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FABRICE COFFRINI/AFP/Getty Images

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Leite cru para preservar os nutrientes e outros três mitos alimentares perigosos

A moda recente de beber leite cru já levou várias crianças ao hospital, com problemas graves, e não é a única com riscos para a saúde. São muitos os mitos alimentares -- e os perigos que podem trazer.

Perder peso e evitar doenças são, provavelmente, as duas maiores preocupações atuais no que diz respeito à alimentação. Para isso, as pessoas estão dispostas a tomar suplementos para compensar os nutrientes que não ingerem, fazer dietas para eliminar as toxinas e usar e abusar de tudo o que seja classificado como natural e saudável.

A ideia até pode parecer boa, mas não está isenta de riscos — e de promessas sem fundamento. O Observador reuniu quatro práticas alimentares a que deve estar atento: viraram modas, mas podem ser perigosas. Na dúvida, o melhor é consultar o seu médico ou nutricionista.

Leite cru para não perder os nutrientes

“Afetou-lhe os rins, deixaram de funcionar. Afetou-lhe os intestinos, não conseguia digerir nenhuma comida. E afetou-lhe o cérebro — tem uma lesão cerebral considerável”, disse James Zenker, pai de um menino de dois anos que teve uma infeção depois de consumir leite cru. O site Real Raw Milk Facts reúne um conjunto de testemunhos de crianças e adultos que tiveram problemas equivalentes.

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O crudivorismo é um movimento que incentiva as pessoas a comerem todos os alimentos crus, alegando que, assim, não perdem os nutrientes. O problema é que os crus não levam só nutrientes, às vezes levam também microorganismos patogénicos (que causam doenças). As frutas e legumes bem lavados não apresentam, à partida, grandes riscos, mas ingerir água ou leite que não tenham recebido qualquer tipo de tratamento — tão simples como fervura — representa um grave risco para a saúde.

O leite que encontramos à venda (salvo raras exceções) é pasteurizado, ou seja, recebeu um tratamento com calor para eliminar as bactérias presentes. Quem defende a ingestão de leite cru — diretamente da vaca, sem ser pasteurizado, nem aquecido — argumenta que a pasteurização elimina bactérias que são importantes para o bom funcionamento do nosso organismo, as bactérias “boas” ou probióticas.

Mas o mais importante da pasteurização é que elimina todas as bactérias que podem constituir um risco para a saúde, como a Escherichia coli (E. coli), Salmonella, Campylobacter jejuni ou Listeria monocytogenes. Estas bactérias vivem naturalmente no intestino das vacas, mesmo nas vacas saudáveis, e podem contaminar o leite (ou os equipamentos usados para o extrair). A autoridade reguladora da alimentação e medicamentos (FDA, na sigla em inglês) alerta para os riscos para a saúde e lembra que a pasteurização não reduz o valor nutricional do leite.

O leite faz mal ou é um alimento obrigatório? Fomos ver o que diz a ciência

Uma infeção causada por bactérias presentes nos alimentos — neste caso, no leite — pode ter consequências muito mais graves do que uma simples dor de barriga ou uma diarreia. Uma infeção com E. coli pode fazer com que os rins deixem de funcionar, as pessoas sofram de convulsões ou tenham um acidente vascular cerebral.

A bactéria Campylobacter pode provocar a síndrome de Guillain-Barré, resultado dos danos causados no sistema nervoso periférico.

Já uma infeção com Listeria pode provocar um aborto nas mulheres grávidas.

Além disso, qualquer uma destas infeções bacterianas pode, no limite, causar a morte do consumidor.

O consumo de leite cru está particularmente desaconselhado nas crianças, que ainda não têm um sistema imunitário maduro, e nos idosos e pessoas com sistema imunitário debilitado. Estes grupos terão dificuldade em combater até as infeções menos agressivas. Mas nenhum adulto está livre de perigo, como lembram os Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) nos Estados Unidos.

