“Ano novo, vida nova”, é dos ditos mais comuns nesta altura do ano. O que não será tão comum é alguém fornecer, como que, um guia de onde se poderá estar bem, onde se poderá estar razoavelmente, e onde se poderá estar mal no ano que agora principia. Não têm de agradecer, é apenas uma das muitas mais-valias de subscrever o Observador.
Este breve roteiro é uma espécie de cruzamento de previsões e anseios para o ano que hoje arranca. Digamos que a minha faceta divinatória de bruxo Zandinga se cruzou – no banco de trás do Rolls Royce conduzido pelo Ambrósio – com o meu lado desejoso de senhora aristocrata fã de Ferrero Rocher. E desse cruzamento nasceu este manual para compreender o mundo em 2025.
Alemanha
Prevejo um óptimo ano para a Alemanha. Assim o governo alemão arranje forma de calar as opiniões do fascista Elon Musk sobre a necessidade da Alemanha arrepiar caminho, e os responsáveis pela queda vertiginosa da principal economia europeia voltem a vender aos alemães – sem contraditório – as tangas Merkelianas da imigração sem critério e tal.
Polónia
A propósito de Alemanha e fascismo, mais um ano, mais fascistas estão os polacos. Em grande medida por cismar que um país deve ter fronteiras, a Polónia prepara-se para se tornar, a manter-se a tendência, a principal economia europeia. Não têm ouvido falar disso? Não se preocupem, os vossos filhos e netos depois mandam notícias quando para lá emigrarem.
Argentina
Ou então escrevem-vos da Argentina, onde o expectável sucesso económico do governo de Javier Milei trará, além de não despiciendos benefícios para os argentinos, nada despiciendas oportunidades de chacota à custa dos seus detratores nacionais, adoradores do horrendo vizinho Lula.
Dinamarca
Também promissor é o ano para a Dinamarca, ao estar mais próximo o dia em que será o primeiro país do mundo a cobrar impostos sobre as bufas dos bovinos. O Trump não quer os EUA a controlarem a Gronelândia, actualmente sob controlo da Dinamarca? Era os dinamarqueses aproveitarem e porem os EUA a controlar também a própria Dinamarca, que cobrar impostos aos agricultores pelos gases do gado vacum demonstra total descontrolo.
Canadá
A propósito de descontrolo e passagem para a gestão dos EUA, é bem provável que essa fosse, também, a melhor solução para o Canadá. Diz que metade dos canadianos não via com maus olhos uma solução em jeito de União Europeia. Se pudessem contar, claro, com o brilhantismo de um António Costa à frente de um eventual Conselho lá deles, e de um Pedro Silva Pereira na vice-presidência de um hipotético parlamento, ou senado, ou coisa que o valha. Enfim, alguma coisa lhes valha, que ainda assim seria melhor do que o governo do filho do Fidel (eh pá, parem com isso! O Justin Trudeau NÃO É filho do Fidel Castro. Só que são tão parecidos… E ao nível da fisionomia também).
Estados Unidos da América
O ano parecia promissor para os EUA. Nova liderança a impor respeito à China, economia com grande potencial de crescimento, e controlo da entrada de imigrantes ilegais. Não fosse o caso – oportunamente assinalado pela jornalista Mafalda Anjos – da saída descontrolada de norte-americanos para Portugal a fugirem do Trump e o futuro dos EUA seria promissor. Agora, com o alegado caso desses dois indivíduos e o seu Chihuahua, já não sei.
Portugal
Finalmente, Portugal. Infelizmente em último, em jeito de punchline, sim. Este ano, ao imaginário mar de imigrantes norte-americanos deve continuar a juntar-se a bem real torrente de imigrantes do Bangladesh. Ainda sou do tempo em que se ouvia a queixa de só recebermos turistas ingleses de pé descalço. Lembram-se? Pois, parece que trocámos isso por receber Bengalis desgraçados de pé deslaço, mas a quem oferecemos pensão completa. Creio ser a isto que se chama “progresso”. Com o qual é expectável vir a “ordem” (ver referência ao Brasil, acima). Aqui chegados, votos de bom ano novo de 2025 e, caso se encontrem na zona do Martim Moniz, em Lisboa, um culturalmente mais apropriado (e algo antecipado) próspero 1447!
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