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Katherine Maher foi anunciada como sucessora de Paddy Cosgrave em outubro do ano passado
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Katherine Maher foi anunciada como sucessora de Paddy Cosgrave em outubro do ano passado

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Katherine Maher foi anunciada como sucessora de Paddy Cosgrave em outubro do ano passado

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Web Summit procura CEO (outra vez) após saída de líder sem tempo para deixar marca. Segunda oportunidade para Paddy?

Foi anunciada há três meses como sucessora de Paddy Cosgrave, mas agora surpreende com uma saída para a rádio pública americana, a NPR. Web Summit já procura um novo CEO.

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Caíram mal os comentários de Paddy Cosgrave sobre o conflito entre Israel e o Hamas, e não tardaria muito até que o irlandês caísse também. O fundador da Web Summit deixou a liderança cimeira em outubro do ano passado. Nove dias depois, a sucessora foi anunciada: Katherine Maher, também ela com um apelido irlandês, “obviamente”. A norte-americana estava no Dubai, à espera da descolagem do avião que a levaria de volta a Austin, Texas, quando viu as notícias da saída de Cosgrave.

Quando aterrou no destino tinha uma mensagem de um amigo do CEO da Web Summit. Queria saber se Maher estava disponível para falar. “Estavam à procura de um novo CEO”, explicou ao podcast Masters of Scale, avançando que conversou “inicialmente com Paddy e depois com o conselho de administração e a equipa executiva” para perceber, entre outras coisas, o nível de “autonomia e independência que teria”. Se o produto não lhe gerava quaisquer dúvidas — “A Web Summit é fantástica” —, a hesitação prendia-se com o facto de considerar que era “uma tarefa extremamente difícil” liderar uma organização colocada debaixo de um “holofote geopolítico”.

Ainda assim, aceitou o cargo e preparou-se em duas semanas para a estreia em Lisboa. Mas esta quarta-feira, três meses após a chegada, fez um anúncio inesperado: deixará de ser CEO da cimeira tecnológica no primeiro dia de março por ter recebido uma oferta “imperdível” da NPR, a rádio pública norte-americana.

No cargo há três meses, Katherine Maher sai da liderança da Web Summit em março

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Na mensagem de saída, partilhada na rede social X, antigo Twitter, garantiu que adorou “absolutamente” o tempo à frente da Web Summit. “Fiquei impressionada com o talento, a energia e, francamente, com as boas vibrações gerais da equipa e este apreço só tem aumentado a cada semana que passa”, salientou.

Embora “muito triste” por deixar a liderança da cimeira, Katherine Maher está “entusiasmada por contribuir de uma forma diferente”, uma vez que continuará a fazer parte da Web Summit enquanto líder não executiva do conselho de administração. Tem apenas mais um ponto a cumprir: participar na estreia da Web Summit no Qatar, uma tarefa que ainda herdou de Paddy Cosgrave. De acordo com a organização, o evento tem já mais de 12 mil participantes registados e o comediante Trevor Noah como um dos oradores principais.

O primeiro dia de Katherine Maher enquanto CEO da NPR, rádio que diz representar “muito daquilo” em que acredita, como a “importância das instituições cívicas” ou a “informação pública de alta qualidade”, será a 25 de março. Entretanto, sem que tenham sido adiantados mais pormenores, sabe-se que a Web Summit já começou “a procurar” o terceiro CEO em menos de seis meses, para “liderar a equipa de 300 pessoas a partir de 1 de março”.

Craig Becker, diretor de eventos, assume funções no conselho de administração

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Na mesma nota em que revelou que Katherine Maher passará a liderar a NPR, a Web Summit anunciou que Craig Becker, chief events officer que produz a cimeira desde 2012, foi escolhido para ser um dos novos diretores executivos do conselho de administração, assumindo o cargo deixado por Mike Sexton, chief marketing technology officer. Ao longo de 30 anos de carreira, Becker passou pelo “teatro, conferências e exposições, televisão, música e festivais, além de eventos de larga escala em todo o mundo, como Jogos Olímpicos de Verão de 2012, em Londres, os Brit Awards, os MTV Europe Music Awards e o aniversário da falecida Rainha” Isabel II.

De “ligar pessoas e ideias que mudam o mundo” ao adeus em três meses. Katherine, uma CEO só para Lisboa (e Qatar)?

A 16 de novembro, o último dia da Web Summit de Lisboa de 2023, Katherine Maher subiu ao palco principal da cimeira pela última vez para apresentar António Costa Silva, ministro da Economia, o responsável pela cerimónia de encerramento. Num breve discurso, que terminou com um “obrigada a todos” e um “vejo-vos em breve”, a empresária norte-americana disse que o evento passou “rápido” e que mal podia “esperar por voltar daqui a 360 e poucos dias”.