Os riscos de consumir água “crua”, ou seja, água que não foi tratada, filtrada ou processada de alguma forma, não são muito diferentes, já que o tratamento pretende eliminar os microorganismos patogénicos. Neste caso, são também eliminados ou neutralizados vários tipos de contaminantes, como os resultantes da atividade agrícola ou industrial, incluindo alguns com potencial carcinogénico, como o arsénio. Os argumentos de quem defende o consumo de água “crua” também não são muito diferentes daqueles que defendem o leite cru, como refere o jornal The New York Times: o tratamento da água elimina as bactérias probióticas e a filtragem elimina minerais essenciais.

Só quem tem água tratada à disposição pode abdicar dessa oportunidade e escolher água não tratada. Já os mais de dois mil milhões de pessoas que, em 2015, não tinham água potável em casa, arriscam-se a sofrer de uma doença como diarreia, cólera, disenteria, febre tifóide ou poliomielite. Doenças que não representam um problema nos países industrializados. “Estima-se que a água de beber contaminada possa causar mais de 500 mil mortes todos os anos”, refere a Organização Mundial de Saúde.

“Estima-se que a água de beber contaminada possa causar mais de 500 mil mortes todos os anos.”
Organização Mundial de Saúde

Chá verde e outros produtos naturais para todas as maleitas

“Uma mulher italiana, de 72 anos, foi admitida num hospital com sintomas de icterícia aguda”, refere o site do Observatório de Interações Planta-Medicamento. A mulher mencionou estar a fazer um tratamento, prescrito pelo oftalmologista, com dois suplementos alimentares: dois comprimidos por dia de Epinerve, composto por um extrato aquoso de chá verde, e um comprimido por dia de Luteinofta, composto por luteína e vitamina E.

A procura por leite e água sem tratamento resulta de uma vontade de reencontro com a natureza — e com os produtos naturais — e de uma necessidade de eliminar os produtos químicos ou tratamentos artificiais usados pelo homem. Com o mesmo objetivo, as pessoas procuram outros produtos alimentares, como os chás ou produtos à base de plantas, confiantes de que as plantas não podem fazer mal.

Com a promessa de que ajuda a emagrecer, retarda o envelhecimento, aumenta a função cerebral e reduz o risco de doenças crónicas, quem resiste a uma chávena de chá verde por dia? Se for só uma chávena e não estiver a fazer outra medicação ou a beber outros chás, infusões e produtos naturais, os riscos são mínimos. Mas o chá verde (e outros tantos produtos naturais) não está assim tão isento de trazer problemas.

Nos casos mais simples, a ingestão de grandes quantidades de chá verde (a partir de dois litros por dia) pode causar obstipação. Uma situação que se resolve se deixar de beber o dito chá. Mas há outras situações, como refere o Observatório de Interações Planta-Medicamento (OIPM), na Universidade de Coimbra: quando tomado ao mesmo tempo que analgésicos, aumenta o risco de se manifestarem os efeitos adversos relacionados com esse medicamento; para a pessoa que está a tomar um depressor do sistema nervoso central, o efeito é contrariado porque o chá verde é um estimulante; nos casos de combinação com anticoagulantes orais, diminui a eficácia e aumenta o risco de formação de coágulos de sangue nas veias e, consequentemente, de tromboembolismo. Isto só para referir algumas das possíveis interações.

Da planta do chá (Camelia sinensis) faz-se o chá preto, verde ou branco — DIPTENDU DUTTA/AFP/Getty Images

DIPTENDU DUTTA/AFP/Getty Images

Além do chá verde, muitas outras plantas e seus derivados têm propriedades farmacológicas. Algumas destas propriedades estão bem estudadas, como o ácido salicílico, que está presente nas folhas do salgueiro e deu origem à aspirina, ou a artemisinina, extraída da artemísia e que é usada para tratar a malária. Cada planta pode, no entanto, produzir mais do que um composto ativo e nem todos serem conhecidos. Esses compostos podem interagir entre si, interagir com os compostos de outras plantas ou com medicamentos. As consequências ainda são largamente desconhecidas.

