Uma publicação de Instagram partilhou uma suposta notícia da G1 [portal de notícias da rede Globo, do Brasil], no passado dia 6 de novembro, com o seguinte título: “Alckmin [vice de Lula da Silva] diz que, por motivos financeiros específicos, a taxação do pix é algo extremamente necessário para o crescimento económico brasileiro.” Apesar de o título curioso e alarmante, o autor não partilhou o link da suposta notícia. Trata-se, no entanto, de uma publicação já desmentida e, por isso, completamente falsa.

Publicação viral alega que governo de Lula quer taxar aplicativo financeiro no Brasil. É falso.

Além do título da alegada notícia (e da sua imagem), mais nenhuma informação relevante é apresentada. É necessário procurar no site da G1 por notícias semelhantes, mas o resultado é sempre o mesmo: inexistente. A única notícia que fala sobre o tema é um desmentido do próprio órgão de comunicação social do Brasil. “O G1 não publicou reportagens nem com este título nem com este conteúdo.” A própria equipa de assessores de Alckmin desmentiu à G1 qualquer intenção de taxar o PIX.

Convém também explicar o que é, então, esta ferramenta tecnológica. É, de facto, muito semelhante ao Mbway: um modo de transferência bancária, feita de forma instantânea e utilizada via aparelhos eletrónicos, sendo oferecido pelo Banco Central do Brasil. Foi lançado em 2020, o seu uso já conseguiu superar o do cartão de débito e de crédito, relativamente ao número de transações. Ainda assim, não é pública a intenção de Lula da Silva em taxar esta aplicação.

Conclusão

O G1 nunca noticiou uma suposta intenção do Presidente eleito do Brasil de taxar a aplicação de transferências financeiras semelhante ao MBWay em Portugal. A imagem resulta de uma manipulação de um artigo verdadeiro daquele meio de comunicação brasileiro.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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