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Coronavirus - Vaccination centre Bamberg - set-up and test run
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Os utentes dos centros de saúde irão receber um SMS ao qual terão de responder a dizer se estão ou não interessados na vacinação contra a Covid-19

dpa/picture alliance via Getty I

Os utentes dos centros de saúde irão receber um SMS ao qual terão de responder a dizer se estão ou não interessados na vacinação contra a Covid-19

dpa/picture alliance via Getty I

Nem todas vacinas vão ser usadas já. Profissionais prioritários ainda não estão definidos. Os detalhes do plano de vacinação para a Covid-19

Quase metade das primeiras vacinas recebidas vão ser reservadas para garantir que há uma segunda dose. Ainda não está definido que profissionais de saúde serão vacinados primeiro.

O Governo ainda não definiu que profissionais de saúde serão vacinados com as primeiras doses da vacina da Pfizer que chegam em dezembro a Portugal, mas já sabe como irá contactar os utentes para perceber se querem ou não ser vacinados contra o novo coronavírus: através de SMS, ao qual os utentes terão de responder.

Parte das mais de 300 mil doses de vacina que chegarão ao país entre dezembro e janeiro serão guardadas para garantir que é administrada a segunda dose. A Pfizer irá encarregar-se de fazer chegar as doses da vacina a Portugal Continental, ao Funchal e a Ponta Delgada, sendo que a distribuição das unidades será feita de acordo com a população. O Governo também já planeou como irá garantir a segurança tanto dos locais de vacinação, como do transporte das vacinas e ficará a cargo das Forças de Segurança.

Estas são algumas das novas informações que constam da atualização do Plano de Vacinação contra a Covid-19, que foi apresentado no passado dia 3 de dezembro.

Grupos prioritários, locais de vacinação, prazos. Conheça o plano do Governo ponto por ponto

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Quem será vacinado primeiro?

O Plano de Vacinação apresentado no início do mês já tinha definido quem seriam os grupos prioritários à imunização, mas entretanto ficou a saber-se que as primeiras doses de vacinas da Pfizer chegariam a Portugal ainda este mês. A ministra da Saúde adiantou, esta quinta-feira, que estas doses seriam administradas aos profissionais de saúde que estão na primeira linha no combate à Covid-19.

Vacinação começa entre 27 e 29 de dezembro. Profissionais de saúde serão os primeiros

A versão mais recente do documento fala nos profissionais dos centros hospitalares de Lisboa Central e de São João, no Porto, que estejam diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes com Covid-19, mas membros da task force criada para a elaboração deste plano de vacinação explicaram ao Observador que é algo meramente indicativo, uma vez que esta questão ainda não está fechada.

No mês seguinte serão os profissionais e residentes de lares e instituições similares, bem como os profissionais de saúde de primeira linha dos restantes hospitais. Isso inclui profissionais que esteja em cuidados intensivos, serviços de saúde, áreas dedicadas para doentes respiratórios (ADR) em hospitais ou centros de saúde, entre outros.

Mais de 300 mil doses de vacina entre dezembro e janeiro: como será a distribuição?

Irão chegar 312.975 doses da vacina da Pfizer a Portugal entre dezembro e janeiro. Serão no total 62 caixas, das quais 29 serão reservadas para a segunda dose da vacina, isto é, não serão utilizadas no imediato todas as caixas, já que é necessário garantir a segunda toma da vacina caso haja uma falha na distribuição por parte da Pfizer, detalharam membros da task force ao Observador. Estas unidades serão distribuídas por residentes e profissionais de lares de idosos (118 mil) e por profissionais de saúde (21 mil), num total de 139 mil doses.

Das 62 caixas:

  • 58 irão para Portugal Continental;
  • 4 para a Região Autónoma da Madeira;
  • 4 para a Região Autónoma dos Açores.

De acordo com membros da task force, a Pfizer irá fazer as entregas em Portugal Continental, no Funchal e em Ponta Delgada.

O Governo propõe ainda uma distribuição de acordo com a população:

  • Portugal Continental: serão alocadas 293.475 doses, o que corresponde 93,8% do total de doses;
  • Açores: 9.750 doses (3,1% do total de unidades)
  • Madeira: 9.750 doses (3,1%)

Apesar de os Açores terem menos população do que a Madeira, a distribuição será equitativa, uma vez que não é possível dividir as caixas pelas regiões autónomas de forma a terem doses exatamente correspondentes à percentagem da população, acrescentaram os membros da task force.

Esta quarta-feira, durante uma audição no Parlamento, coordenador da task force, Francisco Ramos, adiantou que a Pfizer não irá disponibilizar cerca de 20% das doses de vacinas contratualizadas. Ao Observador, apesar de não explicar os motivos deste incumprimentos contratual, a Pfizer referiu que as doses que não chegarem no primeiro trimestre de 2021 serão distribuídas no segundo.

Francisco Ramos. Seja daqui a umas horas, seja no dia de Natal, “Portugal está pronto para começar a vacinar”

Como será a calendarização?