O OIPM reúne na sua página online casos de pessoas que sofreram as consequências destas interações e uma lista de plantas e das interações já conhecidas. Entre elas:

  • O abacate pode interagir com inibidores da monoamina oxidase, usados para tratar a depressão, e ter como efeito aumentar a tensão arterial;
  • O açafrão, combinado com medicamentos para baixar a tensão arterial (anti-hipertensores), pode aumentar o efeito do medicamento e provocar uma quebra acentuada da tensão;
  • As bagas de goji são estimulantes do sistema imunitário e podem contrariar o efeito imunossupressor de alguns medicamentos;
  • A camomila, quando usada por pessoas que tomaram Varfarina, um anticoagulante, aumenta o risco de hemorragia;
  • A erva-cidreira, tomada em conjunto com ansiolíticos ou sedativos, vai potenciar o efeito dos mesmos;
  • O gengibre pode aumentar o efeito hipoglicémico dos medicamentos antidiabéticos;
  • A Ginkgo biloba, quando combinada com ibuprofeno ou ácido acetilsalicílico, aumenta o risco de hemorragia;
  • O ginseng contraria a ação dos medicamentos diuréticos;
  • A toranja pode interferir na forma como alguns medicamentos são metabolizados, aumentando a sua toxicidade.

A estes riscos acresce a possível contaminação das plantas e dos produtos à base de plantas, em particular as que são importadas de fora da Europa. As plantas usadas nos tratamentos ayurvédicos (com origem na Índia) são, muitas vezes, combinadas com metais pesados, levando a vários casos de envenenamento com chumbo. Também há casos de toxicidade relacionadas com plantas usadas na medicina tradicional chinesa. “Tive vários doentes a 24 horas de terem o fígado transplantado por uma reação hepatotóxica gravíssima por causa de uns chás chineses”, contou ao Observador António Vaz Carneiro, especialista em Medicina Interna, Nefrologia e Farmacologia Clínica, em maio.

O risco de interação não acontece só entre plantas ou entre plantas e medicamentos, mas também entre medicamentos. Este risco será maior quando o médico que está a passar um novo medicamento não souber que outros medicamentos o doente está a tomar. O médico António Vaz Carneiro contou como demorou muito tempo a perceber por que é que uma das suas doentes não estava a conseguir controlar a hipertensão. “Depois de a ter pressionado, percebi que ela estava a fazer os medicamentos do Tallon [José Maria Tallon, conhecido médico de dietas]. E, bem entendido, eram os efeitos secundários dos medicamentos do Tallon que estavam a ter uma ação antagonista para os meus anti-hipertensivos. Tinha psicotrópicos, metabloqueantes, diuréticos, calmantes e hormonas tiroideias. E em doses que não sei quais são, porque são manipulados.”

Suplementos alimentares. Será que o natural faz sempre bem?

Suplementos para aumentar a vitalidade

“Jack é diabético e usa insulina diariamente”, refere a FDA num estudo de caso sobre um culturista de 26 anos. “[Além disso,] Jack toma doses diárias de dois suplementos para culturistas.” No dia 2 de abril de 2015, deu entrada nas urgências porque se sentia cansado e fraco, tinha tosse e falta de ar, e os sintomas tinham-se agravado nas duas semanas anteriores. “O coração de Jack estava aumentado e tinha uma reduzida capacidade de bombear o sangue. O médico disse-lhe que era provável que os suplementos tenham causado estes problemas de coração.”

Quem toma chás, infusões ou outros produtos naturais espera poder sentir-se melhor, prevenir doenças e, em alguns casos, emagrecer. Pelos mesmos motivos, as pessoas recorrem aos suplementos vitamínicos e minerais na esperança de compensar com um comprimido aquilo que não estão a conseguir ingerir com a alimentação. Mas fica desde já o aviso, uma alimentação diversificada vai fornecer-lhe todos os nutrientes de que necessita. A não ser que tenha algum problema de saúde e, nesse caso, deverá procurar um médico ou nutricionista.

