aqueles que tiveram maior representatividade entre licenciaturas e mestrados com desemprego zero. Em 2021, havia 10 cursos de enfermagem em que todos os diplomados estavam a trabalhar. No ano anterior, isso apenas era conseguido por seis cursos de formação de enfermeiros e, dois anos antes, por 4 cursos.

Este ano, há 30 licenciaturas e 3 mestrados integrados com emprego garantido, um número total (33) bastante menor do que em 2020 e em 2019, quando foram 68 e 63 cursos, respetivamente. Como habitualmente, os cursos de engenharia estão bem representados e há seis cursos desta área de estudos que garantem emprego a todos os alunos formados. Apesar disso, Engenharia vive uma realidade inversa à dos cursos de Enfermagem e perde representação: em 2020 tinha 13 cursos com taxa de desemprego zero e, no ano antes, 17.

Inversão de marcha. Número de universitários que abandona curso no 1.º ano aumenta com a pandemia

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Todos estes números estão disponíveis no portal Infocursos, desde a meia-noite de sábado, 24 de julho, numa altura em que o anúncio de vagas disponíveis para o concurso de acesso ao Ensino Superior pode ser feito a qualquer momento. Se a taxa de empregabilidade for importante na hora de escolher um curso superior, importa saber quais são as 33 licenciaturas e mestrados que prometem emprego no fim dos estudos (consulte no gráfico todos os cursos com desemprego zero).

No entanto, os valores apresentados sobre a taxa de desemprego de cada um dos cursos olham apenas para a percentagem de recém-diplomados registados como desempregados no IEFP — Instituto do Emprego e Formação Profissional. Ou seja, apesar de estarem a trabalhar podiam não estar a fazê-lo na área em que se formaram.

Depois de enfermagem e engenharias, são dois os cursos que mais se repetem na lista com oferta de emprego garantido. Gestão e Arquitetura, cada um deles com dois cursos sem desemprego. De resto, e como habitualmente, não há padrão nos demais cursos: estão representados ofertas tão distintas como Ciências Aeronáuticas, Dança, Farmácia, Matemática, Química ou Terapia da Fala.

Os grandes ausentes desta lista são, este ano, os cursos de Medicina que, por norma estão todos ali representados. Apenas o curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Universidade do Porto), aquele que tem habitualmente as médias mais altas de entrada, aparece com desemprego zero.

Isto não quer dizer que os cursos de Medicina passaram a ser recordistas de desemprego. Dos sete cursos de Medicina do país saíram 6.591 alunos diplomados. Destes, só 23 estavam inscritos como desempregados (0,34%). 

Quando se olha para a natureza do ensino, as escolas públicas estão mais representadas do que as privadas, como é habitual, mas sem uma diferença muito significativa: há 18 cursos de instituições públicas e 15 cursos de privadas. Destes últimos, a maioria, 12, são de politécnicos.

Analisando o tipo de ensino, são os cursos ministrados em politécnicos que levam vantagem, com 21 deles a oferecer cursos com empregabilidade garantida. As universidades oferecem, no total, 12 cursos com desemprego zero, 3 deles ministrados em instituições privadas.

Técnico tem maior número de cursos sem desemprego

Aproximando ainda mais a lupa, percebe-se que estes 33 cursos são oferecidos por 25 instituições, sete delas universidades. Quais são elas, então? A que tem maior oferta de cursos com desemprego zero é a Universidade de Lisboa. Dos cinco cursos que oferece, quatro são ministrados pelo Instituto Superior Técnico — Arquitetura, Engenharia Geológica e de Minas, Engenharia Informática e de Computadores e Engenharia Naval e Oceânica — e um na Faculdade de Motricidade Humana (Dança).

Há ainda quatros instituições que se repetem na lista, duas vezes cada. O Instituto Politécnico de Lisboa — com um curso de Fisiologia Clínica na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa e um curso de Música, variante de Composição, Direção e Formação Musical na Escola Superior de Música.

A Universidade Católica Portuguesa também surge duas vezes, com um curso universitário ministrado na Faculdade de Ciências Humanas (Psicologia) e outro, de Enfermagem, na Escola Superior Politécnica de Saúde, no Porto.

Os cursos de Matemática e de Química são os que têm desemprego zero na Universidade de Aveiro, enquanto que os da Universidade do Algarve, são ambos da Escola Superior de Saúde (Enfermagem e Farmácia).

