A coligação PSD-CDS não chega aos 28% dos votos e o PS é o vencedor da noite com 31,4% dos votos, não se confirmando, contudo, uma larga vantagem dos socialistas em relação ao segundo classificado. Tudo por causa da dispersão de votos à esquerda.
Marinho e Pinto, o cabeça de lista do MPT, conseguiu elevar este partido a um resultado histórico, 7,1% dos votos. A CDU também reforçou a votação, ao atingir os 12,6%. Já o BE, que tinha eleito em 2009, três mandatos, só consegue manter em Bruxelas a cabeça de lista. Rui Tavares, que criou o partido LIVRE, não conseguiu ser eleito.
A taxa de abstenção chegou aos 66,1%.
Logo início da noite, RTP e SIC tinham colocado a coligação PSD/CDS abaixo dos 30%, com projeções que admitiam a hipótese de Marinho e Pinto conseguir mais do que a sua própria eleição para Bruxelas – fazendo eleger o segundo eurodeputado do MPT. O Bloco de Esquerda, de resto, apareceu em quarto lugar em todas as projeções, sempre abaixo do MPT. Já a CDU, podia até duplicar os eleitos, chegando aos quatro, o que não veio a confirmar-se. “Quero contar primeiro os votos e ver quantos mandatos definidos e depois falarei”, dizia Marinho e Pinto, a surpresa da noite.
Para o PS, a vitória soube a pouco (teve apenas mais 123 mil votos do que coligação PSD-CDS) e faz tremer a atual liderança uma vez que António Costa já lançou um aviso a Seguro. PSD e CDS ficaram abaixo dos 30% mas agarram-se à elevada abstenção e à distância curta em relação ao PS para resistir – prometem – até ao fim da legislatura. Os votos brancos e nulos, por seu lado, atingiram os 7,4%, o que significa 245 mil votos, um número superior ao conseguido por Marinho e Pinto.
Aqui pode ver os resultados detalhados no território nacional. E comparar com os resultados gerais de 2009, que foram bem diferentes.