Desconfiança, desinteresse, saturação do tema ou receio de que perturbe (ainda mais) a saúde mental de quem vive uma pandemia. A isto juntam-se versões de sistemas operativos que não aguentam a aplicação criada pelos investigadores do INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) para rastrear os contactos de pessoas que testaram positivo à Covid-19, baterias que se consomem depressa demais e alguma perspetiva de falta de utilidade num país que tem cerca de 10 milhões de habitantes e que conta, quase um mês depois do lançamento, com 1.163 554 downloads da app Stayaway Covid (até esta terça-feira).
Por que é que não instalou a app de rastreio ao novo coronavírus? Foi esta a pergunta que fizemos junto de 11 pessoas, de diferentes idades e profissões. As respostas foram diversificadas e pareceram imunes aos vários apelos públicos que têm vindo a ser feitos pelo Governo e autoridades de saúde. Daniela, de 35 anos, a residir na Figueira da Foz, explicou que até quis descarregar a Stayaway Covid, mas a tecnologia impediu-a de concluir a instalação com sucesso: “Ainda tentei fazer o download, mas não me deixou por causa do sistema operativo iOS que tenho no meu telemóvel. Diz que tenho de ter a versão 13.5 e a atualização mais recente que me é possível ter é a 12.4.8″.
Alexandre, designer de 45 anos, que mora em Oeiras, apontou outra desvantagem: “Não instalei, sobretudo porque ando com o Bluetooth quase sempre desligado e apenas ligo quando preciso. Faço isto desde sempre para poupar bateria. Bem sei que a ligação por Bluetooth desta app é de baixo consumo, mas, ainda assim, consome”. Também Filipa (nome fictício), que vive no Porto e tem 26 anos, partilha a perspetiva e acrescenta alguma desconfiança quanto às informações recolhidas e sua à eficácia: “Não instalei a aplicação nem pretendo fazê-lo, porque não acho que as informações sobre os dados recolhidos sejam claras. Além disso, a aplicação só é funcional se os infetados a utilizarem e avisarem que estão infetados. Não acho útil”.
A app também não convence Beatriz, que também vive na Invicta e tem 24 anos. Ainda que admita que não há dúvidas de que a aplicação Stayaway Covid tem utilidade “no sentido de manter a população atenta e envolvida no combate à pandemia”, explica que não vê a instalação como fundamental. “Se alguém conhecido, com quem tive contacto, for infetado sou sinalizada pelo Serviço Nacional de Saúde e entro obrigatória e automaticamente para os contactos próximos para cumprir isolamento. A app pode ser útil para quem anda de transportes públicos, por exemplo, mas essa sinalização não me permite fazer um teste ou ser seguida pelo SNS. Só me obriga a ter os cuidados que, por norma, já devo ter”, explica.
Miguel tem 37 anos, trabalha em Marketing em Lisboa e questiona o número de pessoas que está a aderir à iniciativa. “Se só 10% das pessoas infetadas estiverem a usar a aplicação, então, a app não cumpre com a proposta de valor a que se propõe. Os últimos dados falam de mais de um milhão de downloads, nós somos 10 milhões. Acho que é uma base de utilizadores muito baixa e, por isso, não acho que faça muita diferença usar. Pelo menos, para já”, argumentou.
Na mesma linha está Sofia, que tem 25 anos e vive no Porto — também não instalou a app por considerar que os números ainda não são significativos. “Não acredito que toda a gente que está infetada vá reportar esse dado e, assim sendo, a aplicação perde o seu propósito”, explicou.
Também na esfera dos indecisos — pessoas que ainda não descarregaram a aplicação, mas que não descartam fazê-lo no futuro — está Margarida (nome fictício), de 26 anos, que trabalha na área de Marketing, em Lisboa. No seu caso, a justificação tem a ver com ansiedade. “Estou indecisa. Por um lado, por uma questão de saúde mental, tenho receio que que desencadeie crises de ansiedade ou pânico, pela iminência de cada vez que o telemóvel tocar ser possivelmente um aviso de que estive em contacto com alguém infetado — o que precede logo o medo de estar doente. Por outro, acredito que a app só funciona se todos nos comprometermos e acaba por ser um dever cívico fazer o download e acionar o alerta caso fique infetada com Covid-19″, diz.
Na mesma situação está Mariana, de 24 anos, que vive no Porto e revela não ter instalado a Stayaway Covid por dois motivos específicos: a desconfiança quanto à utilidade e a ansiedade de estar à espera de receber uma má notícia. “Não instalei porque não sei até que ponto é que a aplicação vai realmente funcionar, visto que é preciso que as pessoas infetadas a instalem e coloquem lá o código. E, porque também não sei se gostaria de saber que estive em contacto com uma pessoa infetada. Acho que iria ficar paranoica”, referiu.
