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Portugal v Germany - UEFA Euro 2020: Group F
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O lateral direito português não ficou bem na fotografia dos golos alemães — mas não é o único culpado

UEFA via Getty Images

O lateral direito português não ficou bem na fotografia dos golos alemães — mas não é o único culpado

UEFA via Getty Images

Os quatro erros capitais que Portugal cometeu e a (quase) certeza que fica para o jogo com a França

Nélson Semedo serviu de bode expiatório para a derrota de Portugal mas a verdade é que não foi o único culpado. A hecatombe contra a Alemanha foi provocada por quatro erros — e deixou uma certeza.

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Enviada especial do Observador em Munique, Alemanha

Portugal caiu e caiu com estrondo em Munique, contra a Alemanha, adiando a passagem aos oitavos de final do Euro 2020 para a última jornada da fase de grupos. Cristiano Ronaldo ainda abriu o marcador mas os 15 minutos iniciais do jogo acabaram por ditar o norte e a sentença da partida, que foi quase sempre dominada, controlada e assumida pelos alemães.

Nélson Semedo deixou Gosens à solta mas não foi o único culpado, Danilo e William tiveram muitas responsabilidades nos golos sofridos pela Seleção e tanto Bernardo Silva como Bruno Fernandes estão aparentemente esgotados depois de temporadas muito exigentes. No final, em resumo, Portugal cometeu quatro erros capitais que explicam esta derrota. E terá de fazer pelo menos uma mudança para tentar conseguir ser melhor do que França.

A vida anda e adapta-se mas há coisas que não mudam. E no final, entre nós e eles, continuam a ganhar eles (a crónica do Alemanha-Portugal)

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Nélson Semedo, um mártir que precisava de mais ajuda

O lateral do Barcelona, que tem sido titular devido à ausência de João Cancelo (que a Covid-19 exclui do Euro quando já estava em Budapeste) e que foi muito elogiado depois da exibição contra a Hungria, acabou por ser o mártir da Seleção durante este jogo. Se é certo que os quatro golos da Alemanha apareceram pelo seu lado, entre assistências ou a própria finalização, também é certo que durante grande parte do tempo Nélson Semedo foi deixado completamente à sua sorte, sem apoio, dobras ou compensações.

A ideia da seleção alemã, aliás, era precisamente essa: explorar os corredores, através da qualidade de Gosens e Kimmich, e ir atrás da fragilidade que Portugal acabou por não conseguir disfarçar. “O plano estratégico passava por canalizar o jogo pelos nossos alas. Sabíamos que Portugal tinha algumas dificuldades na defesa, portanto, jogámos com os nossos alas mais subidos. O Kimmich e o Gosens tiveram um grande desempenho”, assumiu o selecionador alemão Joachim Low na conferência de imprensa de rescaldo da partida, confirmando que o plano da Alemanha era mesmo surpreender Portugal pelas laterais.

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Nélson Semedo teve muitas dificuldades para parar Gosens, que acabou por fazer duas assistências e marcar um golo

GES-Sportfoto via Getty Images

Aquele que se tornaria o grande problema de Portugal em Munique ficou visível logo aos cinco minutos, no golo que acabaria por ser anulado à Alemanha: cruzamento na direita com Gosens, nas costas de Nélson Semedo e totalmente desmarcado, a aparecer sem qualquer oposição a rematar à baliza. A imagem seria uma constante. O jogador da Atalanta, que acabou por marcar um golo e fazer duas assistências e foi considerado o Homem do Jogo, fez o que quis no corredor esquerdo do ataque alemão, nunca teve dificuldades para ultrapassar Semedo e apareceu inúmeras vezes sozinho, com o lateral do Wolverhampton desposicionado ou a realizar compensações.

Se Nélson Semedo esteve bem? Não. Se Nélson Semedo é o único a ter culpa? Também não. Ao longo da primeira parte, devido à estratégia de Fernando Santos que coloca um duplo pivô à frente da defesa e o extremo muito subido e afastado das tarefas defensivas, o lateral formado no Benfica ficava sem qualquer apoio na hora de ajudar os centrais ou travar Gosens. A Alemanha percebeu, aproveitou e repetiu a jogada inúmeras vezes: bola em Kimmich na direita, com Rúben Dias a aproximar-se de Raphael Guerreiro, o que fazia com que Pepe ocupasse o lugar de Dias e Semedo se juntasse ao meio para, por sua vez, ocupar o lugar de Pepe; logo depois, bola na esquerda, sem que ninguém no meio-campo se lembrasse de que era preciso ajudar Semedo e tapar Gosens.

