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Foi uma “estratégia poupadora de recursos hospitalares“, com o objetivo de reservar camas para “outros surtos que pudessem vir a ocorrer”, que impediu a transferência para o hospital de todos os utentes infetados com Covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz. A denúncia é feita no relatório da comissão de inquérito da Ordem dos Médicos, a que o Observador teve acesso, sobre o surto naquela instituição — que levou à infeção de 162 pessoas e à morte de 18 (16 utentes, uma funcionária e um homem, devido à propagação na comunidade).
Segundo o documento, “a hipótese de transferência para o hospital de todos os utentes infetados” defendida pelo presidente da Câmara, José Calixto, “não era viável de acordo com os médicos hospitalares ouvidos” — e que estiveram no lar a analisar a situação. “Esta decisão parece ter sido baseada numa estratégia poupadora de recursos hospitalares, de modo a salvaguardar a capacidade de resposta do hospital a outros surtos que pudessem vir a ocorrer”, pode ler-se. Porém, para a Ordem, “não se justifica reservar camas hospitalares para possíveis surtos”, quando o lar não tem disponíveis “os recursos necessários para cuidar doentes frágeis já infetados“. O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) rejeita que tenha existido uma “estratégia poupadora de recursos hospitalares”.
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