Por outro lado, Reinalda, de 35 anos e que mora na capital, confessa-se “saturada do assunto Covid”: “Já não posso ouvir falar mais da pandemia e tudo o que me aparece à frente sobre este tema não leio. Tenho os meus cuidados diários para não prejudicar ninguém e não me prejudicar a mim. Mas desinteressei-me do resto, nomeadamente da aplicação”.
Manuel (nome fictício), com 31 anos a viver e trabalhar em Lisboa, acrescenta a desconfiança que a app ainda provoca. “Não instalei a aplicação, porque acreditava que a mesma recolhia e partilhava informação dos utilizadores, que guardava o registo GPS, ou seja, que controlava os locais onde estávamos. Já percebi que não é assim, mas, pelo menos da minha parte, há um sentimento de desconfiança. Também havia a questão da bateria, que pode desgastar mais rapidamente com a app, mas não foi a principal causa para não ter instalado”, justificou.
Já Ana, estudante de 27 anos a morar na Guarda, diz que ainda não instalou a aplicação porque tem passado grande parte do tempo em casa ou em espaços ao ar livre e, por isso, não considerou que no seu caso a app fizesse diferença. Mas assegura que pretende instalar no futuro. “Neste momento não me encontro a trabalhar ou a estudar e, por isso, tenho estado em isolamento o máximo que consigo. Quando tomei conhecimento da aplicação não me pareceu necessário instalar porque, tirando uma ou outra ida ao supermercado, tenho tentado manter-me em casa ou ao ar livre em espaços amplos e com poucas pessoas. Considerei que seria mais útil instalar a aplicação quando regressar ao trabalho e aos ambientes com mais pessoas“, explicou.
Downloads e utilizadores: que peso têm os números?
Os dados mais recentes fornecidos pelo INESC TEC — relativos a esta terça-feira — indicam que, num mês, a Stayaway Covid reuniu 1.163.554 downloads, ocupando atualmente o primeiro lugar da lista das aplicações mais descarregadas em Portugal, tanto em sistemas Android como em iOS. O Observador tentou saber quantos downloads foram feitos em cada sistema operativo, mas o instituto refere que deixou de comunicar esta informação desde o início deste mês, uma vez que “a Apple e a Google medem de forma diferente os seus próprios downloads, o que pode criar confusão”.
À BIP INESC TEC Magazine, Rui Oliveira referiu que este número é “uma ajuda importante para a população portuguesa”. No entanto, acrescentou o investigador, “ainda faltam os restantes cinco milhões de portugueses [que têm smartphones]”. Rui Oliveira indicou que há mais de oito dezenas de pessoas infetadas que já submeteram o código na aplicação. “Já é mais do que compensador e prova que a aplicação está a cumprir a sua função”, acrescentou à mesma revista.
O número de downloads atingidos, no entanto, não significa que 1.163.554 pessoas tenham descarregado a app. Uma só pessoa pode contribuir com vários downloads para estas contas, por exemplo: alguém que tenha dois telemóveis (um pessoal e um profissional) e um tablet pode contribuir com três downloads, se decidir instalar a aplicação em cada um dos dispositivos. O Observador tentou saber junto do INESC TEC se há informação de quantos utilizadores individuais estão registados na app, mas até à hora em que este artigo foi publicado não obteve resposta.
Para termos uma ideia, segundo os dados mais recentes disponibilizados ao Observador pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), em 2018, em cada 100 pessoas que residiam em Portugal, 73,6% tinha acesso à internet através de dispositivos móveis. Por estas contas, em 2018, havia 7,6 milhões de habitantes que usavam serviços móveis de acesso à internet (mais 6,4% do que no ano anterior), que é o que se faz num smartphone.
“Trata-se do valor mais elevado registado até à data. O crescimento da utilização deste serviço está associado ao aumento dos utilizadores de Internet no telemóvel (+7,8%, face a 2017), à crescente penetração dos smartphones (79,5% do total de possuidores de telemóvel) e ao desenvolvimento das aplicações móveis”, explica a autoridade. Só para termos uma comparação: se um milhão de pessoas tiver instalado a aplicação em smartphones ou tablets, isto corresponde (segundo os dados de 2018) a 13,15% da população que tem acesso à internet através de dispositivos móveis.
Quando a aplicação foi anunciada em Portugal, em abril, o INESC TEC estimava que, para que a app fosse eficaz, era preciso que pelo menos 60% dos utilizadores de smartphones em Portugal a descarregassem — estimativa que está aquém da percentagem de downloads atuais. Mas, ainda em maio, Rui Oliveira dizia ao Expresso que a aplicação não tinha “qualquer patamar mínimo de utilização”. “Apenas dissemos que estudos epidemiológicos mostram que numa doença como a Covid-19, se conseguirmos que 50% a 60% da população implemente as medidas de mitigação, controlamos a doença”, referiu.
