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DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

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Luís Filipe Menezes: "Pedro Nuno Santos fez o velório da geringonça"

Ex-líder do PSD admite que Pedro Nuno "pode chegar lá", mas que Montenegro só depende dele. Diz que decisão do PS esvazia Congresso do PSD, ao qual não irá. E que Mendes "ganhou força" para Belém.

O antigo presidente do PSD diz que, de todos os líderes, Luís Montenegro foi o que esteve “menos mal” em todo o processo orçamental e que Pedro Nuno Santos, ao anunciar que viabiliza o Orçamento do Estado, fez “senão um enterro, um velório da geringonça“. Em entrevista ao programa Vichyssoise, da Rádio Observador, o antigo presidente do PSD diz que não vai ao Congresso do partido em Braga e que o líder do PS, com a decisão que o tomou, “esvaziou de interesse” a reunião magna.

Luís Filipe Menezes diz ainda que uma candidatura de Marques Mendes à Presidência da República “ganhou muita força” nos últimos tempos, em particular com as palavras de Luís Montenegro. Diz que o problema do almirante Gouveia e Melo é que em campanha “tem de falar” e que, após o ouvir falar, acredita que acabaria com “seis marinheiros a votar nele”. Diz que Passos Coelho seria um bom candidato, confessando que prefere líderes que leem filosofia. Ao contrário de Rio que, regista, “prefere o Tio Patinhas” e, embora fosse um “candidato credível”, não ganharia eleições.

[Ouça aqui na íntegra o programa Vichyssoise desta semana:]

OE salvo, o não impulsivo e o Congresso esvaziado

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“Falavam em frenesim, frenesim. Faziam a Guterres as críticas que fazem a Pedro Nuno”

Pedro Nuno Santos anunciou esta quinta-feira à noite que decidiu viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano. Esta é uma vitória do PS ou do PSD de Luís Montenegro?
Quando muito é um empate. É um empate para começar tudo de novo. Esta novela teve os seus aspetos dramáticos. Toda a novela tem sempre os seus aspetos dramáticos no fim, normalmente no último capítulo. Esta novela começou quando o Presidente da República, em primeiro lugar, deveria na noite das eleições ter percebido — num mundo em guerra, numa Europa a caminho de uma eventual recessão, de um crescimento económico incipiente, com alterações científico-tecnológicas brutais a decorrer no mundo, com eventuais consequências no funcionamento das democracias, no emprego — que ter aquela fotografia eleitoral que é única em 50 anos tornava muito difícil a viabilidade de um governo ou de um acordo maioritário de governação a médio prazo. Portanto, isto não era uma novidade. Aquela pressa que o Presidente da República teve há 15 dias atrás de convocar o Conselho de Estado para pressionar o Partido Socialista, penso que se essa pressão tivesse sido feita quando se iniciou a governação…

Antes da posse?
Imediatamente após a posse e provavelmente até antes da posse. No sentido de mostrar qual era o quadro, que era  complexo, e ali estudar a possibilidade de viabilizar um governo de legislatura. Como sabemos, três quartos da foz orçamental já foram para compromissos com as diferentes forças que os reivindicavam ao anterior governo, e não é disso que o país está só a precisar, ou principalmente a precisar. cada ciclo político precisa das suas reformas estruturais. Este ciclo político em que vem aí a robótica,  a inteligência artificial, a computação quântica, um conjunto de mudanças radicais no mundo, um mundo em guerra, é um país que precisa de reformas que aumentem a sua competitividade. Reformas na justiça. Assistimos hoje ao início de um julgamento dez anos depois de uma investigação se iniciar. E é esse o panorama que temos na justiça portuguesa. Reformas na segurança, na política de imigração. E eu estou à vontade, por exemplo, porque sabem que eu não morro de amor pelo doutor Rui Rio, mas de qualquer maneira respeito ainda o  Rui Rio. E geriu um programa num dos canais de televisão que eu achei que ele e as pessoas que estiveram com ele, estiveram muito bem. Porque desenvolveu um conjunto de medidas no campo da economia, do investimento, do mercado de capitais, de políticas amigas do investimento e da economia, que só são possíveis de desenvolver havendo um contrapeso ao PSD, que as venha a viabilizar no Parlamento.

