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Os autotestes podem ser feitos em casa e interpretados pela própria pessoa

Marijan Murat/dpa/picture alliance via Getty I

Os autotestes podem ser feitos em casa e interpretados pela própria pessoa

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Onde comprar, como fazer, a quem notificar? As dúvidas, vantagens e desvantagens dos testes feitos em casa

Quase no limite do prazo, o Infarmed e DGS divulgaram os critérios de inclusão para o uso de autotestes. Só podem ser de antigénio, de zaragatoa mais curta, e o resultado tem de ser reportado.

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Os autotestes não serão muito diferentes daqueles testes rápidos que, neste momento, são realizados pelos profissionais de saúde nas farmácias ou em clínicas. A grande diferença é, exatamente, quem os realiza (a própria pessoa) e o tamanho da zaragatoa. Mas se fazer um teste em casa permite ser testado quando se quiser, num ambiente em que se sinta mais confortável, a verdade é que um teste feito por profissionais dá mais segurança de ser bem feito e tem acompanhamento para poder interpretar o resultado.

O resultado destes testes para fazer em casa (como os testes de gravidez) pode dar positivo ou negativo (ou inconclusivo), mas isso não lhe diz, com toda a certeza, se está ou não está infetado. Explicando melhor: com um teste positivo é muito provável que esteja realmente contagiado com o coronavírus SARS-CoV-2, mas com um teste negativo não pode baixar a guarda. Se um teste positivo é um grande sinal vermelho, um teste negativo não é um sinal verde, é, pelo contrário, um sinal amarelo intermitente — e se os sintomas o levaram a ser testado deve manter todos os cuidados.

Esse é o maior risco identificado pelos profissionais de saúde: que na presença de um teste negativo, as pessoas se sintam confiantes que não estão infetadas e deixem de cumprir as medidas preventivas — na verdade, podem estar infetadas e assintomáticas, e o vírus não ter sido detetado. De qualquer forma, os resultados dos testes terão sempre de ser reportados às autoridades de saúde, que ajudarão a ver se está a tomar as medidas corretas.

Que testes vão poder ser usados como autotestes, que indicações devem apresentar, onde serão disponibilizados e como devem ser reportados, são as perguntas respondidas pela circular conjunta do Infarmed, Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa). Divulgada esta sexta-feira, no limite do prazo, a “circular visa estabelecer os critérios de inclusão no regime excecional para a utilização de testes rápidos de antigénio de uso profissional por leigos, prevista no no artigo 2.º da Portaria no 56/2021, de 12 de março”.

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“As razões que o levaram a fazer um teste [como ter estado com uma pessoa infetada ou num contexto de risco], são as mesmas que indicam que deve a manter a cautela mesmo que tenha tido um teste negativo.”
Bernardo Mateiro Gomes, médico de Saúde Pública

O que são os autotestes?

O autoteste é um teste de diagnóstico para detetar a infeção com SARS-CoV-2 que pode ser realizado pelo próprio (se tiver 18 anos ou mais), sem a interferência de terceiros, e sem a obrigatoriedade de ser feito por um profissional habilitado para o efeito, como estava previsto nas orientações da Direção-Geral da Saúde até 25 de fevereiro de 2021. “Os autotestes SARS-CoV-2 constituirão um instrumento adicional de reforço da resposta nacional de combate à Covid-19”, lê-se na circular conjunta publicada esta sexta-feira.

Os autotestes permitidos em Portugal são testes rápidos de antigénio (e apenas estes) que recorrem a uma zaragatoa mais pequena, cuja recolha é feita nas fossas nasais — em vez das zaragotas introduzidas até à nasofaringe — e que dão o resultado em poucos minutos. O resultado pode e deve ser passível de ser interpretado por quem faz o teste, à semelhança do que acontece com os testes de gravidez que se podem fazer em casa (a zaragatoa é colocada no aparelho, que terá uma zona onde aparece o resultado).

Para poderem ser comercializados como autotestes, os fabricantes terão de registar os seus produtos para esse fim — podem até ser alguns dos que já estão no mercado e até agora só eram realizados por profissionais habilitados — e receber autorização do regulador, neste caso o Infarmed. Além disso, as instruções disponibilizadas pelo fabricante têm de permitir um uso correto e seguro.

“O autoteste deve ser concebido e construído por forma a garantir que o dispositivo seja de fácil utilização pelo leigo, em todas as fases da manipulação, incluindo o processo de colheita, e reduzir tanto quanto possível os riscos de os utilizadores cometerem erros no processo de colheita, na manipulação do dispositivo e na interpretação dos resultados”, lê-se na circular.

Onde posso comprar um autoteste?

