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João Ferreira propõe criação de observatório europeu para a igualdade de género no trabalho

João Ferreira passou a manhã em Lisboa, a hora de almoço em Peniche e a tarde em Coimbra, onde anunciou a proposta de um organismo que monitorize as políticas de igualdade de género no trabalho na UE.

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Artigo em atualização ao longo do dia

Depois de uma manhã com temas como a investigação científica e as pescas na agenda, João Ferreira está em Coimbra para um jantar com elementos de organizações representativas dos trabalhadores e para depois seguir para um comício na Marinha Grande. Antes do jantar, João Ferreira desceu uma rua para contactar com a população e anunciou aos jornalistas uma nova proposta da coligação: a criação de um observatório europeu da igualdade no local de trabalho.

João Ferreira destacou aos jornalistas que a competência em matéria de legislação laboral é essencialmente do âmbito dos governos nacionais, mas um observatório europeu deste género terá como objetivo monitorizar as políticas seguidas nos vários países e promover a partilha de boas práticas.

Segundo explicou o cabeça-de-lista da CDU, o novo organismo deveria dedicar-se essencialmente à promoção das boas práticas em três aspetos fundamentais: em primeiro lugar, “acompanhar a aplicação do princípio da igualdade salarial”; depois, “combater o assédio no local de trabalho”; e, por fim, assegurar “o respeito pelos direitos de maternidade” — algo que será acompanhado por uma proposta relativa ao alargamento das licenças de maternidade, como o eurodeputado comunista João Pimenta Lopes já havia dito no domingo.

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João Ferreira sublinhou a “diferença muito acentuada” dos salários entre homens e mulheres em Portugal, uma realidade que se reflete depois nas diferenças nas pensões, entre reformados e reformadas.

A CDU já tinha avançado com a proposta de um outro observatório europeu, o da seca — sendo que nesse caso a proposta inclui ainda a possibilidade de a sede ser numa região do interior de Portugal.

Em Peniche com os pescadores que vendem 25 kg de peixe por 6 euros

Antes, João Ferreira esteve no porto de pesca de Peniche a ouvir os problemas dos pescadores. Chegou como habitualmente: discreto, mãos nos bolsos, algo tímido. Por ali, os pescadores e armadores iam descarregando o carapau e a cavala que tinham apanhado na última ida ao mar e foram poucos os que deram pela presença do candidato da CDU às eleições europeias. Em vários momentos, a comitiva da campanha, com bandeiras no ar, só atrapalhou quem ali trabalhava arduamente, a carregar cabazes cheios de peixe.

João Ferreira queria ouvir os problemas dos pescadores e falar-lhes do que pretende fazer por eles no Parlamento Europeu. Mas rapidamente foi interpelado pelos que já o conheciam. “Quero agradecer-lhe em nome de todos os pescadores pelo que tem feito, continue assim”, disse-lhe um pescador, Francisco Encarnação — abrindo o pretexto para que João Ferreira lhe fizesse a promessa :”Podemos assegurar-vos que iremos continuar”. E depois lembrou-o, em frente aos jornalistas, do que a CDU tem vindo a fazer.

“Vocês sabem que nós estamos aqui hoje, mas estivemos aqui várias vezes ao longo dos últimos cinco anos, em contacto convosco, para conhecer a realidade, e depois a partir daí tentar fazer algo de positivo”, assegurou-lhe o candidato, dando exemplos do que defende para o setor: preços mínimos para o pescado, “puxar o preço da primeira venda para cima”, melhorar os rendimentos dos pescadores, “dar um bocado mais daquilo que se ganha ao longo da cadeia ao primeiro elo da cadeia, que é o pescador”.

João Ferreira voltou a um tema que já tinha abordado no Algarve, quando dedicou um dia às pescas e ao turismo: a necessidade de “conhecer bem os recursos que temos”. Sobre este tópico, também se demorou em conversa com Alexandre Mendes, um dos responsáveis do porto que o recebeu e que lhe lamentou que, após começarem a pescar em junho, “chega-se ali a setembro e se calhar já não podemos pescar, porque acaba a quota”. “Os cientistas devem analisar melhor a fórmula que têm para fazer a avaliação da biomassa”, pediu-lhe.