E Montenegro geriu bem esta negociação, até do ponto de vista da sua imagem pública e da imagem pública do Governo?
Digamos, entre todos os líderes, Montenegro foi o que esteve menos mal. Bom, mas é evidente que o doutor Montenegro tem que ter em linha de conta que ele não é um líder da oposição. Ele é um primeiro-ministro e, a partir de agora, tem que se preocupar com muito mais do que ultrapassar esta primeira fasquia. Esta fasquia o que é que lhe assegura? Que vai ser primeiro-ministro provavelmente até agosto de 2026. Agora, nenhum de nós quer que ele chegue moribundo a agosto de 2026 ou que o país chegue numa situação de dificuldade. Provavelmente assim não será, porque, pronto, a economia europeia irá se sustentar e os fundos comunitários que estão aí irão sustentar um certo equilíbrio da economia portuguesa, mas também mais uma vez as perspetivas que o senhor conhece, eu conheço, são de crescimentos económicos de 1%, 1,5%, incipientes daqueles crescimentos económicos que nós dizemos aos nossos filhos, daqui a 20 anos vocês vão ter uma boa vida. Ora, não é disso que o país precisa.

Luís Filipe Menezes na campanha das legislativas com Luís Montenegro

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Disse que ninguém quer que Luís Montenegro chegue moribundo a 2026. A verdade é que Pedro Nuno Santos provavelmente deseja isso, não é. O líder do PS ficou hoje mais próximo de vir a ganhar eleições no futuro?
É muito cedo para dizer isso. Pedro Nuno Santos, quer por seu posicionamento ideológico, pelo menos por aquele que transparecia para o exterior, porque ele hoje, há uma nuance interessante que todos repararam, e os senhores que são profissionais repararam, se calhar, melhor que eu, quando ele diz que o país se desenvolve à volta de dois polos ao centro: o Partido Socialista e o PSD. Penso que ele, de uma certa forma, hoje, fez um primeiro, se não o enterro, um velório da geringonça. Pelo menos na minha interpretação.

É o aggiornamento de Pedro Nuno?
Acho que sim. E na forma esteve bastante bem, coisa que não tem sido habitual em Pedro Nuno Santos. Lembro-me perfeitamente de quando o engenheiro Guterres, nos primeiros tempos da sua liderança, dentro do Partido Socialista havia aquela velha frase que ele era só frenezim, frenezim. Era assim um pouco ridicularizado por ser muito agitado. Também há um pouco disso no tipo de críticas que têm sido feitas a Pedro Nuno Santos.

[Já saiu o terceiro episódio de “A Grande Provocadora”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de Vera Lagoa, a mulher que afrontou Salazar, desafiou os militares de Abril e ridicularizou os que se achavam donos do país. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube. E pode ouvir aqui o primeiro episódio e aqui o segundo.]

Bom, António Guterres foi  primeiro-ministro — e até mais longe.
Exatamente. Portanto, nada diz que o doutor Pedro Nuno Santos não chegará lá, porque as pessoas mudam, as circunstâncias mudam. Agora, é evidente que eu penso que o principal responsável por isso será o doutor Luís Montenegro. Ele é que tem neste momento o país na mão, ele é que saberá com que instrumentos poderá jogar no futuro, mas repare que durante estes seis meses houve, por exemplo, medidas legislativas que, comprometedoras até de alguma folga do ponto de vista económico na governação, foram aprovadas no Parlamento pelo voto favorável do Chega e do Partido Socialista em conjunto. Nada nos diz que isso não irá acontecer a médio prazo. Olha, espero que não vá acontecer no debate da especialidade do orçamento, por exemplo. Portanto, é um caminho espinhoso com esta contextura eleitoral. Repare que as sondagens dos últimos tempos mostram que, paradoxalmente, apesar de tantas benesses justas que têm sido dadas aos portugueses e a muitos grupos profissionais, aparentemente o PSD não descolava nas sondagens. Sobre isso tenho uma opinião, é que a barreira entre o PSD e o PS está traçada de uma forma muito rígida. O PS foi recuperar à esquerda o que tinha que recuperar, reduzindo o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista a muito pouco ou quase nada, e o PSD só pode crescer para a direita. Portanto, o PSD tem que ter uma política inteligente para ir buscar o eleitorado que perdeu para a esquerda

Tenho em conta motivos apresentados por Pedro Nuno Santos, como ter havido eleições há pouco tempo e de nada poder mudar no futuro, não podia ter viabilizado o orçamento sem entrar neste processo negocial?
Penso que era o que ele deveria ter feito porque não se tinha comprometido, até porque a substância do debate teve à volta dois temas, o famoso IRS Jovem e o IRC. Como se o centro da governabilidade em Portugal estivesse à volta de duas medidas. Vá lá, o IRC ainda penso que é uma medida estrutural interessante, agora o IRS Jovem, eu até vou lhe dizer que estou muito mais próximo do Partido Socialista do PSD em relação a essa medida do IRS.

Mas agora Luís Montenegro também está, até disse que a proposta acabou por ficar melhor.
Pronto, ainda bem. Assim estamos mais de acordo uns com os outros. Mas para todos os efeitos, o que eu quis traduzir com isto é que o que o país esperaria era que, por exemplo, não esperaria que houvesse um debate sobre o Serviço Nacional de Saúde. Não esperaria que houvesse uma convergência em relação ao regime de pensões. Não esperaria que houvesse uma convergência em relação a determinado tipo de políticas que têm a ver com o social e com a economia. Mas, por exemplo, esperaria que os dois partidos dessem uma grande imagem de Estado e que neste debate, por exemplo, anunciassem medidas daquelas que não custam dinheiro e são menos discutidas à volta da questão orçamental, como a grande reforma da justiça, 1ue é muito importante para a competitividade do país até em termos económicos. Uma grande reforma que acabe com esta querela tonta da imigração, uma grande reforma no que diz respeito ao papel das Forças Armadas portuguesas no contexto da nação, isso sim passaria uma imagem de dois partidos responsáveis de Estado. Agora está há três meses a discutir o IRS jovem e 1% do IRC, com franqueza, foi muito pobrezinho.

“Se Montenegro respondesse a Ventura sobre reunião vinha emporcalhar mais o debate”

Deixe-me perguntar-lhe diretamente sobre um assunto que tem marcado os últimos dias. É claro para si que entre Luís Montenegro e André Ventura é o líder do Chega que está a mentir na questão das reuniões?
Isso é uma pergunta para um milhão de dólares. Bom, é evidente que a argumentação pública que tem sido utilizada pelos interlocutores do partido a que eu pertenço, tem mais crédito público, porque André Ventura tem andado num zig-zag permanente que não não tem sido muito credibilizador.

Mas considera que Luís Montenegro devia ter vindo esclarecer se houve essas reuniões e o conteúdo dessas reuniões?
Penso que não. Penso que se o primeiro-ministro estivesse envolvido nisto, eu não queria utilizar este tempo, que é um termo feio, mas vinha ainda emporcalhar mais esse debate.

“Pedro Nuno Santos, com esta posição, esvazia o Congresso do PSD de interesse”

Vai existir o congresso do PSD este fim de semana. Vai ao Congresso?
Não, não estou cá. Não estou cá. Tenho um amigo que, quando não quer ir a qualquer sítio, diz que tem um funeral neste dia. Agora, não é o caso. Eu não estou cá, portanto não posso ir. Não é muito curial, aliás, os ex-líderes do partido irem aos congressos, aos Conselhos Nacionais. Embora sejam, digamos, membros-natos desses órgãos até morrer, o que às vezes custa muito ao líder em funções. Mas não faz nenhum sentido. Não estou cá e não faz sentido que eu lá vá, até porque o próprio congresso é um congresso que, aliás, o doutor Pedro Nuno Santos com esta posição esvazia um pouco de interesse, E, por outro lado, é um Congresso meramente eletivo. É daqueles que, às vezes, nos fazem interrogar se o PSD não devia voltar em termos de reforma interna aos velhos Congressos Eleitorais. Animados. Eu e o doutor Marcos Mendes somos os pais desta criança da eleição por voto de sufrágio universal.

Foi o primeiro em ganhar diretas no PSD.
Mas hoje já me interrogo. Porque o sufrágio direto e universal, aparentemente, e eu acreditava nisso, tornava mais democrática a escolha. Hoje não estou convencido disso. É impossível alguém que não tenha uma lógica fortíssima do domínio de aparelho arriscar ir a votos num sufrágio direto e universal.

“A candidatura de Marques Mendes ganhou muita força”

Promove o cacique. Mas estava a dizer que os líderes, os ex-líderes, por norma até nem deviam participar. Luís Marques Mendes vai ao Congresso. Isso é uma crítica a ele?
Não, por amor de Deus, o Dr. Marques Mendes é um amigo e longe de mim estar a criticá-lo. Aliás, é uma opção.

E acha que é inevitável ele ser o candidato presencial apoiado pelo PSD depois de Luís Montenegro ter dito, na entrevista a SIC, que é o dos que melhor encaixam no perfil?
Eu penso que, face ao que tem sido o desenvolvimento das putativas candidaturas nos últimos anos, eu penso que a candidatura de Marques Mendes ganhou muita força. Muita força na área política a que o PSD pertence, mas também no país em geral. Vejo a esquerda com muita dificuldade de ter um candidato forte, não o vislumbro. Vejo que aquela eventual candidatura do senhor Almirante. Após o sucesso que teve na vacinação, as pessoas já perceberam que não chega ter sucesso numa vacinação para ser Presidente da República, nem vivemos num país da América Latina, e portanto julgo que sim.

Perceberam mesmo? Porque houve uma sondagem que o deu o almirante Gouveia e Melo bastante bem posicionado.
Sim, é verdade que sim. Mas o problema é que depois, quando se passa a ser candidato, é preciso falar. E aí é que as coisas começam a complicar. Ainda ontem ouvi com muito respeito o senhor almirante a falar de umas questões da Marinha E tinha dado um raspanete a uns marinheiros e tal. Por aquele caminho, essas sondagens em 15 dias vêm cá para baixo e ficam só mesmo seis marinheiros a votar nele.

