Desde o século XVI, pelo menos 680 espécies de animais vertebrados já foram extintas por causa da ação direta do ser humano, diz um relatório da ONU publicado no ano passado. Atualmente, cerca de um milhão de espécies animais e vegetais estão ameaçadas de extinção. E muitas podem desaparecer por completo da Terra nas próximas décadas.

São vários os fatores que contribuem para isto aconteça: a evolução natural leva ao desaparecimento de algumas espécies animais e vegetais, grandes desastres naturais já foram responsáveis por múltiplas extinções em massa ao longo da história do planeta e as alterações climáticas conduziram à extinção de várias outras espécies. Mas há muitos séculos que o ser humano deixou de ser só mais uma espécie à face da Terra, passando a ter um impacto decisivo sobre tudo o que acontece no planeta — e aquela que mais alterações provoca. A ciência estima que o ritmo natural de extinção das espécies tenha aumentado significativamente por causa da Humanidade e que as extinções estejam a acontecer a uma velocidade mil vezes superior do que seria natural sem interferência humana.

Apesar da dimensão do estrago causado e da irreversibilidade da extinção já sentenciada a centenas de espécies, em diversos lugares do mundo, centenas de organizações humanas dedicam-se à conservação de espécies em risco — quase sempre devido ao comportamento humano. Fazem-no quase sempre em contracorrente com as práticas habituais, e o sucesso das práticas de conservação depende da capacidade de envolver as comunidades locais no processo.

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