Também no site da Stayaway Covid, na área de Perguntas e Respostas, os responsáveis alertam que não é obrigatório que 60% da população tenha a app para que esta seja útil, acrescentando que “a eficácia da aplicação é proporcional à sua utilização“. Ou seja: “Quanto mais pessoas utilizarem a aplicação, maior é a probabilidade de as pessoas portadoras da doença, mas ainda sem sintomas, serem rapidamente diagnosticadas”, refere.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, um estudo da Universidade de Oxford (Reino Unido), de abril, revelava que, para ter eficácia, as aplicações de rastreio precisavam de alcançar pelo menos 60% da população. Mas os estudos mais recentes já mostram uma mudança de perspetiva e indicam que basta uma taxa de utilização de 15% para que seja possível um maior rastreio dos casos, revela o mesmo jornal.
Sónia Queiroz Vaz, advogada da Cuatrecasas e coordenadora do departamento de Propriedade Intelectual, Dados Pessoais e TMT, explicava à Rádio Observador, em julho, que o que tem sido defendido entre os especialistas é que esta aplicação “será um meio complementar”. “Não temos obrigatoriamente de ter 60% da população a utilizar este tipo de tecnologias para estas serem eficientes. O que é relevante é olharmos para estas tecnologias como ferramentas que nos ajudam e que têm que ser integradas numa resposta mais ampla de saúde pública”, referiu a advogada.
Especialista em propriedade intelectual defende que App de rastreio não precisa de 60% das pessoas”
E lá fora? 15 países europeus têm apps de rastreio a funcionar
Em Portugal houve algumas dúvidas quanto à criação de uma aplicação de rastreio, mas o cenário não foi diferente nos outros países, apesar de cada projeto ter características diferentes. Em países que não utilizaram as soluções da Google e da Apple para contact tracing, como Noruega, Singapura ou Reino Unido, os projetos de lei tiveram de ser revistos e até parados. Por detrás dos problemas, como foi o caso da Noruega e Reino Unido, estavam lacunas na forma como as apps agregam os dados (recolhiam demasiados de forma insegura) e o sistema utilizado para avisar os utilizadores (não funcionou bem).
Como é a portuguesa? E como está a correr lá fora? 8 respostas sobre as apps de rastreio à Covid-19
Contudo, desde 28 de setembro que o sistema de interoperabilidade europeu das apps de rastreio está disponível na União Europeia. Esta tecnologia vai permitir que as apps desenvolvidas em cada um dos Estados-membros comuniquem entre si, quando os utilizadores estiverem mais de 15 minutos a menos de dois metros um do outro. Ou seja, permite que um utilizador da portuguesa Stayaway Covid receba alertas caso vá em viagem até Espanha e tiver estado em contacto com alguém que, entretanto, testou positivo à Covid-19 e introduziu essa informação na aplicação espanhola.
De acordo com altos funcionários da Comissão Europeia, para que esta interoperabilidade aconteça é preciso que os utilizadores atualizem a versão da app que têm instalada no seu smartphone — algo que só acontecerá a partir de 17 de outubro. Será também nesse dia que as apps da Alemanha, Itália e Irlanda vão aderir ao sistema e, até ao final do mês de outubro, juntam-se as aplicações dos restantes países que participaram no teste piloto elaborado pela Comissão Europeia: República Checa, Dinamarca e Letónia. Para novembro está prevista a introdução de mais países, mas não foram identificados quais. Atualmente, há 15 países europeus com aplicações disponíveis e outros três que planeiam lancá-las em breve.
Quanto à adesão da app nos outros países, os números têm sido díspares. Em países como a China, a instalação deste tipo de soluções para conter a pandemia é obrigatória e, por isso, alcança um maior número de pessoas. Por outro lado, nações como a Alemanha, a Irlanda, Espanha ou Itália não têm tido uma adesão que cobre a maior parte da população.
Até dia 23 de setembro, por exemplo, a Alemanha, um país com 83 milhões de habitantes, contabilizava mais de 18 milhões de dispositivos com a app instalada, o que corresponde a cerca de 22% da população. O valor é superior aos números verificados noutros Estados-membros e está perto dos 33% desejados pelo governo como o limite mínimo para que a tecnologia de rastreio seja eficaz. Ainda assim, a meta não foi alcançada e têm existido alguns problemas tecnológicos que estão a impedir alguns laboratórios de enviar os resultados dos testes. À semelhança do caso português, e também depois de uma intensa discussão sobre a privacidade dos dados, a aplicação alemã utiliza o Bluetooth para detetar a proximidade com outro smartphone.
Já a Irlanda, que tem uma das maiores taxas de instalações em países democráticos — 37% da população, de acordo com os responsáveis, como avança a MIT Technology Review — tem sido mais realista, assumindo que com estes números quebram-se “poucas cadeias de transmissão”. Mesmo assim, “é uma vitória”, disse Colm Harte, diretor técnico da NearForm, responsável pela aplicação irlandesa.