Há 73 cursos com desemprego residual e é aqui que está a Medicina

Embora os próximos 73 cursos não possam dizer que têm desemprego zero, os valores são residuais e, em todos eles, a taxa de desemprego entre recém-licenciados está abaixo de 1%.

Para além de mais 16 cursos de enfermagem, surgem também todos os cursos de Medicina ministrados no país. Quanto aos de enfermagem, num ano marcado pela pandemia, só 5 têm uma taxa de desemprego acima de 1% — Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Vila Nova de Gaia (1,1%), Escola Superior de Saúde de Bragança (1,3%), Escola Superior de Saúde da Guarda (1,4%), Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Viseu (1,9%) e Escola Superior de Saúde da Fundação Fernando Pessoa (3,8%).

Ainda dentro da área da saúde, surgem quatro cursos de Ciências Biomédicas da ministrados nas universidades de Aveiro, na da Beira Interior, no Instituto Universitário de Ciências da Saúde e no Politécnico de Lisboa.

Destacam-se também dez cursos de engenharias, oito deles de Informática, os restantes de Engenharia Eletrónica e Engenharia Geológica (consulte no gráfico todos os cursos com desemprego abaixo de 1%).

Destes 73 cursos, 15 são oferecidos por instituições privadas, 58 por públicas. Quanto ao tipo de ensino, 32 são ministrados em politécnicos, 41 em universidades.

As duas instituições mais representadas, com 9 cursos cada, são ambas na capital do país: a Universidade de Lisboa e o Instituto Politécnico de Lisboa. No total, os 73 cursos distribuem-se por 31 instituições do Ensino Superior.

164 cursos com desemprego acima de 10%. No Turismo chega aos 25%

Olhando agora para o fundo da tabela, para os cursos com maior taxa de desemprego, os valores são bastante mais altos do que no ano anterior, quando nenhum deles ultrapassava os 15% — uma subida que era expectável como consequência da pandemia e dos seus efeitos na economia do país. No ano passado havia 62 cursos com desemprego acima de 10%, número que agora dispara para os 164. 

A taxa de desemprego no país foi de 7,1% no primeiro trimestre de 2021 (consulte no gráfico todos os cursos com desemprego acima de 10%).

Quem está em pior situação? No Instituto Politécnico de Viseu, o curso de Gestão Turística, Cultural e Patrimonial tem 25,4% de taxa de desemprego entre recém-licenciados. No entanto, do curso ministrado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego saíram apenas 53 diplomados em 2020, ou seja, 13 deles não encontraram emprego.

Logo a seguir, dentro da mesma área, o curso de Turismo da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias tem uma taxa de desemprego de 23,5% (25 desempregados em 106 diplomados).

Na Universidade Portucalense Infante D. Henrique a taxa de desemprego é a terceira mais alta do país. Mas, tal como nas anteriores, os 22,9% representam apenas 8 desempregados, num total de 37 diplomados.

Já o curso que tem maior número absoluto de desempregados, 70, é o de Arquitetura da Universidade de Lisboa. No entanto, como a Faculdade de Arquitetura entregou, em 2020, 595 diplomas, aquele número equivale a uma taxa de desemprego de 11,8%, o que coloca o curso praticamente no meio da tabela, em 84.º lugar.

Os 164 cursos com taxa de desemprego acima de 10% são ministrados em 43 instituições diferentes. Do total de licenciaturas e mestrados, 98 são oferecidas em politécnicos e 66 em universidades. Quanto à natureza do ensino, a maioria dos cursos são lecionados em instituições públicas (115, contra 49 privadas).

O Instituto Politécnico do Porto é o que tem mais cursos nesta lista, um total de 12, como Design, Artes Visuais e Tecnologias Artísticas, Gestão do Património, Gestão das Atividades Turísticas ou Solicitadoria. Já o Politécnico de Viseu tem 11 ofertas entre os cursos com mais desemprego no país entre recém-licenciados — como Educação Social, Comunicação Social, Turismo ou Contabilidade.

Seguem-se, com nove cursos cada, o Politécnico de Coimbra e o de Bragança. Para finalizar o topo desta tabela, destacam-se ainda os politécnicos de Guarda e Leiria, com 8 cursos cada um.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos