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As pulseiras da amizade para a The Eras Tour têm referências a músicas, letras e álbuns de Taylor Swift

Los Angeles Times via Getty Imag

As pulseiras da amizade para a The Eras Tour têm referências a músicas, letras e álbuns de Taylor Swift

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Passámos a tarde a fazer pulseiras da amizade. Que tendência é esta que Taylor Swift criou com a The Eras Tour?

Coloridas, com nomes de músicas e referências a Taylor Swift, as pulseiras da amizade não faltam na Eras Tour. A semanas da vinda a Portugal, a tendência já cá chegou e preenche os pulsos de swifties.

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Intitula-se de Mastermind, afirma que as pessoas deviam ter medo dela — em Who’s Afraid of Little Old Me? — e tem um fascínio por easter eggs e mensagens enigmáticas que espalha nas suas músicas, publicações das redes sociais e looks. Ao longo dos quase 20 anos de carreira de Taylor Swift tem se tornado evidente — pelo menos para os swifties — que o que quer que faça, diga ou cante é muito bem pensado antes de acontecer. No entanto, este não é o caso. A Taylor pediu e os fãs fizeram. Em 2022, quando lançou o seu 10.º álbum, Midnights, com o qual alcançou o Grammy de Melhor Álbum em 2024, a artista norte-americana deixou na música You’re on Your Own, Kid um pedido aos fãs: “So make the friendship bracelets, take the moment and taste it”. Escusado será dizer que não levou muito tempo até que os pulsos de swifties de todo o mundo passassem a estar cheios de missangas coloridas.

A febre começou há mais de um ano, estava a The Eras Tour a arrancar. Enquanto esperavam ansiosamente que as datas do concerto fossem lançadas e que, por sorte, os seus países tivessem a oportunidade de receber Taylor Swift, os swifties foram criando tendências e uma delas foram as pulseiras da amizade. Estávamos a 17 de março de 2023 e a artista norte-americana subia ao palco do State Farm Stadium, em Glendale, no Arizona, para dar início àquele que se tornou um fenómeno mundial, e que a levou a ser distinguida como a Personalidade do Ano. Mais de três horas de espetáculo, 44 músicas e uma viagem pelos 10 álbuns de Swift — que no final do mês de abril lançou o 11.º, The Tortured Poets Department —, a The Eras Tour começava nos EUA e com ela a cultura de fazer e trocar pulseiras.

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A dias de chegar à Europa, com o primeiro concerto depois de uma pausa de dois meses marcado para 9 de maio, em Paris, e a três semanas de chegar a Portugal — atua no Estádio da Luz nos dias 24 e 25 —, é o momento de parar e decidir como e quando fazer as famosas pulseiras da amizade. No caso do Observador, dedicámos uma tarde de domingo a esta tendência e podemos dizer que é preciso mais tempo — e mais missangas.

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Taylor Swift atua pela primeira vez em Portugal a 24 e 25 de maio no Estádio da Luz, em Lisboa

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Como surgiram as pulseiras da amizade?

Para quem cresceu na década de 90 ou no início dos anos 2000, as pulseiras da amizade não são novidade. A técnica é simples e o objetivo também: fazer e oferecer a um amigo. Estavam na moda na época e voltaram agora com a The Eras Tour. No entanto, embora o ressuscitar desta tendência se deva muito à letra da 5.ª música do Midnights (2022), já em 2019 Taylor fez uma publicação na sua página de Instagram com uma fotografia onde é possível ver um braço cheio de pulseiras da amizade, em antecipação ao lançamento do seu 7.º álbum, Lover, que chegou aos ouvidos do público a 23 de agosto de 2019. Entre elas estão referências ao seu gato mais novo, Benjamin Button — que passou a fazer parte da família dos swifties depois de Taylor se ter apaixonado por ele durante as gravações do videoclipe da ME!, no qual Benji participava —, ao álbum Fearless (2008), ao seu apoio à comunidade LGBTQIA+ — com uma pulseira com a palavra “proud” (“orgulhoso”, em português) — e ao Lover.

Quem aderiu também a esta tendência, para além dos swifties, foi Travis Kelce. A história ficou conhecida no podcast New Heights, quando — e antes de começar a namorar com Taylor Swift — a estrela de futebol americano desabafou ao irmão, Jason Kelce, que assistiu à The Eras Tour no início de julho de 2023 no Arrowhead Stadium, em Kansas City, e que aguardou ansiosamente pelo fim do concerto para oferecer uma pulseira da amizade à artista.

@newheightshow Anyone know how to get a bracelet to @Taylor Swift? … asking for a friend ???? @Buffalo Wild Wings ♬ original sound - New Heights

Na pulseira, Travis tinha juntado missangas coloridas para mostrarem o seu número de telefone, na esperança de que a cantora, quem sabe, o tentasse contactar. “Fiquei desiludido por ela não falar antes ou depois dos concertos, por querer guardar a voz para as 44 músicas que canta”, desabafou o três vezes vencedor da Super Bowl com os Kansas City Chiefs. “Fiquei um bocadinho chateado por não poder entregar-lhe uma das pulseiras que fiz para ela.”