E se não anda a comer algum alimento ou grupo de alimentos, porque não lhe apetece ou porque está a fazer alguma dieta muito restritiva, é preciso esclarecer que os suplementos alimentares não substituem os alimentos. Renata Barros, professora na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, deixou-o bem claro, em maio, durante o XVII Congresso de Nutrição e Alimentação, em Lisboa: “Ingerir um suplemento de ómega-3 não é o mesmo que comer peixe”. A investigadora referiu ainda que os suplementos — de cálcio, ácido fólico, vitaminas B6, B12, D, E ou os multivitamínicos — também têm falhado na prevenção das doenças cardiovasculares.

“A evidência científica não suportou a suplementação como forma de prevenção.”
Carla Lopes, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto

Carla Lopes, professora de Epidemiologia na Faculdade de Medicina na Universidade do Porto, tem-se dedicado às doenças cardiovasculares e confirmou estas conclusões. “Houve uma altura em que se pensava que as vitaminas antioxidantes, como a vitamina E, C e os betacarotenos [percursor da vitamina A] seriam benéficas na prevenção do risco cardiovascular.” Foi também nesta altura que a população começou a usar os suplementos alimentares em larga escala. “Mas a evidência científica não suportou a suplementação como forma de prevenção”, disse a coordenadora do Departamento de Nutrição em Saúde Pública do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto. “Pelo contrário, os ensaios clínicos mostraram efeitos adversos: aumentava o risco de enfarte e acidente vascular cerebral.”

Curiosamente, os alimentos ricos em vitaminas antioxidantes não mostram esses efeitos adversos. Os hortofrutícolas até têm demonstrado algum efeito protetor, disse Carla Lopes. Nos alimentos, as vitaminas estão integradas com os outros nutrientes e fibras alimentares e será esta combinação que lhes confere as propriedades benéficas, explicou a investigadora. Por isso, só populações específicas (como idosos ou doentes hospitalizados) ou casos de doença podem precisar de suplementação. A população em geral deve procurar os nutrientes nos alimentos.

“Ingerir um suplemento de ómega 3 não é o mesmo que comer peixe”

Isso não impede as pessoas de continuarem a procurar suplementos alimentares. Segundo o Inquérito Alimentar e da Atividade Física 2015-2016, 26,6% da população portuguesa usa suplementos alimentares. A grande maioria destas pessoas procura suplementação com minerais (36,3%), multivitamínicos (36,2%) ou vitaminas (20, 8%). Mas Carla Lopes, que participou na execução do estudo, diz que a maior surpresa foi a proteína do soro do leite ser tão procurada enquanto suplemento alimentar.

A nutricionista deixa, por isso, um alerta para quem usa indiscriminadamente esta proteína e outros suplementos proteicos, sobretudo quando o faz sem a recomendação de um profissional qualificado. Se estes suplementos podem justificar-se em situações de desgaste físico intenso, como no caso dos atletas de alta competição, certamente que não se justifica para quem vai duas ou três vezes por semana ao ginásio. O excesso de proteínas, alertou Carla Lopes, vai ter um impacto na função renal e pode alterar a resistência à insulina, levando à obesidade.

O consumo excessivo de proteína não é exclusivo de quem usa suplementos ricos nesse nutriente. Quem faz dietas muito restritivas, que eliminam grupos inteiros de alimentos, em particular, os hidratos de carbono, vai acabar por compensar a necessidade de calorias com a ingestão de mais proteínas. “A longo prazo, o consumo excessivo de proteína [carne, peixe, ovo e leite] vai ter a mesma consequência. A diferença é que, com a suplementação, os efeitos negativos manifestam-se mais rapidamente”, refere Carla Lopes.

“Todos os nutrientes são bons, mas em excesso são maus”, diz a nutricionista. O excesso de vitaminas hidrossolúveis (que se dissolvem na água) pode provocar problemas nos rins. Já o excesso de vitaminas lipossolúveis (que se dissolvem nas gorduras), como a vitamina D, pode provocar problemas no fígado. E os problemas não ficam por aqui: o excesso destes nutrientes pode provocar alterações do metabolismo.

