Hoje assistimos a mais um golpe de mestre. O feiticeiro à beira de ter a maior baixa na sua equipa, lança do maior feitiço e zás, já está!

Uma Europa sem rumo ou liderança. Um Presidente do Eurogrupo que é destratado pelos seus pares. O país a lutar contra uma pandemia. Um Governo que não comunica entre si. Um primeiro-ministro a afirmar no Parlamento sem saber a matéria de que fala. Um Ministro das Finanças a desmentir um primeiro-ministro. E o que faz o primeiro-ministro? Apoia a recandidatura do actual Presidente da República.

Diversão e política, quando se pedia Sentido de Estado e Responsabilidade.

As eleições presidenciais de momento estão como as educadoras de infância. A tentar perceber como vão manter as distâncias higiénicas no regresso às aulas. Quero dizer no regresso à política.

No entanto se talvez não seja demasiado cedo para o regresso às aulas, estou profundamente convicto que é demasiado cedo para o regresso à velha política.

Este é o tempo de pensar que a linha de crédito de apoio à economia está esgotada vai para uma semana e ninguém se preocupa com isso.

Que estão milhares de empresas à espera de uma resposta da garantia mútua e não temos respostas.

É o tempo de pensar em preparar o novo ano letivo, preparando planos de contingência para uma potencial segunda vaga no inverno.

É o tempo de pensar como podemos apoiar o nosso turismo este verão, se é que teremos verão.

É acima de tudo o tempo de pensar mais no nosso país do que na política e deixem-me que vos diga que de momento é Rui Rio quem tem sido um bom exemplo. Apesar de não concordar com ele em muitas coisas, tem sabido estar à altura do momento.

Centremo-nos, pois no país. E deixemos as eleições presidenciais para mais tarde, se trabalharmos juntos agora, não faltará tempo para o país nos ouvir, mas se falharmos agora, de nada adiantará falar nessa altura.

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