Ao intervalo, Fernando Santos tirou Bernardo e colocou Renato Sanches, que tinha entrado muito bem contra a Hungria e que teria como missão procurar injetar alguma criatividade e intensidade no meio-campo português. Além disso, o jogador campeão pelo Lille levava uma outra tarefa: ao jogar mais à direita, iria recuar e ocupar os espaços deixados livres por Nélson Semedo quando o lateral precisava de realizar outra dobra e, dessa forma, tentar estancar tudo o que Gosens estava a fazer. Foi assim até aos 58 minutos, quando Rafa entrou para o lugar de William e passou a estar ele na direita, com Renato a ocupar um lugar no centro do terreno. E acabou por ser Rafa a ficar mal na fotografia do quarto golo, já que Semedo, mais uma vez, se juntou aos centrais para compensar o movimento de Rúben Dias e Pepe e o jogador do Benfica ficou para trás, sem acompanhar Gosens até ao fim, permitindo o cabeceamento certeiro do jogador da Atalanta.

Grosens, o jogador da Atalanta que acabou por marcar um golo e fazer duas assistências e foi considerado o Homem do Jogo, fez o que quis no corredor esquerdo do ataque alemão, nunca teve dificuldades para ultrapassar Semedo e apareceu inúmeras vezes sozinho, com o lateral do Wolverhampton desposicionado ou a realizar compensações.

Contra França, Nélson Semedo terá novamente um enorme desafio, Aliás, que desafio: Kylian Mbappé. Contra a Alemanha e contra a Hungria, o jovem avançado ocupou espaços bastante interiores, com os laterais Lucas Hernández ou Digne a oferecerem muita largura na lateral. Ou seja, Semedo vai precisar novamente de muita ajuda do meio-campo para conseguir estancar a ala esquerda da equipa de Didier Deschamps, que, ainda por cima, chega à última jornada da fase de grupos do Euro 2020 também com a necessidade de obter um resultado positivo para seguir em frente (tal como a Alemanha, depois de ter perdido na jornada inaugural, precisava de ganhar frente a Portugal).

Um meio-campo a meio gás

É uma das imagens do jogo. Nos instantes antes do 2-1, mesmo na ponta final da primeira parte, Müller apareceu com a bola na esquerda. A sequência foi simples: o avançado pôs em Kimmich, na direita e nas costas de Raphael Guerreiro, e o jogador do Bayern Munique cruzou para a grande área, onde o mesmo Guerreiro acabou por fazer autogolo. Atrás, na imagem, surgem Danilo e William, lado a lado, sem fazer qualquer marcação à zona ou ao homem e deixando a defesa portuguesa totalmente à sua sorte.

A utilização dos dois jogadores em simultâneo, dois médios mais defensivos, tem sido uma das características mais criticadas na Seleção Nacional. Fernando Santos não fez qualquer alteração ao onze inicial que tinha vencido a Hungria, na terça-feira, e manteve a dupla no setor intermédio. O problema é que nem William nem Danilo têm apresentado a intensidade exigida, tanto a pressionar para recuperar a bola como nas tarefas defensivas, e o meio-campo português foi contra a Alemanha praticamente inexistente. Portugal não consegue conquistar a posse de bolas em zonas mais elevadas, perde muitas vezes a bola na fase de construção e não tem eficácia na transição defensiva, já que o duplo pivô que fica à frente da defesa não ajuda nas compensações e acaba por permitir situações de inferioridade numérica em relação ao adversário.

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William e Danilo tiveram muitas responsabilidades nos golos sofridos pela Seleção, já que falharam enquanto primeira linha defensiva

Getty Images

Na conferência de imprensa, depois do jogo, Fernando Santos acabou por reconhecer que um dos grandes problemas da Seleção Nacional foi a ausência de agressividade. “Uma coisa que eu disse aos meus jogadores ao intervalo é que jogar com a Alemanha e ter duas faltas na primeira parte é impossível no futebol. Nunca vi. Isso mostra, na minha opinião, alguma coisa. O que tentei com a entrada dos outros jogadores, o Renato e o Moutinho, foi que emprestassem ao jogo uma outra agressividade, outra capacidade de disputar os lances. Se não tivermos capacidade para ganhar duelos individuais dificilmente podemos pensar em sonhar alto. Isso foi sempre a grande matriz desta equipa”, disse o selecionador nacional, que, no entanto, assumiu a responsabilidade pessoal pela derrota.