Está previsto que o autoteste dispense a necessidade de receita médica e possa ser disponibilizado nas unidades do sistema de saúde, nas farmácias e em todos os os espaços que têm autorização para venda de medicamentos não sujeitos a receita médica — sejam as chamadas parafarmácias, os espaços de bem-estar e saúde nos hipermercados ou até alguns espaços com essa finalidade nas bombas de combustível. Para a venda nestes espaços existe, no entanto, um requisito: “Deverão existir profissionais habilitados a prestar informações/esclarecimentos relativos aos testes em questão”.

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Onde posso fazer o autoteste?

Os testes rápidos disponíveis neste momento são realizados por profissionais habilitados, quer nos espaços de saúde, quer em em lares ou escolas. Mas os mesmos testes, se vierem a ser autorizados para venda como autotestes, poderão ser realizados pelo próprio no espaço onde lhe for mais conveniente e de acordo com as indicações do fabricante — no entanto, nunca no sítio onde foi comprado.

“A execução dos autotestes SARS-CoV-2, incluindo a necessária colheita, não pode ser realizada nos locais de dispensa dos autotestes”, lê-se na circular conjunta.

Quando posso fazer um autoteste? E quando devo fazê-lo?

Poderá fazer um teste sempre que queira — salvo indicação em contrário pelo fabricante. No entanto, haverá momentos em que terá maior benefício em fazer o teste porque a informação será mais fidedigna e o resultado poderá ter um impacto maior para a sua saúde e a dos que o rodeiam.

Deve fazer um teste quando tem sintomas compatíveis com uma infeção com SARS-CoV-2, como febre, tosse, perda de olfato ou paladar, ou uma combinação de outros sintomas, como dor de garganta, dor de cabeça ou dores musculares, fadiga extrema, vómitos ou diarreia. Se souber que esteve próximo de uma pessoa infetada ou se vive numa zona com uma elevada transmissão comunitária do vírus, também pode procurar fazer um teste, diz ao Observador Bernarno Mateiro Gomes, médico de Saúde Pública.

O melhor momento para o fazer não será logo depois de ter estado com a pessoa infetada, porque a infeção pode demorar alguns dias a instalar-se e o vírus a ser detetado, por isso a recomendação é que se faça o teste três a quatro diz depois do momento em que potencialmente pode ter sido infetado. Já no caso dos sintomas, pode fazer o teste imediatamente.

“[A testagem massiva] é uma loucura, porque as pessoas não vão ser assessoradas por ninguém para perceberem o que estão a fazer.”
Mafalda Felgueiras, médica patologista clínica

Se tiver um teste negativo posso ficar descansado?

Não, a regra de ouro é exatamente o contrário: não aumentar as atitudes de risco apesar do teste negativo, destaca Bernardo Mateiro Gomes. Se a pessoa tem sintomas e teve um teste com resultado negativo, talvez seja aconselhável fazer um novo teste, mas o médico de Saúde Pública recomenda que a pessoa entre em contacto com as autoridades de saúde para avaliarem a sua situação. Mas mesmo que não seja o caso, a pessoa não pode aliviar as medidas de prevenção da infeção em vigor — como uso de máscara, distanciamento físico ou lavagem das mãos.

“As razões que o levaram a fazer um teste [como ter estado com uma pessoa infetada ou num contexto de risco], são as mesmas que indicam que deve manter a cautela mesmo que tenha tido um teste negativo”, diz Bernardo Mateiro Gomes. Isto porque este teste pode não ser capaz de detetar a infeção numa fase muito precoce ou se a carga viral for pequena, o que não invalida que a pessoa possa estar infetada, sem sintomas e continuar a transmitir o vírus a outras pessoas.

Já um teste cujo resultado seja positivo, pode ser confirmado por um teste PCR, que é a forma mais eficaz de avaliar a presença do vírus no organismo. Ainda assim, perante um teste positivo, a probabilidade de a pessoa estar realmente infetada é muito alta e as medidas de isolamento e proteção do próprio e dos que lhe são próximos devem ser tomadas de imediato.

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Quão fiáveis são os testes rápidos e, em particular, os autotestes?

Bernardo Mateiro Gomes considera que os testes de antigénio são quase tão bons a detetar os casos positivos de SARS-CoV-2 como os testes PCR que são o teste-padrão para a Covid-19. Mafalda Fegueiras diz, pelo contrário, que “os testes de antigénio não são bons, de forma geral”. Ainda que possam “ser úteis — e muito úteis — em contextos específicos”, como um surto num lar ou numa prisão com pessoas sintomáticas, o  “desempenho do teste diminui nos locais onde, à partida, já não se prevê que haja muitos casos”.

