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Para cobrir os Jogos Olímpicos no Japão, o editor de Desporto, Bruno Roseiro, tem de levar um computador, claro; um telemóvel, como é evidente; e roupa para 22 dias, como não podia deixar de ser. Mas, este ano, isso não é suficiente. O Bruno, que parte no domingo, precisa ainda de levar no smartphone uma app muito parecida com a nossa StayAway Covid; na carteira, dois testes negativos feitos um com 96 horas e outro com 72 horas de antecedência, acompanhados de uma minuta especial exigida pelo governo japonês; e na mala um livro de regras para jornalistas com dezenas de páginas. |
Quando chegar a Tóquio, vai ter de esperar quatro a cinco horas e circular por um corredor especial destinado a quem chega ao país para os Jogos — sejam atletas, treinadores, oficiais, organização ou jornalistas — e que garante que vão diretos para os hotéis, sem paragens ou desvios pelo caminho. |
Os hotéis também foram um problema. Depois de terem sido feitas reservas, a organização dos Jogos proibiu que os jornalistas ficassem em alguns hotéis e obrigou a remarcações, com o objetivo de fechar ao máximo a bolha por onde os estrangeiros circulam — sendo que as despesas com essas trocas foram todas assumidas pelos organizadores. |
Quando finalmente chegar ao hotel, o Bruno vai ter de ficar três dias em quarentena. Mas vai ter alguma companhia: no quarto, receberá todos os dias alguém que recolherá amostras para um teste; no lobby, terá um segurança que se certificará que ninguém sai durante esse período de isolamento. |
Já acabou? Não, não acabou. Depois de tudo isto, vai ser ainda preciso fazer testes de quatro em quatro dias. E falta ainda um detalhe: sim, o Bruno Roseiro vai para Tóquio já vacinado. |
Como é evidente, tudo isto vale a pena. A partir de dia 23, o Bruno vai dar-lhe muitas notícias. |