“Ninguém no país está acima da lei. Portugal é um país seguro”. O apelo de Costa Silva aos investidores no fecho da Web Summit

O que não vai acontecer. Pelo menos enquanto CEO. No ano passado, ao longo dos quatro dias que passou na cimeira tecnológica, ao contrário do que era comum acontecer com Paddy Cosgrave, não foi vista a passear pela Altice Arena. Limitou-se a surgir em palco, tanto no principal como nos secundários (como o “Women in Tech” ou o “Q&A”).

Foi precisamente no palco principal do Altice Arena que Katherine Maher se deu a conhecer aos que se deslocaram até Lisboa em novembro. Na cerimónia de abertura, no primeiro dia do evento, destacou que “todos têm direito a expressar-se acerca do que está a acontecer no mundo”, ainda que seja necessário “considerar o peso das palavras”, numa referência indireta à situação que levou à saída de Cosgrave. “Se não tivéssemos liberdade de expressão e direito para debater, os nossos palcos da Web Summit estariam vazios de ideias, desafios e mudança.”

“Todos têm direito a expressar-se” mas “o peso das palavras” conta. Na abertura da Web Summit, nova CEO não esqueceu o “desbocado” Paddy

Durante a intervenção, a futura CEO da NPR não ignorou o elefante na sala, que a ‘perseguiu’ ao longo dos vários dias: a demissão de Paddy Cosgrave, que descreveu como “desbocado”, tanto no palco como online. Depois, numa conferência de imprensa em que a maior parte das questões foram sobre o antecessor, afirmou que o irlandês deixou a liderança da Web Summit porque “estava a tornar-se uma distração para o sucesso do evento”. “A única coisa que ouvi sobre o Paddy foi que acha que estou a fazer um bom trabalho”, adiantou.

Questionada, nessa altura, sobre uma suposta proximidade com Paddy, que teria levado à rápida nomeação para o cargo de CEO, a responsável disse ter estado com Cosgrave “duas vezes na vida, uma no palco principal como oradora [em 2019] e outra na receção aos oradores”. Por isso, classificou como “ofensivo e misógino” o pensamento de que existia uma “relação pessoal” entre os dois.

“Paddy Cosgrave demitiu-se porque estava a tornar-se uma distração”, diz nova CEO da Web Summit

Numa curta passagem por Portugal (antes da Web Summit, quando conheceu o novo escritório em Lisboa e os trabalhadores), Katherine Maher teve reuniões com o ministro da Economia, António Costa Silva, e com o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas. Em entrevista ao jornal Expresso salientou que foram “boas conversas”: “Gostei da mensagem de compreensão de ambos, que me disseram que estavam a apoiar-nos a partir dos respetivos gabinetes. Reconhecem que a parceria com a Web Summit tem sido tremenda para Portugal e para a cidade de Lisboa.”

Ao contrário do antecessor, Maher mostrou-se mais ponderada nas declarações que foi fazendo ao longo dos dias de evento, em novembro

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Aquando da sua apresentação, em outubro, a responsável disse que tinha aceitado juntar-se à empresa por acreditar na missão de “ligar pessoas e ideias que mudam o mundo”. Posteriormente, em declarações ao Expresso, disse que só depois da cimeira de Lisboa poderia dizer quais eram as suas ideias e como poderia “moldar ou não este evento no futuro”.

Nos curtos meses em que foi CEO, Katherine Maher entrou num comboio que já estava em andamento – as operações da montagem da primeira Web Summit sem Cosgrave começaram ainda antes de a americana assumir funções. Não chegou a apresentar planos concretos para um evento que tivesse o seu cunho desde o início. Até a edição do Qatar, embora seja uma especialista no Médio Oriente, já estava em marcha antes de chegar.

É especialista no Médio Oriente e já mandou na maior enciclopédia do mundo. Quem é Katherine Maher, a nova CEO da Web Summit?

A oferta “imperdível” da NPR, que terá “aparecido do nada”

O comunicado da Web Summit é elogioso com a NPR, a rádio pública norte-americana onde Maher vai assumir funções em março. “Icónica instituição de media e “uma das instituições de media americana mais confiáveis” são alguns dos elogios.

A saída de Maher ao fim de apenas três meses na Web Summit é justificada pelos próprios valores da executiva: “O compromisso da carreira de Maher para com as instituições cívicas e a liberdade de informação tornaram esta oportunidade de servir a missão da NPR imperdível”, explica a empresa.

