Hoje, aos 22 anos de idade, licenciado em Psicologia e estudante no mestrado, olho para o presente com a certeza de que o futuro não será em Portugal, aliás cada vez mais tenho a dúvida se é a Portugal que quero entregar o futuro de um dos jovens da “geração mais qualificada de sempre”. A um país que pouco ou nada faz para me fixar nele.

A impossibilidade de viver com um salário que um jovem recebe neste país, com rendas absolutamente insustentáveis, e a impossibilidade de constituir família ou viver fora da casa dos pais cada vez mais me entra olhos a dentro.

Mas de que serve falar nestes problemas em debates quando os jovens não dão vitórias legislativas?

Aparentemente distorcer propostas rivais, aumentar o salário mínimo sem equacionar a inflação ( problemas de amanhã não é verdade), aumentar pensões, investir dinheiro dos portugueses na TAP até não se ver fim à vista dá maiorias absolutas em Portugal.

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Se ao menos o socialismo trocasse as palavras “dar, aumentar” por “jovens, futuro” a minha esperança sobreviveria, mas como este fenómeno chamado emigração jovem já vem do passado e o socialismo ocupou 20 dos 26 anos dele, a minha esperança reduz-se a pouco ou nada.

Aparentemente “votar” no mesmo para obter resultados diferentes não é assim tão parvo. Se calhar Einstein, um dos homem mais brilhante de sempre, esteve este tempo todo enganado e nós, peritos em endividamento público, vamos provar-lhe o contrário.

Viver no conformismo e na miséria já conhecida sempre é melhor do que viver sonhando com um futuro impossível de imaginar. Sonhar dá muito trabalho e por cá é mal pago. Uma coisa é certa, se o meu futuro for fora de Portugal na TAP não voarei.

A opinião de apenas mais um da geração “mais qualificada de sempre”.