Em Espanha o cenário é mais negativo. Desde 15 de agosto, altura em que a app “Radar Covid” foi lançada no país, apenas 13,6% da população espanhola utiliza esta aplicação (cerca de 4,3 milhões de pessoas), de acordo com um estudo da consultora Smartme Analytics, que indica ainda que são as pessoas com idades entre os 35 e os 44 anos que mais utilizam a tecnologia (17,1%). Segundo o El Independente, desde o dia 25 de setembro que a app desenvolvida pelo governo espanhol permitiu reportar 0,51% dos casos registados em Espanha na última semana.
Os apelos do Governo e as dúvidas sobre a app
Números à parte, os apelos do Governo para a população instalar a Stayaway Covid têm sido frequentes. No final de agosto, depois de a app ter ficado disponível para download e já depois de ter prometido que iria instalar “não como primeiro-ministro, mas como cidadão”, António Costa pediu a todos os portugueses que descarregassem a aplicação nos telemóveis e que “cada um seja solidário a avisar todos com quem esteve em contacto que pode ter sido contagiado”. A instalação da app, acrescentou o primeiro-ministro, é um “dever cívico” e, por isso, seria “o primeiro a dar o exemplo”.
Mais tarde, na sessão oficial do lançamento da Stayaway Covid, no Instituto Superior de Engenharia do Porto, mostrava a aplicação no ecrã do seu smartphone, com uma luz verde, sinal de que não estava infetado nem era um contacto de risco. “Só assim podemos interromper rapidamente a cadeia de contaminação”, sublinhou.
Já a ministra da Saúde estava a ter uma experiência diferente. Marta Temido confessou que ainda não tinha feito o download, porque a mesma exigia um compasso de espera, mas pediu para que ninguém desistisse de tentar instalá-la. “Nem todos têm uma tecnologia compatível, nem todos descarregarão a aplicação e nem todos andam com o telemóvel para todos os locais onde se deslocam”. Mas lembrou também que este é “o melhor caminho para conseguir progredir” no combate à Covid-19.
À semelhança do que foi defendido por alguns especialistas, também a ministra da Saúde reforçou que esta aplicação é uma “ferramenta complementar” ao trabalho das autoridades de saúde e das equipas de saúde pública. “Não substitui esse trabalho, mas pode ser um auxiliar precioso”, referiu.
António Costa já descarregou a app Stayway Covid, ministra da Saúde está “em processo”
O caminho feito até ao momento em que a app chegou às lojas da Apple e da Google não foi linear. Além da demora nas autorizações por parte da Apple, houve também quem colocasse algumas dúvidas relativamente à segurança dos dados que a aplicação recolhe. A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), por exemplo, considerou que “o legislador foi excessivamente minimalista” na regulamentação da aplicação.
Na legislação aprovada em julho ficou estabelecido que a Direção-Geral de Saúde é a responsável pela gestão e tratamento dos dados da aplicação e que o respetivo tratamento “é excecional e transitório”, mantendo-se “apenas enquanto a situação epidemiológica provocada pela Covid-19 o justificar”. No entanto, apesar deste reparo, a CNPD reconheceu a importância da aplicação. E o Governo garantiu: “Todos os requisitos, recomendações e orientações da Comissão Nacional de Proteção de Dados foram consideradas e acolhidas”.
A dar voz a algumas preocupações em Portugal esteve também a D3 (Associação de Defesa dos Direitos Digitais). De acordo com esta entidade, as apps não podem ser a solução para uma pandemia e o tema foi utilizado para distrair a população da ineficácia dos governos. Ricardo Lafuente, vice-presidente da associação, acusava em julho: “Não deixamos [a D3] de achar que esta atitude e iniciativa do INESC TEC corresponde à doutrina do solucionismo tecnológico. Ou seja, “atirar tecnologia para o problema”. E avisa que “isto é território desconhecido”, referindo que não é possível saber se a app é eficaz ou não.
Associação de Direitos Digitais diz que app de rastreio vai ter “falsos positivos”
No dia da apresentação da Stayaway Covid, no início deste mês, os responsáveis abordaram as dúvidas que surgiram ao longo do processo e garantiram que a privacidade dos dados foi sempre tida em conta. “A nossa prioridade máxima foi a privacidade do utilizador. Claro que a capacidade de análise de dados sofreu com isso”, afirmou José Manuel Mendonça, presidente do conselho de administração do INES TEC. “O SNS não sabe as pessoas que foram ou não avisadas, apenas os próprios utilizadores têm a informação [sobre] se tiveram algum contacto de risco”, sublinhou, deixando claro que as pessoas conhecem apenas há quantos dias esse contacto surgiu e não o local ou a identidade da pessoa infetada.