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Dias depois de lançar o seu 25.º livro, Cavaco Silva recebeu o Observador no Convento do Sacramento, em Lisboa, onde tem o seu gabinete, e começou por revelar que já enviou um exemplar da obra “O Primeiro-Ministro e a Arte de Governar” a António Costa, que agradeceu. Em entrevista no programa Sob Escuta da Rádio Observador sobre o novo livro, o antigo chefe de Estado e de Governo afirmou que em 28 anos de Conselho de Estado não se lembra de um primeiro-ministro ter ficado em silêncio — como fez António Costa na última reunião — e diz mesmo que essa atitude “não é normal“.

Cavaco Silva considera “esquisito” que, após os acontecimentos com o ministro das Infraestruturas João Galamba, tenha “continuado tudo na mesma na segunda-feira” seguinte. Avisa os “ministros e primeiros-ministros” de que “há que ter cuidado com a mentira” porque “a mentira corrói”. Faz, porém, elogios a um ministro de António Costa: José Luís Carneiro, que considera uma “pessoa de bom senso”.

O antigo chefe de Estado avisa ainda que um primeiro-ministro “nunca ganha” em estar em conflito com um Presidente da República. Diz, no entanto, que “nos termos constitucionais”, o Presidente da República tem “pouca margem” para impor a remodelação de um ministro. Critica ainda o facto de o Governo impor o Mais Habitação via Parlamento, após um veto do Presidente da República.

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