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Marisa Cardoso

Marisa Cardoso

Retratos Improváveis: em conjunto, gritam com entusiasmo: “We Choose Earth!”

6 surfistas que fazem parte da EDP Surf for Tomorrow Team, uma iniciativa de formação que aposta em jovens talentos promissores para levá-los ao mais alto patamar do surf mundial. Fomos conhecê-los.

O EDP Surf for Tomorrow é um programa de alta-competição que reflete o compromisso da EDP com as gerações futuras, promovendo um estilo de vida saudável e contribuindo para a sustentabilidade e preservação do planeta. Os treinos decorrem em várias partes do mundo, permitindo que os atletas explorem algumas das mais emblemáticas paragens do surf mundial e se preparem para os desafios dos campeonatos. Treinados e orientados pela antiga dupla do World Tour, José Seabra e Tiago “Saca” Pires, através de um exigente programa de formação e acompanhamento, os atletas da equipa dispõem de todas as condições necessárias para competir em circuitos internacionais. Este ano, na sua quarta edição, a EDP Surf for Tomorrow Team tornou-se ainda mais inclusiva, dando as boas-vindas a Afonso Faria, atleta de surf adaptado.

Foi numa manhã cinzenta e chuvosa que os elementos desta equipa se reuniram na praia de Ribeira d’Ilhas, junto à Ericeira, onde se disputava o campeonato EDP Ericeira Surf Pro 2024, etapa portuguesa da WSL – World Surf League.

Houve tempo para conhecer um pouco melhor cada um dos seis protagonistas da equipa EDP Surf for Tomorrow, composta por três atletas espanhóis, todos do País Basco, e três portugueses. O “espírito de equipa” e a “elevada qualidade do surf praticado por todos”, foram duas das características mais vezes destacadas nas conversas que tivemos com eles, tal como as viagens em equipa para destinos paradisíacos do surf em todo o mundo.

Hans Odriozola e Kai Odriozola

16 e 18 anos, San Sebastian (País Basco, Espanha)

Hans consagrou-se este ano campeão mundial sub-16, no Brasil. Este ano, Kai garantiu a sua entrada no 1º WQS Sénior mundial.
Marisa Cardoso

O jovem Hans entrou para a equipa EDP Surf for Tomorrow juntamente com o seu irmão mais velho, Kai, depois de terem sido contactados por Tiago Pires, o responsável pelo programa. Na altura, tinha 13 anos. Hans explica que não tem treinador pessoal no País Basco, “só tenho o José Seabra [treinador do EDP Surf for Tomorrow], de resto, treino muito com o Kai”.

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Um dia normal na rotina de Hans começa com a ida às aulas. “Vou primeiro à escola e depois, à tarde, vou surfar. Normalmente, uma vez por dia, durante a semana. Ao fim de semana, entro mais vezes”. O surf ocupa lugar central na vida do jovem surfista basco, especialmente depois de ter passado a integrar o EDP Surf for Tomorrow e isso exige alguns sacrifícios: “antes andava de skate e fazia um pouco de snowboard, mas faço cada vez menos porque me sobra cada vez menos tempo por causa do surf”, conta Hans. A paixão pelo surf, no entanto, compensa e justifica todos os esforços. É, aliás, uma paixão que corre nas veias da família, o que explica que a iniciação de Hans na modalidade tenha acontecido há já muito tempo. “Os meus pais puseram-me numa prancha e empurraram-me, há já muito tempo [risos]. Tinha eu dois ou três anos, não me recordo”.

Hans elege o estágio com a equipa nas ilhas Mentawai, na Indonésia, como o momento mais marcante da sua participação no programa.

A rotina diária de Kai Odriozola é partilhada entre as aulas na faculdade e os treinos de surf. “Vivo em San Sebastian, onde nasci, e é lá que que faço surf a maior parte das vezes. Além de San Sebastian, costumo surfar também ao longo da costa basca, mas entro principalmente na praia dos Gros”. Os treinos específicos são feitos com o treinador José Seabra quando está com a equipa durante os estágios EDP Surf for Tomorrow.

Entrou para a equipa juntamente com o irmão Hans, depois de Tiago Pires ter enviado mensagem a convidar ambos para integrar o projeto. Kai Odriozola destaca a oportunidade de viajar pelo mundo como uma das grandes mais-valias do programa: “Do que mais gosto neste projeto é da oportunidade que nos dá para viajarmos, para melhorarmos o nosso surf, enquanto conhecemos novos lugares. A oportunidade de ir à África do Sul ou ao Hawai foi importante para evoluir enquanto surfistas.”

Da equipa EDP Surf for Tomorrow, destaca o espírito de união e camaradagem entre os elementos, além da qualidade que todos apresentam. “Somos cinco surfistas que se tornaram todos grandes amigos. Já nos conhecíamos desde antes de estarmos todos nesta equipa, no entanto, ficámos a conhecermo-nos melhor. Formamos um bom grupo. Aprendemos muito uns com os outros durante as viagens.”

Kai Odriozola destaca a oportunidade de viajar pelo mundo como uma das grandes mais-valias do programa.

Afonso Faria

26 anos, Cascais (Portugal)

Afonso conquistou o 1º lugar na categoria masculina prone 2 em Patin.
Marisa Cardoso

Afonso tinha 16 anos quando sofreu um grave acidente que resultou num traumatismo crânio-encefálico e que deixou mazelas permanentes. Como na altura já fazia o surf, o regresso à modalidade num formato adaptado tem feito parte não só da sua recuperação, como tem contribuído para que possa desfrutar de uma atividade que sempre o apaixonou. “Todo este trabalho e todo este esforço que se vai fazendo é também para que ele possa estar ativo e animado”, conta-nos o pai, José Pedro Faria, que também conversa connosco.

