Quando li notícias de não se conseguir ‘raciocinar, argumentar e relacionar conceitos’ cogitei para com os meus botões (ou fecho-éclair, que vai dar ao mesmo) ‘querem ver que fizeram um estudo sobre os participantes adultos das redes sociais?’ Mas não, tratava-se da análise dos resultados das provas de aferição dos vários ciclos.
Que, não por acaso, é tema que me interessa. No ano passado o filho mais novo fez a prova de aferição do segundo ano (que é uma nervoseira perfeitamente escusada para miúdos de sete anos, mas deixemos isso por agora) e o mais velho a do quinto ano.
A criança mais velha já está em modo de autogestão, é bom aluno sem precisar de estudar para isso e eu só intervenho para boicotar as sugestões dos professores de que passe mais tempo a estudar para tirar ainda melhores notas. Neste ponto particular socorro-me de Jorge Sampaio e digo-lhe que há vida além do estudo. Entre pô-lo a estudar para passar de um oitenta para um noventa por cento, ou comprar-lhe livros para ler sobre os assuntos que lhe interessam (desde uma tradução em segunda mão do Freedom at Midnight da dupla Collins e Lapierre vinda do Brasil – por cá nunca ninguém se lembrou de traduzir – até aos recentes volumes dos Romanov do Simon Sebag-Montefiore), prefiro de longe a última.
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