O activismo feminista/marxista não dá descanso às mulheres. A narrativa não muda, os mitos são os mesmos desde mil-novecentos-e-troca-o-passo e o ensino, do pré-escolar à universidade, apresenta o feminismo como «movimento libertador» de «emancipação da mulher» que «defende a igualdade de direitos para a mulher», blá, blá, blá. O feminismo é matéria incontornável, mas isso não devia escancarar as portas da Escola à militância feminista, político/partidária, de esquerda, que vigia, criminaliza, pune e discrimina todos os que não concordam com os seus pressupostos ideológicos.
A Escola não pode continuar a violar o art.º 43.º da Constituição da República Portuguesa e a ser palco para o marxismo cultural e para a revolução sexual, que persistem em vitimizar as coitadinhas das mulheres «oprimidas» e em diabolizar os malvados dos homens «opressores».
Os nossos rapazes não podem continuar a ser vítimas de bullying, na Escola, onde são constantemente rotulados de: «carrascos das mulheres», «opressores», «violadores em potencial», que devem ter prazer em ver a sua masculinidade desconstruída e o seu desejo sexual e o seu jogo de sedução criminalizados. Não, não estou a exagerar. De acordo com o cânones do feminismo, vertidos nos guiões de género e cidadania e constantemente repetidos pelas muitas associações lgbt+ e CIA, que entram livremente nas escolas para endoutrinar os alunos, os rapazes (caso não se identifiquem com uma das letras do abecedário colorido), no sentido de odiarem a sua «masculinidade tóxica» e de militarem ao lado das feministas em favor da sua própria destruição. Tudo isto, claro, só se aplica ao homem branco Ocidental, pois a Oriente, onde as mulheres são de facto oprimidas e não têm quaisquer direitos, está tudo bem e recomenda-se.
As nossas meninas também não podem continuar a ser presas fáceis de feministas militantes e a ter a mente lavada, contra o homem, o casamento e a família, nem serem obrigadas a militar no feminismo. Actualmente, muitas meninas, atraídas pelo feminismo desde a mais tenra idade, acreditam que vivem numa sociedade patriarcal, machista, opressora, e que têm uma grande dívida de gratidão ao movimento feminista.
Isso não é verdade. A Escola, por exemplo, tornou-se acessível a toda a população – homens e mulheres – por causa da Igreja, muito especialmente após a Reforma Protestante. Não é por acaso que os países de maioria protestante são os mais alfabetizados. Isso é um facto histórico. Portanto, o ensino para as mulheres não é uma conquista do feminismo, mas sim de uma Instituição que as feministas odeiam e combatem, a Igreja.
E o direito ao voto?
Sobre o direito ao voto, a história também está mal contada. Já pesquisou quais eram as condições para os homens votarem? Não, não bastava ser homem. Era preciso, por ex., ter o serviço militar obrigatório completo, algo que as mulheres nunca foram obrigadas a fazer. E, já agora, sabe quem foi Borges de Barros? Foi o primeiro homem a pedir o direito ao voto para as mulheres, em 1822, neste cantinho à beira-mar plantado.
E a liberdade sexual?
As feministas sempre quiseram a «liberdade» sexual que, segundo elas, era permitida apenas aos homens, mas nunca aceitaram a responsabilidade de uma vida sexual libertina. Por isso, o aborto tornou-se um objectivo urgente, e matar os filhos, no ventre, passou a ser o meio para um fim. O feminismo é a perversão e subversão da própria mulher e o meu intuito, neste artigo, é desmascarar um dos mitos que prevalece e que, recentemente, voltou a ser noticiado com pompa e circunstância: As mulheres ganham menos do que os homens. Aliás, há até feministas a insurgirem-se contra o «facto» de que as mulheres não só ganham menos do que os homens como pagam mais pelo seguro de vida e pelos cortes de cabelo.
Parece tão injusto, não parece? Mas, será que o é?
Sobre os cortes de cabelo, creio que nem preciso tecer comentários, mas as mulheres pagam mais pelo seguro de vida devido a um facto indesmentível: elas vivem mais tempo do que os homens. Apesar de o título da notícia vir carregado de viés ideológico, a verdade é que «em média, os homens podem esperar viver até aos 78,05 anos, enquanto as mulheres têm 83,52 anos de esperança média de vida».
Existe também uma explicação razoável para o facto de, em comparação aos homens, as mulheres ganharem menos 13,2% .
As contas feitas pelas feministas compararam os ganhos de todos os homens que trabalham pelo menos 35 horas por semana com os de todas as mulheres que trabalham 35 horas ou mais. Elas não se dão sequer ao trabalho de analisar se eles têm mais anos de serviço do que elas, se são mais qualificados, se fazem exactamente o mesmo trabalho, as condições de trabalho e os riscos que, normalmente, são maiores para os homens, se eles fazem mais horas extra do que elas ou se eles faltam menos ao serviço.
Quanto aos riscos, os números são claros: «Os acidentes de trabalho são mais frequentes e graves no sexo masculino, não só devido ao tipo de tarefas que existem nos postos assumidos predominantemente por este género, mas também devido à personalidade e influência da sociedade e cultura que, geralmente, incentiva mais neste contexto a necessidade de desafiar o perigo e/ou ser mais aceitável não cumprir as regras». (Não sei se os autores do estudo estão a insinuar que as mulheres são todas muito obedientes, ou se querem apenas arranjar desculpas para o facto de os homens sofrerem mais acidentes de trabalho, mas o facto é que os dados não mentem.)
Resumindo: Retirada do contexto da vida real, a estatística, sobre a «diferença salarial» entre homens e mulheres, é grosseiramente enganosa, pois essa aparente diferença não nasce de qualquer discriminação, mas sim de diferentes escolhas de vida.
