Várias publicações no Facebook mostram imagens alegadamente retiradas de um vídeo “de apenas cinco segundos” que mostrariam o “chamado perigeu” lunar e onde era possível perceber, dada a proximidade da Lua, “a grande velocidade a que a Terra se movimenta”. O vídeo original, com mais de 20 milhões de visualizações, já tinha dado origem ao boato que circulou inicialmente em maio, no Brasil, mas voltou agora a circular.
A criação de um artista no TikTok foi rapidamente deturpada e amplificada por ocasião da segunda superlua deste ano, a 26 de maio. Basta aceder ao perfil na rede social do artista de computação gráfica para encontrar também vídeos de aviões a sobrevoarem a pista de um aeroporto em posição invertida, dois astronautas na lua a assistir à explosão da Terra, ou um vídeo onde é possível “tocar” num dos anéis de Saturno.
@laryloo
Tudo imaginação, tudo criatividade do artista que se identifica no TikTok como “aleksey__nz“. A ideia da lua próxima da Terra não é, aliás, inédita seguindo a sugestão de um vídeo — também viral — criado em 2013 que procurava recriar o que seria possível ver da superfície terrestre caso a Lua estivesse à distância da Estação Espacial (algo, ainda assim completamente impossível).
A última superlua do ano e um dos eclipses lunares mais curtos da história. Veja as imagens
Conclusão
As imagens partilhadas foram retiradas de um vídeo realizado por um artista visual, que faz manipulação de vários cenários irreais. Ainda assim, a coincidência com a existência de duas superluas este ano levou a que a partilha das imagens fosse realizada milhares de vezes, acreditando os utilizadores das redes sociais que se tratavam de imagens raras, reais, captadas em poucos segundos.
Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.