Ainda assim, e mesmo entre todas as conferências de imprensa e flash interviews, existe um pormenor que está por explicar. William Carvalho fez 30 jogos pelo Betis na época passada, nunca conseguiu ser utilizado com regularidade e chegou à Seleção com pouca competitividade. Por isso mesmo, no dia em que a convocatória para o Euro 2020 foi divulgada, Fernando Santos foi questionado sobre a inclusão do médio, que não deixou de ser uma surpresa. “Numa convocatória de 26 jogadores, pareceu-me que podia continuar a apostar no William. Claro que tinha alternativas, obviamente que há jogadores que podiam assumir o lugar do William. Mas entendo que ele tem coisas que só ele é que tem. Eu tenho a minha perspetiva sobre ele. Acho que não temos, em Portugal, ninguém com as características dele. É um jogador com muita polivalência e, achando isso, entendi que o devia convocar”, disse, na altura, o selecionador nacional.

Ou seja, e interpretando estas palavras, William só foi convocado para o Euro 2020 porque a UEFA alargou as convocatórias dos habituais 23 jogadores para 26, permitindo a chamada de mais três jogadores do que o normal. Mas de aparente excedentário, William passou a titular nos dois primeiros jogos do Europeu.

O problema é que nem William nem Danilo têm apresentado a intensidade exigida, tanto a pressionar para recuperar a bola como nas tarefas defensivas, e o meio-campo português foi contra a Alemanha praticamente inexistente.

Para marcar, é preciso ter a bola. E Portugal não a teve

Bruno Fernandes fez 68 jogos esta temporada. Bernardo Silva fez 57 jogos esta temporada. Diogo Jota fez 42 jogos esta temporada e passou por duas lesões. Cristiano Ronaldo fez 55 jogos esta temporada e tem 36 anos. Desta matemática retira-se a conclusão de que a frente de ataque portuguesa, a primeira linha de pressão na hora de recuperar a bola, está fatigada e sem capacidade nem energia para conseguir empurrar uma equipa como a Alemanha.

A vida anda e adapta-se mas há coisas que não mudam. E no final, entre nós e eles, continuam a ganhar eles (a crónica do Alemanha-Portugal)

Na antevisão, Fernando Santos tinha dito que ter bola seria uma “arma fundamental” para vencer a Alemanha. Depois do jogo, Fernando Santos reconheceu que Portugal raramente teve bola e que essa incapacidade é uma das chaves para entender o resultado. “A questão da posse de bola foi um dos aspetos decisivos, seguramente. O outro foi não conseguir recuperar, tivemos muita dificuldade em recuperar. Não conseguimos ter a bola e não parámos o adversário… Claro que tivemos algumas dificuldades. Essa análise é a que vamos ter de fazer. Vou ter de conversar com os jogadores e perceber o que é que temos de fazer de forma diferente”, explicou o selecionador nacional.

A ideia de jogo de Portugal assenta na construção apoiada e organizada, quando assim é possível, e prende-se com o equilíbrio oferecido por Danilo e William, pela ajuda dos centrais e dos laterais, pela mobilidade de Bruno Fernandes e pela profundidade oferecida por Bernardo, Jota e Ronaldo. O problema é que tudo isto só é alcançável quando a Seleção consegue manter a posse de bola durante longos períodos de tempo, quando consegue evitar passes errados consecutivos e quando consegue assumir alguma superioridade na partida. Nenhum desses três fatores esteve reunido este sábado, contra a Alemanha.

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Kroos teve sempre muito espaço para pensar o jogo e acabou por ser um dos melhores elementos da Alemanha

Getty Images

Com Cristiano Ronaldo na faixa central e enquanto elemento mais adiantado da equipa, dificilmente a Seleção vai conseguir pressionar de forma eficaz em terrenos altos. O avançado da Juventus não faz esse tipo de tarefas, até pelos 36 anos que já tem, e a responsabilidade recai então em Bernardo, Jota e Bruno, o trio que teve épocas para lá de extenuantes ao serviço dos próprios clubes.