Quanto a outro tipo de testes que possam vir a ser usados, Mafalda Felgueiras diz ao Observador que tem testado dispositivos de várias marcas e que os testes de antigénio continuam a ter uma taxa alta de falsos negativos e que só são realmente bons a detetar positivos no terceiro ao quinto da infeção, quando há um pico na carga viral. Quanto a opções alternativas, o desempenho também não é melhor — com a exceção dos testes de saliva, ainda em estudo, que têm tido resultados equiparáveis aos do PCR.

Os testes de sangue, que já estão disponíveis nas farmácias — neste caso para identificar anticorpos (testes serológicos) —, também merecem críticas da parte da médica patologista clínica. Não que não confie nos testes serológicos, muito pelo contrário, considera que serão o futuro do testes de diagnóstico, mas terão de ser feitos em laboratório — ainda que, por agora, nem sequer sejam considerados pela DGS. O problema dos testes de sangue para fazer em casa é que “são muito pequenos”, “parecem quase de brincar” e o procedimento não é fácil, nem mesmo para uma profissional habituada a fazer análises no laboratório.

Coronavirus - Opening schools - Castle

Uma pessoa pode ter dificuldade em fazer a recolha da amostra sozinha porque é desconfortável, especialmente quando a zaragatoa é introduzida no nariz

dpa/picture alliance via Getty I

A médica acrescenta que, mesmo quando as amostras são recolhidas com uma zaragatoa por profissionais de saúde, se perdem 23% dos casos positivos por problemas com a amostra. Em casa, onde cada pessoa fará sozinha a recolha com uma zaragatoa, num processo pouco confortável, a probabilidade de ter uma colheita muito pobre é ainda maior. O resultado pode ser um falso negativo.

Pior ainda se a zaragatoa for mais curta, como vai ser o caso, diz Mafalda Felgueiras. A zaragatoa que penetra profundamente no nariz, até à garganta, já tem dificuldade em apanhar um vírus que está principalmente localizado em zonas mais profundas do sistema respiratório, como os brônquios. Se a colheita for feita nas fossas nasais, quase como se o tivéssemos a limpar o nariz com um cotonete, a probabilidade de conseguirmos fazer uma boa recolha de material genético do vírus desce consideravelmente.

Preciso de informar alguém sobre o resultado do teste?

Vai ser obrigatória a notificação. E o ideal, diz o médico de Saúde Pública, é que todos os testes, positivos ou negativos, sejam notificados, ou seja, inseridos numa plataforma própria de forma a ser possível avaliar que quantidade de testes estão a ser feitos e que proporção deles são positivos — o que permite também avaliar a situação pandémica no país.

"Considerando que os dados de vigilância epidemiológica permitem monitorizar a evolução da infeção a SARS-CoV-2 | COVID-19 no país e que o autoteste constitui um instrumento adicional para a deteção precoce dos casos de infeção, contribuindo assim para o controlo das cadeias de transmissão, os resultados obtidos nos autotestes SARS-CoV-2 devem ser reportados às Autoridades de Saúde."
Circular conjunta - Infarmed, DGS, Insa

“Até podemos ter alguns receios em relação ao alargamento da testagem — que não seja tão bem feita ou que a notificação tenha falhas —, mas as vantagens ultrapassam largamente as desvantagens”, defende Bernardo Mateiro Gomes.

O médico admite que este alargamento da testagem a todas as pessoas de uma forma autónoma vai representar um grande desafio para os colegas responsáveis pelo sistema de vigilância que têm feito um enorme esforço para que todos os locais onde se fazem testes reportem os resultados na plataforma nacional. “Esta alteração vai obrigar a repensar o sistema de notificação, mas entre a perfeição [da vigilância] e a acesso [alargado aos testes], escolho o acesso”, diz.

Como devo reportar o resultado às autoridades de saúde?

  1. Se esteve com uma pessoa infetada ou apresenta sintomas deve contactar a linha SNS24 de imediato e independentemente do resultado do teste feito.
  2. Se não teve contacto de risco conhecido e não tem sintomas, mas decidiu fazer um teste e o resultado foi positivo ou inconclusivo, deve contactar a linha SNS24 ou preencher um formulário eletrónico que ainda vai ser criado e ficar em isolamento.
  3. Se não teve contacto de risco conhecido e não tem sintomas, e teve um teste positivo ou inconclusivo num contexto específico, pode, em alternativa, contactar o médico assistente, a saúde ocupacional ou a medicina no trabalho.
  4. Em todos os casos em que o teste seja positivo ou inconclusivo, deve ser indicada a marca do teste, o fabricante e o código identificativo do lote.
  5. Em todos os casos anteriores, a pessoa receberá uma prescrição para fazer um teste PCR para confirmar o resultado obtido, cujo resultado será depois registado na plataforma SINAVELab.
  6. Se teve um teste negativo deverá, ainda assim, registar o resultado no tal formulário eletrónico que virá a ser disponibilizado. “A notificação destes resultados é igualmente importante para monitorização da atividade nacional de testagem.”

