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Se Serena Williams tivesse ganho a final feminina do US Open no último fim-de-semana seria o 24.º grande título da carreira da norte-americana. Mas as coisas não estavam a correr de feição para a atleta de 37 anos: Naomi Osaka, de apenas 20, filha de pai haitiano e mãe japonesa, que quando chegou aos EUA já Serena ganhava troféus, estava a ser melhor em campo que a sua ídolo. Na esperança de reverter a situação, Patrick Mouratoglou, treinador de Williams, começou a gesticular para dentro de campo para dar indicações à tenista. O gesto, proibido pelas regras, valeu a primeira de três advertências do árbitro português Carlos Ramos, a perda de estribeiras da atleta, numa sucessão de acontecimentos que acabou com a perda do jogo e a derrota final. Mas foi muito mais que isso. Foi o início de um novo debate sobre o sexismo no mundo do desporto. E de uma divergência entre os mais conhecidos defensores dos direitos das mulheres que chegaram a Portugal.
Serena Williams foi mal educada ou o árbitro reagiu com ela de forma diferente por ser mulher e não faria o mesmo se fosse um homem a falar-lhe no mesmo tom?
Comecemos pelos factos. Carlos Ramos, o árbitro português destacado para o jogo, é conhecido pelo seu rigor. Estava atento quando viu Serena receber indicações do treinador e deu a primeira advertência a Serena: estava a quebrar as regras do Grand Slam por coaching e se continuasse a fazê-lo seria penalizada. A tenista não gostou e apontou o dedo ao árbitro: “Fazer batota é coisa que nunca fiz na minha vida. Tenho uma filha e ensino-lhe a fazer o correto“. Ramos ignorou. O jogo prosseguiu, mas a vantagem continuava do lado de Naomi Osaka. Serena irritou-se, atirou a raquete para o chão e destruiu-a, voltando a ser advertida pelo comportamento.
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