Durante esta pandemia, que teima em não terminar, foram e são muitos os negócios que alicerçam as suas estratégias de negócio no digital, como se de um bote de salvamento se tratasse. Se antes era importante uma empresa ter uma presença digital, atualmente é uma obrigatoriedade, sob pena da organização passar despercebida entre a multidão, de não chegar ao público certo, de não tirar partido da vantagem competitiva que as soluções e ferramentas digitais promovem.
Cada vez mais tem havido uma mudança de paradigma e as organizações começam a compreender que não basta estar presente nas plataformas. É necessário criar uma proposta de valor que conviva com o digital, que encurte as distâncias, que, sendo agora virtuais, são mais pequenas do que as físicas. Precisamos de propostas que permitam custos de aquisição de clientes mais otimizados, que permitam alcançar um número maior de consumidores, pensando localmente e agindo globalmente.
São vários os casos de organizações, nacionais e internacionais, que se adaptaram durante o cenário pandémico. Por cá, podia referir-se a campanha que a Fnac está a levar a cabo, com uma parceira inusitada, a Uber Eats, que agora, além das suas conhecidas refeições, distribui também livros. Um outro exemplo de sucesso de adaptação de canais tradicionais para o digital é o da URBA, uma organização de desenvolvimento urbano do setor imobiliário, que durante a crise do apelidado coronavírus conseguiu um aumento de 180% de oportunidades e um crescimento de 110% no número de vendas, através da implementação de estratégias assentes no ecossistema digital.
Seja por que motivo for, esta adaptação apesar de ter sido (re)forçada pelo vírus, não irá desaparecer com ele. O marketing digital está em forte expansão e apresenta vantagens e resultados que vão muito para além do tradicional marketing de Philip Kotler.
Ter uma presença online é o starting-point para colocar as organizações no radar dos seus consumidores. Não se pode esquecer, que quando um utilizador deseja procurar informação sobre um produto ou serviço, o seu recurso primário é a internet e as redes sociais. É preciso, por isso, ter uma presença online forte e que exprima a essência da marca, que desperte reações, que atraia novos públicos, que estabeleça relações, que trabalhe a fidelização, que adeque o seu conteúdo e a informação ao funil de vendas, que faça a marca ganhar autoridade face à sua concorrência. Para além disto, o tecido empresarial está a ficar cada vez mais competitivo e o investimento no digital é uma necessidade tanto para empresas e marcas de grande relevo como para pequenos negócios, pois permite que estes se destaquem utilizando ferramentas de baixo custo, acessíveis à maior parte de nós.
O marketing digital veio para ficar, e cada vez mais, o marketing tradicional não é o suficiente. O sucesso reside no uso dos dois, integrados num plano tático, em uníssono, quase um duo, para se conseguir contornar este cabo das tormentas chamado Covid-19.