Já passou mais de um mês desde que a Comissão Independente (CI) apresentou, a 13-2, na Fundação Calouste Gulbenkian, o seu relatório final. Desse trabalho, constou existirem 100 sacerdotes católicos, no activo, suspeitos de pedofilia. Como respondeu a Igreja portuguesa a este inquietante prognóstico?
Antes de transcrever a resposta de todas e cada uma das dioceses portuguesas, há que recordar o que o Papa, muito a propósito, disse na sua mensagem do passado dia 3. Segundo Francisco, pedir perdão é necessário, mas não chega, porque é preciso centrar a questão nas vítimas, na sua dor, nos horrores que sofreram. Por isso, não se pode esconder a tragédia dos abusos, que também acontecem nas famílias e outras instituições. A Igreja tem de ser exemplar no apoio espiritual e psicológico às vítimas. É neste sentido também o comunicado do passado dia 14, do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, em perfeita sintonia com o Santo Padre.
Um mês depois da apresentação do relatório da CI, é possível concluir que a estimativa de 100 padres, no activo, alegadamente pedófilos, não corresponde à realidade, segundo as respostas das dioceses ao relatório da CI e do site Actualidade Religiosa, de Filipe d’Avillez, possivelmente o jornalista melhor informado sobre esta matéria.
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