E se não quiser informar sobre o resultado do teste?

A circular divulgada esta sexta-feira deixa claro que os resultados devem ser notificados às autoridades de saúde. Bernardo Mateiro Gomes confia que as pessoas vão avisar caso tenham um teste positivo e vão adotar as medidas de prevenção convenientes, a começar pelo isolamento e contacto com as autoridades de saúde. “Temos de contar com as pessoas”, diz o médico de Saúde Pública. Para se controlar a pandemia é preciso “capacitar o cidadão para ser um aliado” neste combate, porque cada pessoa pode contribuir ativamente para a redução do número de mortes, defende. “Porque quanto mais rápido identificarmos e isolarmos as pessoas infetadas, mais pessoas salvamos no final.”

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Há vantagem em fazer uma testagem massiva na população?

Os dois médicos têm opiniões diferentes. Para o médico de Saúde Pública, mesmo que a testagem não seja muito bem feita, é bom que esteja acessível a mais pessoas. Já para a médica patologista clínica, a medida “é uma loucura, porque as pessoas não vão ser assessoradas por ninguém para perceberem o que estão a fazer”.

O Infarmed, DGS e Insa reconhecem que, “efetuados por leigos, os testes rápidos têm características de desempenho inferiores comparativamente às observadas na utilização por profissionais” e que podem dar resultados falsos, mas destacam a vantagem da “maior frequência de testagem e acessibilidade aos testes”.

Bernardo Mateiro Gomes recomenda que os autotestes sejam usados em contextos específicos, com possíveis situações de risco de exposição. O médico de Saúde Pública considera que “o uso generalizado é positivo”, mas recomenda “cautela” e prefere estratégias semelhantes à que está prevista para Lisboa, em que os moradores das freguesias com maior risco (mais de 120 casos por 100 mil habitantes a 14 dias) podem fazer dois testes por mês numa farmácia e de forma gratuita.

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Além disso, lembra que a testagem deve ser acompanhada de comunicação adequada, porque se não houver informação de qualidade, o resultado pode ser o contrário do esperado, haver desperdício dos recursos e as pessoas deixarem de ter os devidos cuidados de prevenção. “Toda a estratégia de testagem é inerentemente mais frágil se não for acompanhada de uma boa estratégia de comunicação”, diz o médico.

A circular conjunta ainda acrescenta que “os autotestes SARS-CoV-2 não substituem, mas complementam os testes de uso profissional, realizados de acordo com o preconizado na Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2, nos termos da Norma 019/2020 da DGS”.

Como se poderia aumentar a utilidade dos testes rápidos?

A incidência acumulada, como é usada pelo Governo para traçar linhas vermelhas e, agora, pela Câmara Municipal de Lisboa, é um indicador da situação epidemiológica, mas não é suficiente, considera o médico de Saúde Pública. Bernardo Mateiro Gomes deixa, por isso, algumas recomendações:

  • não chega apresentar dados por concelho, é preciso dados para as freguesias ou até para um nível mais pequeno;
  • as situações de surto ou de agravamento da situação devem ser comunicadas imediatamente;
  • os dados têm de estar atualizados — e não com uma semana de atraso como acontece com os dados da incidência acumulada por concelhos divulgados à segunda-feira;
  • deve haver informação sobre se há transmissão comunitária ou se a incidência é justificada por um surto em ambiente controlado (como um lar ou uma prisão).

Além disso, o médico de Saúde Pública lembra que os testes serão tanto ou mais eficazes a detetar casos ou surtos quanto maior a probabilidade de haver pessoas infetadas num determinado grupo. Assim, sugere que em vez de se pensar em testar todas as pessoas de um concelho de uma vez, se façam duas rondas de testagem, mas nas zonas de maior risco, para se aumentar a probabilidade de encontrar os casos positivos — se não aparecerem à primeira, pode ser que sejam detetados no segundo teste.

Qual o pior resultado do uso dos autotestes para controlo da pandemia?

Neste ponto os dois médicos estão de acordo: uma falsa sensação de segurança perante os testes negativos que leve as pessoas a reduzirem os cuidados na prevenção da infeção. “A intenção é boa”, diz a médica, porque estamos a “tentar mostrar que estamos a fazer o que é possível e que há um grande esforço nesse sentido”, mas testar em massa com um teste que apresenta limitações pode tornar-se perigoso.

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