No passado dia 11 de março, o navio NRP Mondego começou a fazer parte da agenda mediática, depois de 13 militares se terem recusado a embarcar nele, alegando falta de condições de segurança. 

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Nas redes sociais estão a circular alguns vídeos do interior de uma embarcação, que os utilizadores dizem ser o navio em questão, onde são visíveis as fracas condições da estruturaCanos corroídos, material danificado e até inundações são alguns dos problemas colocados em evidência.

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Fica a dúvida: serão de facto estas imagens referente ao navio Mondego, no qual os 13 militares se recusaram a embarcar? Não. E a resposta chegou precisamente pela voz do Chefe do Estado-Maior da Armada.

Em declarações aos jornalistas na Madeira, no NRP Mondego, onde se deslocou no dia 16 de março para visitar a embarcação e onde teceu duras críticas à recusa de metade da guarnição para executar a missão, o almirante Gouveia e Melo foi precisamente questionado sobre este vídeo que está a circular nas redes sociais. E a resposta foi a seguinte:

“Esse vídeo tem, no mínimo, um ano e meio, e não é deste navio. Alguém anda a propalar esse vídeo com uma intenção e com um objetivo. Não é deste navio esse vídeo!”, respondeu o Gouveia e Melo, que acrescentou mais alguns detalhes sobre as imagens partilhadas.

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“O que aconteceu a esse navio do vídeo — é uma corveta, a António Enes — foi que o encanamento, com a água sob pressão, rompeu. Enquanto não repararam o encanamento, a água caiu para o chão. Não pôs em causa a estanquidade do navio, nem era um problema grave”, esclareceu ainda o Chefe do Estado-Maior da Armada.

Conclusão

As imagens que circularam nas redes sociais e que mostram uma embarcação com fracas condições são reais, mas não correspondem ao navio NRP Mondego. O Chefe do Estado-Maior da Armada já esclareceu que o vídeo foi gravado na corveta António Enes, há pelo menos um ano e meio.

Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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