Em termos de calendário, o Governo prevê começar a administrar as várias doses da seguinte forma:

  • Profissionais de saúde: administração das primeiras doses começam em janeiro e termina em inícios de março / segundas doses começam a ser dadas em finais de janeiro e terminam nas últimas semanas de março;
  • Lares e Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI): primeiras doses serão dadas em janeiro e terminam em inícios de fevereiro /a segunda dose da vacina começará a ser dada em finais de janeiro e termina ainda antes do final de fevereiro;
  • Pessoas com comorbilidades: primeiras doses começam ser administradas nas primeiras semanas de fevereiro e terminam já em finais de março / segundas doses começam no início de março, mas não tem uma data concreta para terminar;
  • Outros profissionais: primeiras doses começam a ser administradas em meados de fevereiro e terminam em finais de março / as segundas doses começam nas primeiras semanas de março e não tem previsão para terminar.

O Governo definiu ainda que as medidas de segurança tanto para os locais de armazenamento, como para os transporte das vacinas, nos centros de vacinação e para os profissionais de saúde e utentes. Quase todas estas medidas serão implementadas pelas Forças de Segurança.

Os locais de armazenamento, por exemplo, terão “vigilância policial, segurança área e segurança de instalações” e quando necessário haverá “acreditação das pessoas com acesso aos locais” e “medidas de isolamento da área”. Já no que toca ao transporte, haverá um “dispositivo de desembaraçamento de trânsito” para facilitar a deslocação das vacinas e caso seja necessário, no caso de transportes críticos, poderá haver apoio aéreo.

Como serão identificados os utentes?

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) irão disponibilizar aos Agrupamentos dos Centros de Saúde (ACES) uma lista de utentes identificados para a vacinação contra a Covid-19, com base em critérios definidos pela DGS, por fase e unidade de saúde.

Membros da task force explicaram ainda ao Observador que nem todos os centros de saúde irão administrar as vacinas da Pfizer devido às suas características. Os utentes que pertençam a unidades de Cuidados de Saúde Primários mais pequenas serão chamados para outros centros de saúde de maior dimensão na sua área geográfica.

Como será feito o agendamento?

Caberá aos centros de saúde entrar em contacto com os utentes para dar início ao processo de vacinação junto dos utentes e isso contacto será feito através de SMS. O Governo já enviou cerca de 20 mil telemóveis para as Administrações Regionais de Saúde (ARS) para serem distribuídos pelas unidades de Cuidados de Saúde Primários que não têm material para entrar em contacto com os utentes, indicaram ainda membros da task force ao Observador.

Após identificação dos doentes, os centros de saúde enviam um SMS ao utente para saber se há ou não interesse na vacinação contra a Covid-19. O utente terá de responder “SIM” ou “NÃO”.

  • Se responder “NÃO”: o processo fica por aqui
  • Se não responder: os centros de saúde tentam entrar em contacto com o utente por outras vias.
  • Se responder “SIM“: o agendamento é efetivado e ser-lhe-á enviado um novo SMS com a data, hora e local da vacinação.
  • Se responder “NÃO” ao agendamento: os centros de saúde tentam entrar em contacto com o utente por outras vias.

De acordo com membros da task force, as pessoas que já estiveram infetadas com a Covid-19 poderão também tomar a vacina, até porque o Governo não irá fazer essa monitorização.

Os profissionais de saúde terão ainda ações de formação e sensibilização para a administração das vacinas através de webinars, com conteúdos definidos pela Direção-Geral de Saúde (DGS). A formação começa já este sábado, dia 20 de dezembro, e será feita em colaboração com a Pfizer.

O Governo irá “desenvolver um sistema de monitorização da administração das vacinas que estará interligado ao sistema de distribuição para gestão de stock e agendamentos”, lê-se no documento. Será este sistema que irá controlar a administração da vacina “por região, local, tipo de vacina” entre outros.

O Executivo prevê ainda uma “expansão da rede de pontos de vacinação” cujos critérios serão definidos tendo em conta o calendário e o ritmo de abastecimento das vacinas. Isso não irá, contudo, acontecer antes de março.

Como será feita a comunicação?

Tal como já tinha sido avançado na apresentação do Plano de Vacinação contra a Covid-19, o documento prevê um plano de comunicação que irá envolver uma campanha multimeios, um site com informação centralizada sobre o processo de vacinação e linhas de apoio para responder a perguntas dos cidadãos. O Governo irá ainda contar com a colaboração de autarquias e de entidades sociais para chegar mais facilmente à população.

Como será feita a monitorização?

O Governo também desenhou um plano para monitorizar a efetividade e a segurança da vacina da Pfizer, que irá envolver um estudo onde serão seguidas as pessoas que foram vacinadas, mas também as que não foram vacinadas. O Executivo irá também procurar estimar a “efetividade da vacina por idade, sexo e patologia”, bem como as “características genéticas dos indivíduos vacinados”.

No que toca à segurança, o Governo irá proceder a uma monitorização dos dados de exposição, dos acontecimentos adversos, nomeadamente uma “monitorização ativa de acontecimentos adversos de interesse”.

Como será o modelo organizacional?

O Governo já definiu que a sala de situação servirá para:

  • Garantir o bom funcionamento do circuito;
  • Garantir a articulação permanente entre todas as entidades;
  • Garantir coerência entre as diferentes fases do plano;
  • Receber informação sobre problemas que surjam;
  • Responder às questões que surjam durante o processo de vacinação;
  • Produzir pontos de situação.

Nessa sala estarão elementos da DGS, do Ministério da Saúde, do Infarmed, dos SPMS, das Forças de Segurança e das Forças Armadas.

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