Contactada pelo Observador sobre a repentina saída, que vai acontecer logo no dia a seguir ao fim da estreia do evento no Qatar, a organização da Web Summit remete para o comunicado e para a própria publicação da norte-americana no X (antigo Twitter). De viva voz, Maher só falou com o novo empregador, numa conversa feita antes de o anúncio se tornar público. Explicou que o primeiro contacto com a NPR surgiu nos tempos de escola, em 2000, porque os pais ouviam esta rádio no carro. “Acho que não estaríamos aqui sentados a falar se não tivesse sido por aquele meu momento ‘driveway’, que era a ida para a escola todos os dias”, disse.

Já no X, atribuiu à rádio pública a responsabilidade de lhe “ter despertado a curiosidade” e colocado num caminho que a levou a estudar no Cairo, no Egito, ou a viver na Síria. “A NPR representa muito daquilo em que acredito”, acrescentou na rede social.

Apesar da curta estadia na Web Summit, a CEO demissionária garantiu ter “absolutamente adorado” a passagem pela empresa que organiza cimeiras tecnológicas. De qualquer forma, a saída de Maher não implica um corte completo, já que ficará no conselho de administração da empresa criada por Paddy Cosgrave.

Segundo uma fonte próxima do processo, que falou de forma anónima ao site norte-americano TechCrunch, a oferta do cargo na rádio terá “surgido do nada”, o que poderá explicar a passagem tão curta pela Web Summit. Internamente, a notícia terá sido comunicada aos funcionários no próprio dia e recebida com alguma surpresa, relatou a mesma fonte.

Desde que saiu da Wikimedia Foundation que a executiva norte-americana tem colecionado assentos em vários ‘boards’. Na entrevista à NPR, Maher disse que a entrada na rádio norte-americana implica a saída do ‘board’ de política externa do Departamento de Estado dos EUA, uma função que assumiu em junho de 2022.

O que Paddy (não) andou a fazer nos últimos três meses. Um regresso é possível?

Uma publicação acerca da guerra entre Israel e o Hamas, com a afirmação de que “os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados e devem ser denunciados pelo que são”, fez estalar a polémica. Seguiu-se o anúncio de um boicote por parte de Telavive, que contou com o apoio de gigantes tecnológicas como Google e Meta, à Web Summit de Lisboa. O controverso mês de outubro de Paddy Cosgrave culminou, no dia 21, com a decisão de deixar a liderança da cimeira.

Três dias antes, o empresário já tinha anunciado uma outra decisão: fazer uma “pausa” nas publicações no X, rede social em que era mais ativo e que utilizava, maioritariamente, para tecer críticas à política e imprensa irlandesas. A paragem durou cerca de um mês e meio. Paddy Cosgrave anunciou, no início de dezembro, que estava de regresso, agradecendo as “mensagens queridas de amor e apoio”.

Desde então, além de voltar a tecer críticas ao poder político da Irlanda e de ter partilhado uma citação de Martin Luther King Jr (“A escuridão não pode afastar a escuridão: apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio: só o amor o pode fazer”), fez somente uma menção à Web Summit, quando visitou os escritórios da empresa. “Foi ótimo passar pela sede da Web Summit e ver toda a gente. Imensamente orgulhoso de toda a equipa.”

O antigo líder da cimeira tecnológica não voltou a escrever sobre a guerra entre Israel e o Hamas, mas uma publicação do programador Paul Graham sobre o conflito mereceu a sua partilha. “Então, basicamente o Paddy Cosgrave foi cancelado por levantar a questão que agora está a ser considerada pelo Tribunal Internacional de Justiça”, escreveu o também investidor de startups, no X, no passado dia 11 de janeiro.

No Instagram, onde tem menos seguidores (cerca de 11 mil, em contraste com os quase 95 mil que tem no X) e sempre partilhou mais imagens de família, tem publicado, desde a demissão, maioritariamente fotografias de um dos filhos, o mais novo, e a paisagem de Donegal, na Irlanda. Apesar de estar relativamente ausente das redes sociais e da vida pública, a saída de Katherine Maher da liderança da Web Summit voltou a colocar as atenções em Paddy Cosgrave.

O irlandês Business Post, que partilhou um artigo de análise à saída da CEO, escreve que desde a nomeação de Katherine Maher que circulavam rumores de que a norte-americana era uma escolha temporária, apenas para acalmar o turbilhão que se instalou. Especulava-se também que Paddy Cosgrave — que é acionista maioritário da Manders Terrace, que controla a Web Summit, detendo uma participação de 81% — planeava regressar quando a polémica com Israel já tivesse acalmado.