José Pedro aproveita ainda para ir acrescentando alguns elementos que ajudam a compreender a importância do surf e do EDP Surf for Tomorrow na vida de Afonso, começando por explicar a situação do filho. “Ele tem uma hemiparesia, que é uma paralisia lateral.” A metade esquerda de Afonso está paralisada. Porém, “o braço esquerdo e a perna esquerda funcionam”. A hemiparesia impõe grandes limitações e José Pedro conta que, depois do acidente de Afonso, “isto era tudo novo” para a família.

“Há muito poucas modalidades adaptadas a atletas com hemiparesia”, e enumeram, “o rugby, o basquetebol, por aí fora”. Nessas modalidades, o recurso à cadeira de rodas faz parte da adaptação do atleta. No surf, modalidade que desde sempre apaixona Afonso, é a prancha que se adapta. A escolha era óbvia.

Tudo começou com uma associação em Carcavelos de surf adaptado. Começaram a fazer experiências, mesmo contra as indicações dos médicos, que temiam que a água fria estimulasse contrações involuntárias dos músculos de Afonso, o que poderia ter consequências. Só que aconteceu o contrário: Afonso saía da água revitalizado, cheio de energia e, sobretudo, feliz. A vida deixara de ser só dores, o jovem surfista voltara a encontrar a alegria, fazendo aquilo de que mais gostava.

A entrada de Afonso Faria para a EDP Surf for Tomorrow, em 2024, veio facilitar a sua participação em eventos internacionais competitivos de surf adaptado, mas não só. “Eu gosto da equipa e de cada membro da equipa, porque são bem simpáticos. Acarinham-me muito.”

Agora é o próprio Afonso quem fala: “Antes eu não fazia surf profissionalmente, mas agora comecei a fazer. Sinto que é das poucas atividades que eu faço em que me posso sentir livre e que me traz também felicidade”. As rotinas de treino de Afonso incluem dois treinos semanais, com um treinador e com o irmão, Tiago. “Normalmente, entramos em Carcavelos”, conta Afonso, antes de gritar, com entusiasmo, “We Choose Earth!”.

Anette Etxabarri

16 anos, Zumaia (País Basco, Espanha)

Annette conquistou pela segunda vez consecutiva o título de campeã de europa júnior em Razo
Marisa Cardoso

“Vivo perto de San Sebastian, numa vila que se chama Zumaia, que fica ao lado de Zarautz, que é onde faço surf, normalmente.” Anette foi descoberta por Tiago Pires e José Seabra, que a convidaram para um scouting camp, um estágio onde os surfistas se mostram à equipa. As provas correram bem e Anette juntou-se à equipa em 2023.

No País Basco divide-se entre as aulas no colégio – “tenho 7 horas de aulas por dia” -, os treinos no mar e ainda as idas ao ginásio. “Se não tiver aulas, entro na água três vezes”, afirma.

Da experiência com a equipa, destaca as amizades que fez.

Guilherme Ribeiro

22 anos, Costa da Caparica (Portugal)

Guilherme Ribeiro conquista segundo título nacional da carreira

Os treinos de Guilherme são quase sempre perto de casa, nas águas da Costa da Caparica, mas o surfista diz que também entra muitas vezes na Ericeira e na Praia Grande, em Sintra.

Sobre os treinos com a equipa, explica que “não há um treino acompanhado durante o ano inteiro, temos antes estágios”.

“Fazemos três estágios ao longo do ano e, então sim, conseguimos estar todos juntos e fazer realmente semanas de treino.” Só entrou este ano para o EDP Surf for Tomorrow, mas conta que sempre desejou integrar o programa. “Identificava-me muito com o projeto, identificava-me com a maneira como eles trabalham.”

Guilherme Ribeiro chegou à equipa depois de ter participado com sucesso num estágio de captação realizado na Madeira no final de 2023.

Jaime Veselko

15 anos, Cascais (Portugal)

Jaime consagrou-se campeão nacional de sub-16 em Peniche.

Passava o verão na praia, com a mãe, que dava aulas de surf em Carcavelos, e terá começado a surfar “com quatro ou cinco anos”, diz. Tinha 8 anos quando começou a trabalhar com o treinador Manuel Gameiro e foi então que começou a levar o surf muito a sério. Conta que ao início nem sabia o que era treinar.

“Hoje sei que treinar serve para melhorar o meu surf, para procurar técnicas e maneiras de evoluir. Trabalho o aspeto físico, puxando por mim, e depois trabalho o lado mais técnico, em cima da prancha, a relação com a onda, a perceção de mar”.

Entrou para a equipa em 2023, depois do estágio de captação na Madeira, e destaca a viagem às piscinas e ondas no Texas como a experiência mais marcante com a equipa.

O EDP Surf for Tomorrow é um projeto que vai muito além de ser uma equipa de surfistas de excelência: é um grupo de jovens que se entreajudam com o seu espírito de equipa, partilhando uns com os outros os conhecimentos que os ajudam a progredir e a atingir patamares cada vez mais altos. É também um lugar onde alguns valores prevalecem, principalmente aquele que é o mote da equipa e assinatura global marca EDP responsável por este projeto – We choose Earth!” -, que se espelha no respeito pelo ambiente e na procura por um futuro sustentável. Além da vertente desportiva e competitiva, o EDP Surf for Tomorrow tem uma missão social que passa pela pedagogia e pela inclusão.

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