Também estava claro que João Ferreira tinha à sua frente um apoiante convicto. “Pedimos ao João que continue a trabalhar como tem feito, a defender os pescadores ao máximo”, disse-lhe, sublinhando que há outros profissionais, como os das indústrias da congelação e das conservas.

Só no porto de Peniche há mais de uma dezena de embarcações da pesca do cerco, mas durante o período da pesca da sardinha, que se encontra a apenas uma hora de navegação da costa, há muitas outras companhas que vêm trabalhar a partir daqui. É um setor que dá emprego a perto de 400 pessoas — mas com rendimentos baixos e instáveis, que dependem do que é pescado. A título de exemplo, a caixa de peixe com 25 quilos que tinha acabado de sair quando João Ferreira se aproximou do barco com Francisco Encarnação e Alexandre Mendes renderia à companha apenas 6 euros.

Passos Coelho, o país da “devastação social” e o desafio a quem “toca bateria, dança o vira, anda de helicóptero”

Questionado pelos jornalistas sobre o estilo de campanha quem tem levado a cabo — sempre imperturbável, sem momentos telegénicos como o tocar de bateria (de Rui Rio), o dançar o vira ou o andar de helicóptero (de Paulo Rangel) —, João Ferreira repetiu o que já tem dito: “O que interessa é clarificar o trabalho que cada um tem feito no Parlamento Europeu e as posições que tem sobre o que vai fazer. Alguns têm pouco para dizer e muito para esconder”.

Mas o candidato da CDU aproveitou a pergunta sobre as baterias, as danças e os helicópteros para desafiar os que “fazem trinta por uma linha” para não falar do essencial a que digam “o que pensam sobre isto [sobre a situação dos pescadores e das quotas de pesca]”.

João Ferreira esteve no porto de pesca de Peniche a escutar os problemas dos pescadores (LUSA)

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João Ferreira reconheceu também que “três deputados em 751 não aprovam nada”, mas sublinhou a importância de “ter iniciativa”, lembrando que os deputados da CDU no Parlamento Europeu não só avançaram com propostas para apoiar com financiamento europeu os pescadores que são forçados a parar a pesca para a renovação das populações de sardinhas, como também construíram “a maioria necessária”, negociando com deputados de outros países as “pontes e alianças”.

Apesar de a mais recente sondagem conhecida apontar para a possibilidade de a CDU perder um dos eurodeputados, o candidato mostrou-se confiante para o dia 26 e repetiu o argumento que já tem usado várias vezes: “Não somos espetadores da campanha, somos construtores de um resultado, que estamos empenhados em construir e que ainda não está fechado”.

Em resposta aos jornalistas sobre o assunto, João Ferreira assinalou também que a presença do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho na campanha do PSD é “clarificadora”, uma vez que “associa o PSD a uma pessoa” que representa “um país que ficou com uma dívida como nunca conheceu, um país que viu níveis de devastação social, emigração, pobreza, desemprego como há muitos anos não conhecia. O PSD significa tudo isso e era isso que alguns queriam continuar. Hoje, voltar a tudo isso significaria andar para trás”.

João Ferreira havia começado o dia de campanha com um pequeno-almoço com investigadores na Universidade de Lisboa, acompanhado pela número 2 da lista, Sandra Pereira, para defender mais financiamento para a investigação científica e para receber um documento de apoio à coligação, assinado por 150 investigadores e professores do ensino superior português.

Numa intervenção perante um conjunto de professores e investigadores, João Ferreira lamentou que Portugal receba 80 cêntimos por cada euro que paga em matéria de investigação científica, estando a pagar a ciência dos países mais ricos — e revelou que os eurodeputados estão à espera de respostas a questões que enviaram ao comissário português Carlos Moedas (que tutela esta área) para que dê dados sobre a execução do programa-quadro de investigação.

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