Esses rumores, de acordo com o mesmo jornal, foram sendo negados por pessoas ligadas à empresa, mas persistem. Por isso, apontou, existem expectativas de que Paddy Cosgrave possa, eventualmente, estar a ponderar um regresso e é “provável” que tenha sondado ou esteja a sondar “as opiniões dos funcionários mais antigos”.

Em novembro, na véspera daquela que seria a primeira Web Summit em Lisboa sem a presença de Paddy Cosgrave, um outro jornal irlandês, o Irish Independent, escrevia que seria “difícil ver um regresso” do empresário “a curto prazo”. Ainda assim, não excluía a possibilidade de um retorno, pelo menos ao “negócio das conferências tecnológicas”.

A Web Summit remete o Observador para o comunicado divulgado esta quarta-feira, com o anúncio da saída de Katherine Maher, optando por não comentar se o regresso daquela que outrora foi a figura principal do evento é uma possibilidade.

Maher está habituada a cargos complexos, mas nega que NPR esteja “em crise”

A executiva norte-americana vai assumir funções de liderança numa área onde nunca trabalhou. Embora ao fim de sete anos na Wikimedia Foundation tenha falado frequentemente sobre a liberdade de informação e a necessidade de existirem fontes credíveis, nunca teve cargos nos media, com uma componente tão forte de informação. A estreia vai acontecer num ano de eleições presidenciais nos EUA, o que promete adicionar mais pressão às funções.

A sede da NPR, em Washington, nos EUA

SAUL LOEB/AFP/Getty Images

No anúncio, a NPR destacou as capacidades em captar financiamento da futura CEO, recordando a altura em que esteve na entidade que controla a Wikipédia e arrecadou apoios de 140 milhões de dólares para a maior enciclopédia do mundo. Embora a estação seja financiada através de patrocínios e investimento federal, que serve para apoiar determinados conteúdos e serviços em antena, também tem nos donativos dos ouvintes uma fonte de receitas. Em 2022, a NPR recebeu um total de 41,9 milhões de dólares em contributos (entre patrocínios, taxas de programação e donativos).

Fundador da Wikipédia: “Comissão Europeia provavelmente vai ser bem sucedida a tornar a Europa irrelevante na tecnologia”

Maher vai substituir John Lansing, de 66 anos, um veterano do mundo do jornalismo e dos media, que anunciou no último outono os planos para a reforma. Aos 40 anos, é bastante mais nova que Lansing, mas pela falta de experiência, Maher disse que vai precisar de tempo “para realmente compreender a redação e para ser capaz de aprender como o trabalho funciona”.

Numa entrevista ao podcast de liderança Masters Of Scale, no final de novembro, Maher explicou que, quando lhe foi feita a proposta para liderar a Web Summit, procurou perceber se estava a entrar numa “empresa em crise ou numa companhia a passar por uma crise”. “Já tinha visto ambas, já tinha trabalhado em ambas. E, na segunda, entra-se em algo que tem uma estrutura razoavelmente sólida e resume-se a isso: como é que se sai daquele momento?”, disse no programa.

Após alguma análise, explicou que percebeu que “era um produto sólido” e que “era algo em que queria embarcar”. Dá, ainda assim, a entender que teve algumas dúvidas devido à confusão em torno das declarações de Cosgrave, mas que o facto de ter “passado muito tempo no Médio Oriente” lhe terá dado alguma confiança para assumir as funções.

Ficará no cargo até 1 de março, para assegurar a Web Summit do Qatar, que decorre de 26 a 29 de fevereiro

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Na NPR, não vai ter uma crise de reputação para gerir, mas sim uma preocupação com as receitas em queda. Ainda a dois meses de chegar à rádio norte-americana, já afirmou não considerar que seja uma “instituição em crise”. No entanto, terá desafios para gerir, incluindo uma força de trabalho mais reduzida e a necessidade de nomear um líder para a área de informação.

Com o mundo dos media em mudança, em fevereiro de 2023, a NPR anunciou o despedimento de cerca de 100 pessoas, o equivalente a cerca de 10% do total de trabalhadores. Na altura, John Lansing justificou os despedimentos com a queda das receitas de publicidade, avisando na altura que o mercado publicitário “não estava a dar sinais de recuperação”. Antes de avançar para os despedimentos, Lansing já tinha praticamente congelado as contratações, as viagens e ainda os estágios, indicou a NPR numa notícia da altura. No mesmo momento, também foram cancelados quatro podcasts.

Quando abandonar a Web Summit, Katherine Maher ficará com um curto legado de quatro meses para deixar ao sucessor ou sucessora. Quem vier a seguir terá de assegurar pelo menos dois eventos num curto espaço de tempo: a Web Summit do Rio de Janeiro, em abril, e a Collision, a “irmã” da Web Summit, em Toronto, no Canadá, em julho.

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