Entre as várias opções já familiares para os utilizadores da Uber, há uma opção em que é possível pagar por um “companheiro de caminhada” na aplicação. A alegada captura de ecrã está a ser partilhada nas redes sociais acompanhada da frase “CEO da Uber: como é que fazemos lucro? Estagiário: Imagina a Uber mas sem carros”.

No post em análise, o autor partilha aquilo que seria um print screen do ecrã no momento em que estaria a utilizar a aplicação da Uber. E aquilo que se vê é que, além dos serviços habituais disponibilizados pela plataforma de transporte de passageiros — ou seja, um carro para quatro pessoas exclusivamente para um utilizador; e um carro na opção “pool”, em que vários utilizadores podem partilhar a viagem e, assim, reduzir o custo da viagem — haveria uma terceira opção: a “walking buddy”, ou “parceiro de caminhada”.

Este suposto terceiro modelo de viagem teria um custo de 7,5 dólares (sensivelmente o mesmo preço em euros). O que significa que seria sete vezes e meia mais barata que a primeira opção (viagem exclusiva, com um custo de quase 58 dólares) e quatro vezes e meia mais barata que a opção “pool”.

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Problema: esta opção simplesmente não é disponibilizada pela plataforma. Uma pesquisa mostra que o primeiro registo desta imagem na internet é de 2020, e que a própria Uber já brincou com esta opção de “companheiro de caminhada” na página oficial da plataforma no Twitter.

À Agência de notícias Reuters o porta-voz da Uber, Conor Ferguson, afirma que a captura de ecrã que está a circular na internet é falsa.

Conclusão

É falso que a Uber tenha adicionado à aplicação uma opção para pagar por um “companheiro de caminhada”. A empresa já brincou com essa possibilidade e um porta-voz desmentiu a captura de ecrã que está a circular nas redes sociais desde 2020.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:


ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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