"O problema de Gouveia e Melo é que depois, quando se passa a ser candidato, é preciso falar. Ainda ontem ouvi com muito respeito o senhor almirante a falar de umas questões da Marinha, a dizer que tinha dado um raspanete a uns marinheiros e tal. Por aquele caminho, essas sondagens em 15 dias vêm cá para baixo e ficam só mesmo seis marinheiros a votar nele.

Estava a elencar alguns nomes. Pedro Passos Coelho ou Rui Rio teriam hipóteses?
Qualquer deles. Já afirmei hoje que o doutor Rui Rio não é propriamente o tipo de líder que eu prefiro. Prefiro líderes que gostam de ler [Yuval] Harari ou que gostam de ler filosofia, ou que gostam. Bom, o doutor Rui Rio é mais do género de gostar de Tio Patinhas e de economia. Mas o doutor Pedro Passos Coelho seria um candidato fortíssimo, o doutor Rui Rio seria um candidato credível, mas não tinha hipótese nenhuma de ganhar eleições. Mas penso que face à vontade política do doutor Marques Mendes eventualmente dar um passo em frente eu penso que o doutor Marques Mendes será fatalmente o candidato apoiado pelo PSD.

Prefiro líderes que gostam de ler filosofia. O doutor Rui Rio é mais do género de gostar de Tio Patinhas e de economia. Mas o doutor Pedro Passos Coelho seria um candidato fortíssimo, o doutor Rui Rio seria um candidato credível, mas não tinha hipótese nenhuma de ganhar eleições.

Agora faz-me lembrar que quando o José Pacheco Pereira disse que o Pedro Passos Coelho tinha inventado um livro do Jean Paul Sartre que ele tinha dito que leu e depois teve que ir o Miguel Relvas dizer ao Expresso que o título era outro. Mas Pedro Passos Coelho acho que lê filosofia, portanto, na sua ótica, seria um bom candidato presencial.
O problema do doutor Pacheco Pereira é que leu tantos livros, tantos livros, tantos livros, que fundiu um bocadinho a cuca com a leitura de tantos livros. Também não devia ter lido tantos. Bom, eu penso que é um exagero. O doutor Pedro Passos Coelho é um homem culto, é um homem com formação, e é um homem bom, e é um homem com caráter, coisa que não é o doutor Pacheco Pereira.

"O problema do doutor Pacheco Pereira é que leu tantos livros, tantos livros, tantos livros, que fundiu um bocadinho a cuca com a leitura de tantos livros."

Para terminar, mudemos de assunto. Defendeu o fim da publicidade na RTP, que agora o Governo recupera no Plano para os Media. Sente-se vingado depois de tantas críticas internas quando defendeu isso?
Não defendi só isso, sabe? Olha, defendi o fim do Tribunal Constitucional, passando a constitucionalidade a ser gerida por aqueles que, aliás, o pretendem há muitos anos fazer em Portugal, que são os juízes do Supremo Tribunal de Justiça, numa secção do Supremo Tribunal de Justiça. Significava mais rapidez, mais simplicidade, poupança muito grande e eu fiquei muito satisfeito de ver a ex-ministra da Justiça do meu partido, há dias, no jornal Público, vir defender aquilo com que me atacou violentamente há 17 anos atrás. Bom, mas há 17 anos atrás eu defendi muitas dessas medidas, mas ninguém as quis ouvir. O doutor Pacheco Pereira pôs a bandeira do PSD para baixo, decretou velório e funeral, e eu decretei que não estava para aturar os Pachecos Pereira deste ano.

Trump ou Kamala? “Kamala”

Vamos agora avançar para o Carne ao Peixe. Vamos imaginar que era conselheiro de Estado em 2026, tem mais do que estatuto para isso quem é que preferia que estivesse a presidir a reunião: Luís Marques Mendes ou Pedro Passos Coelho?
Muito difícil. Penso que talvez eu, como sou muito realista, não posso optar por quem não vai candidatar-se. Portanto, Luís Marques Mendes, obviamente.

Imaginemos que voltava à liderança do PSD. Preferia ter como líder da oposição Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro?
Talvez preferisse José Luís Carneiro.

Vamos imaginar que não há limitação de mandatos. Quem preferia que em 2025 fosse presidente da autarquia do Porto: Rui Moreira ou Eduardo Vítor Rodrigues?
Atirava-me da Ponte da Arrábida.

Se votasse nas eleições dos Estados Unidos, votaria em Trump ou Kamala Harris?
Kamala Harris.

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