Taylor acabou por receber a mensagem, os dois entraram em contacto e o resto é história. “Começámos a sair logo a seguir”, disse Taylor numa entrevista à TIME, quando foi distinguida como Personalidade do Ano 2023.

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O que é preciso para fazê-las?

Paciência e tempo. Se, como no caso do Observador, tiver feito pulseiras no início dos anos 2000 e se recorda de ser fácil, não é muito. É necessário uma certa precisão, tanto para não deixar cair os materiais ao chão como para colocar as peças no fio e dar o nó final. Tirando isso, é apenas preciso fio e missangas das mais variadas cores e tamanhos, com letras, números, símbolos e tudo o que possa ser uma referência para Taylor Swift. Dependendo da quantidade de pulseiras que se queira fazer — o Observador fez quatro numa tarde —, é também preciso mais do que uma sessão à volta de uma mesa colorida com os amigos, ou sozinho.

Como são as pulseiras?

Não há uma regra a seguir no que toca às pulseiras da amizade para a The Eras Tour. É um momento no qual os swifties se juntam — muitas vezes com o repertório musical de Taylor Swift a passar no fundo — e dão asas à imaginação através daquilo que a artista norte-americana lhes tem oferecido ao longo dos anos. Com recurso a missangas com letras, há pulseiras com letras de músicas, nomes de músicas e de álbuns, referências a memes — “I’m not asleep, my mind is alive”, por exemplo — e a Bejamin, Olivia e Meredith, os três gatos de Taylor.

Sobre como fazê-las e decorá-las, os fãs têm partilhado vídeos de tutoriais nas redes sociais, e em especial no TikTok, onde ensinam a fazer diferentes técnicas. Desde as mais simples às mais elaboradas, com flores e efeitos de ondas, são vários os métodos para criar estas pulseiras, que serão depois trocadas nos concertos de Taylor. No momento da troca, basta dar a escolher, oferecer e escolher de volta.

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E se precisar de ajuda?

Se os variados tutoriais dos swifties não forem suficientes para aprender a fazer as friendship bracelets, em Lisboa vai haver a oportunidade de fazê-las com ajuda, e a tempo dos dois concertos. A comunidade Front Row Vibes organizou em abril dois workshops de pulseiras da amizade, em Lisboa e no Porto, e o último está marcado para os dias 11 e 12 de maio, novamente na capital. O workshop vai decorrer, em ambos os dias, das 16h00 às 19h00, no Lumiar, e tem o valor de 13€ por pessoa. Para além dos materiais, os participantes têm à disposição uma mesa recheada de snacks para irem aconchegando o estômago à medida que a tarde avança. Este é ainda um momento de celebrar a Taylor Swift e de conhecer mais swifties antes da The Eras Tour chegar a Portugal. As inscrições devem ser feitas através da página de Instagram da organização.

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Os swifties fazem as pulseiras da amizade à mão e trocam uns com os outros nos concertos de Taylor

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Que canções ouvir enquanto está a fazer as pulseiras?

A três semanas de Taylor atuar pela primeira vez em Portugal, não será errado dizer que os swifties têm dedicado as suas contas de Spotify e Apple Music à artista, e o The Tortured Poets Department é um sinal disso. Lançado a 19 de abril de 2024, começou logo a bater recordes 24 horas depois, tornando-se no álbum mais ouvido no Spotify num só dia. O anúncio foi feito pela plataforma no dia 20 do mesmo mês, que avançou ainda que a artista norte-americana bateu outro recorde: tornou-se a mais ouvida num só dia na história do Spotify.

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Posto isto, se os swifties têm passado dias de volta de mesas recheadas de missangas e pendentes a pensar em Taylor, é natural que a música ambiente para estes momentos seja o seu repertório musical. As opções são várias: podem passar três horas a ouvir e a assistir ao Taylor Swift: The Eras Tour – O filme-concerto, disponível na Disney Plus, e a antecipar como será o espetáculo esgotado no Estádio da Luz, escolher uma playlist que tenha as músicas que compõem a setlist do concerto ou viajar pelos 11 álbuns da artista e ouvir as favoritas. No entanto, há uma música obrigatória, e que deu de novo vida à tendência: You’re on Your Own, Kid.

Dicas extra

Feitas à mão, há truques para evitar que as pulseiras da amizade tenham de ser refeitas. Tal como os tutoriais, os fãs de Taylor têm partilhado vídeos de dicas para facilitar o processo de produção e também de troca de pulseiras nos concertos. Uma das sugestões mais práticas é ter cuidado para que não fiquem demasiado pequenas, ou seja, no momento da produção usar um maior tamanho de fio — é melhor que as pulseiras fiquem largas do que apertadas. Ainda no fio, há a opção de colocar verniz para que fique mais forte, e não correr o risco de se partir, e em vez de nós utilizar pequenas argolas e fechos, facilitando também a troca. Para os concertos, há também a sugestão de levar num pulso as pulseiras para troca e no outro as pulseiras com as quais se quer ficar.

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