A «diferença salarial entre ambos os sexos» nada mais é do que o reflexo da liberdade de que as mulheres usufruem, que não só lhes permite escolher a educação e a ocupação que desejam como um ambiente de trabalho e um horário que se encaixem nas suas necessidades e desejos. Sob essa perspectiva, a disparidade salarial é algo a ser celebrado, não lamentado.
Um estudo realizado pela CIG [Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género] reconhece que «as mulheres trabalham profissionalmente, em média, menos horas do que os homens». Ou seja, as horas trabalhadas, por si só são responsáveis por pelo menos metade da diferença salarial. Isso, sem falar em variáveis adicionais como: experiência, sector e nível de cargo e também de factores mais difíceis de mensurar, como horários de trabalho flexíveis e benefícios generosos que as mulheres tendem a valorizar mais do que os homens. Afinal, qual é o homem que tem direito a faltar justificadamente ao trabalho, sem perda de direitos, caso sofra de dores incapacitantes? E a tal da licença menstrual, que pode ser aprovada a qualquer momento?
Ai e tal, mas os homens não sofrem de endometriose e não menstruam. Não? Ao contrário da maior parte dos políticos de esquerda e da direita que a esquerda tolera, eu sei que não, mas, de «boas intenções» está o inferno cheio e, aceitemos ou não, as mulheres têm vindo a ser penalizadas por políticas públicas que, em vez de as proteger, as transformam em frágeis vidrinhos e levam qualquer empresário a pensar duas vezes antes de as contratar.
Por falar em empresários, qual é o idiota do empresário que paga mais a um homem, só por ser homem? Se é verdade que as mulheres ganham menos do que os homens – pelo mesmo trabalho, tempo de serviço, carga horária e condições – o que levará aqueles que a esquerda acusa de só pensarem no lucro a contratar homens? Eis aqui um caso de estudo!
Voltando ao dogma feminista, e apesar das evidências esmagadoras de que a chamada disparidade salarial é, na verdade, uma questão de escolha, as feministas insistem em que os seus comparsas com assento na Assembleia da República intervenham e «consertem» o problema inexistente. E isso é um problema por si só, porque as soluções propostas acabarão sempre por prejudicar os trabalhadores — homens e mulheres.
Foi o que aconteceu quando a Dinamarca tentou reduzir a tal disparidade salarial e exigiu que as empresas informassem o valor dos ordenados por sexo e raça.
A princípio, parecia estar a funcionar uma vez que a diferença salarial nessas empresas caiu 2 pontos percentuais. Mas, e há sempre um «mas», rapidamente se percebeu que a lacuna havia diminuído não porque as empresas tivessem aumentado os ordenados das mulheres, mas sim porque haviam reduzido os dos homens. Assim, os trabalhadores não ficaram em melhor situação e a produtividade das empresas também caiu.
Hoje, em pleno século XXI, haverá empregados e patrões que acreditem que não se deve pagar salário igual por trabalho igual? D-U-V-I-D-O!
Qualquer lei que incentive as empresas a promulgar escalas salariais rígidas e empregos uniformes, que não atendem às necessidades de muitas mulheres (e homens), está condenada ao fracasso.
Não funcionou na Dinamarca e não funcionará aqui. Em vez de gerar salários mais altos para as mulheres — algo que elas podem disfrutar livremente em virtude da sua produtividade — quaisquer projectos de lei nesse sentido levarão à redução dos salários de todos os trabalhadores e, com o incentivo do colectivo feminista e de toda a esquerda no sentido de encorajar as mulheres a verem diferenças salariais onde elas não existem de facto e a queixarem-se dos patrões, algumas empresas deixarão de contratar mulheres, como forma de evitar processos infundados, mas sempre chatos e dispendiosos.
Há também uma grande desvantagem em fixar salários rígidos. Qual é o incentivo para produzir mais quando o colega do lado produz menos e ganha exactamente o mesmo? Não é preciso ser excepcionalmente bom em economia para perceber que o pagamento baseado em desempenho produz um aumento de 6 a 10% na produtividade. Qual é o trabalhador que não se empenharia mais, se visse esse empenho traduzido em mais dinheiro ao fim do mês?
Salários estagnados ou mais baixos, perda de flexibilidade e redução da produção económica — esse é o alto preço a pagar por políticas marxistas, que, neste caso, diabolizam os patrões e vitimizam as mulheres.
Não estou a afirmar que a discriminação salarial baseada e sexo e na cor da pele seja inexistente, mas quem enfrenta essa discriminação tem a lei e o livre mercado — que penaliza empregadores que discriminam — do seu lado.
Em vez de promover a narrativa desonesta de que as mulheres ganham menos que os homens por fazerem exatamente o mesmo trabalho, vamos celebrar o que as mulheres têm vindo a ganhar, vamos promover políticas que aumentem as oportunidades e os ordenados para todos os trabalhadores e livrar-nos do feminismo, pois, como alguém escreveu:
O feminismo quer mulheres que militem por causas políticas especificamente de esquerda, não por igualdade e/ou direitos da mulher, como costuma dizer. É evidente que, além da capacidade de apropriação histórica e da dissimulação dos factos, uma das características do feminismo é roubar a voz da mulher para o movimento, transformando qualquer discurso feminino em discurso feminista. Os média dificilmente dão espaço para que mulheres independentes questionem as contradições que envolvem o movimento, e cada vez fica mais difícil desassociar o feminismo da mulher. Aos poucos, a colectivização da mulher apaga a individualidade feminina e extingue a sua capacidade de falar independente do movimento, que embora algumas feministas tentem negar, é de facto um movimento político e partidário exclusivamente de esquerda. A promoção da agenda feminista corresponde aos ideais socialistas e já não há como tentar esconder.