A Direção-Geral recomenda a ingestão diária de um litro e meio de água. Consumir água em excesso pode trazer problemas para a saúde — DENIS CHARLET/AFP/Getty Images

DENIS CHARLET/AFP/Getty Images

Dietas detox para limpar todas as toxinas do organismo

“Fiz uma dieta detox há cinco anos”, disse Kim, de Staffordshire (Reino Unido), em 2008. “Tonturas, dores de cabeça, visão turva, sensação de desmaio e fraqueza”, continuou. “Emagreci um tamanho de roupa e senti-me maravilhosa depois disso, mas os resultados duram pouco tempo e não valem o dinheiro.”

Depois de ler todos estes riscos, talvez lhe apeteça fazer uma limpeza geral do organismo, como prometem as dietas ou programas detox. O problema é que não há qualquer evidência científica de que estas estratégias sejam eficazes a eliminar toxinas, nem que toxinas podem, potencialmente, eliminar. Em geral, não provocam problemas, ou provocam problemas de fácil resolução, mas, no limite, podem eliminar nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo e causar sequelas para o resto da vida.

Foi o caso de Dawn Page. Em 2001, iniciou uma dieta que consistia em ingerir apenas água. A britânica só queria perder peso, mas acabou por perder capacidades cognitivas, o emprego e, provavelmente, ficará dependente de terceiros para o resto da vida. Entre os principais riscos das dietas detox estão a carência de proteínas e vitaminas, o desequilíbrio dos eletrólitos (iões), acumulação de ácido láctico no corpo, que no limite podem levar à morte, segundo um artigo de revisão A.V. Klein e Hosen Kiat, investigadores na Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade Macquire (Austrália), publicado na revista científica Nutritional Sciences.

Como grande parte dos programas e dietas detox têm a duração de uma semana, não se espera, ainda assim, que tenham grandes impactos negativos. “Os programas detox podem desencadear alguns efeitos nefastos no organismo, geralmente passageiros nos programas de curta duração, como fraqueza, dores musculares, cefaleias (dor de cabeça) e obstipação ou diarreia”, disse ao Observador Lèlita Santos, médica e diretora da Unidade de Nutrição e Dietética do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, em março. E isto resulta de se eliminarem nutrientes necessários. Outro problema pode ser a eliminação ou alteração da forma como os medicamentos são processados no organismo da pessoa. Isso pode ter consequências difíceis de prever.

As dietas detox estão, assim, completamente desaconselhadas para pessoas que tomem medicamentos diariamente, doentes renais crónicos (com problemas de rins), pessoas com insuficiência hepática (com problemas de fígado), pessoas com baixo índice de massa corporal, atletas de alta competição, grávidas, mães a amamentar e crianças.

Dietas detox. Que febre é esta de querer limpar o corpo?

Se quer mesmo fazer uma desintoxicação, comece por eliminar o tabaco, o álcool ou as drogas, evite os refrigerantes e o café e reduza a ingestão de doces e gorduras. Além disso, faça exercício físico, durma bem e mantenha uma alimentação diversificada e equilibrada. Acima de tudo, não se esqueça de beber água — um litro e meio por dia, de forma regular e em pequenas quantidades, recomenda a Direção-Geral da Saúde. Sim, beber líquidos ajuda a aumentar a eliminação de toxinas, mas não caia em exageros ou vai eliminar aquilo que não deve.

O fígado e os rins são os principais responsáveis pela eliminação das toxinas no nosso corpo. O fígado transforma as toxinas em substâncias que podem ser eliminadas pela bílis no estômago e os rins funcionam como um filtro que limpa o sangue e elimina as toxinas e outros produtos rejeitados na urina. Se mantiver um estilo de vida saudável, vai ajudar estes órgãos a fazerem um detox natural do organismo. Mas se mantiver os mesmos hábitos pouco saudáveis, não é uma dieta detox que vai resolver o problema. Comer numa semana todos os frutos e legumes que deveria ter ingerido nos últimos seis meses não é uma solução viável.

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