Kroos, o maestro alemão, fez o que quis

Por fim, e para lá de Gosens, um dos grandes erros da Seleção Nacional prendeu-se com a liberdade permitida a Kroos. O experiente médio do Real Madrid organizou todo o jogo da seleção alemã a partir do meio-campo, com aproximações às laterais e sem nunca descurar a proteção do trio defensivo, e raramente foi intercetado ou interrompido por Danilo ou William.

Sem mencionar diretamente Kroos, Fernando Santos acabou por reconhecer que Portugal “ficou um bocadinho a ver” jogar. “Nos primeiros 25 minutos estivemos mais ou menos, mas já aí faltava alguma coisa em relação àquilo que depois foi aumentando, que é a capacidade de lutar pela posse de bola. A equipa tentou chegar à bola, recuperou bolas, importunou o adversário… Nessa primeira fase estivemos mais ou menos. Mas depois existiu a paragem [para beber água, devido ao calor intenso, algo permitido neste Europeu e que o Portugal-Alemanha teve por duas vezes] e a equipa baixou linhas, deixou o adversário circular. E, pior do que isso, ficou um bocadinho a ver”, disse o selecionador nacional na conferência de imprensa depois do jogo.

"A questão da posse de bola foi um dos aspetos decisivos, seguramente. O outro foi não conseguir recuperar, tivemos muita dificuldade em recuperar. Não conseguimos ter a bola e não parámos o adversário... Claro que tivemos algumas dificuldades. Essa análise é que vamos ter de fazer. Vou ter de conversar com os jogadores e perceber o que é que temos de fazer de forma diferente"
Fernando Santosz

Contra França, Portugal terá um problema semelhante. A seleção francesa tem jogado com um trio muito criativo no meio-campo, formado por Rabiot, Pogba e Kanté, e as grandes qualidades dos jogadores prendem-se precisamente com a organização do jogo e com a intensidade com que enfrentam todos os duelos.

Renato, quase de certeza, será titular. Mas onde?

Em resumo, parece cada mais vez mais provável que Renato Sanches terá de ser titular contra França, no jogo decisivo que pode valer a passagem aos oitavos de final do Euro 2020. E mesmo sem querer abordar a questão diretamente, como não quis na conferência de imprensa, Fernando Santos acabou por reconhecer isso mesmo quando lançou o médio do Lille ao intervalo — numa substituição algo embrionária que raramente faz. Raramente acontecem antes dos 60 minutos, a não ser em caso de lesão.

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O jogador do Lille, que ainda ficou muito perto de marcar com um remate ao poste, deverá ser titular contra França

DeFodi Images via Getty Images

Renato entrou bem contra a Hungria, tendo tido um papel fulcral na reta final positiva que valeu a vitória à Seleção Nacional, e voltou a entrar bem contra a Alemanha, tendo oferecido mais músculo e intensidade ao meio-campo da equipa e ficado até perto do golo, já que fez um enorme remate de fora de área que esbarrou no poste de Neuer (seria o 4-3, se entrasse). Questionado sobre uma eventual titularidade, na flash interview, o jogador explicou que dá sempre o seu “melhor”. “O mister é que decide e, independentemente de tudo, seja titular ou suplente, dou sempre o meu melhor. Claro que todos querem jogar, mas temos de respeitar as decisões”, atirou.

A questão da titularidade de Renato, porém, abre duas opções. O médio pode entrar para o lugar de Bernardo Silva, tal como aconteceu contra os alemães, e ficar também responsável pelas coberturas a Nélson Semedo que serão necessárias para combate Mbappé e ao eventual lateral esquerdo; contudo, nesta hipótese, a Seleção perde o melhor do jogador do Lille, que é sempre mais influente quando joga no meio-campo e consegue partir daí para investidas ofensivas.

Ora, tendo isso em conta, o médio pode entrar precisamente para a faixa central, eventualmente para o lugar de William, e ter uma preponderância atacante que ainda não se viu em Portugal; contudo, nesta hipótese, será necessário encontrar uma solução para ajudar Semedo, que pode partir de Bernardo ou de Danilo.

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