Se pegar num carro, chaço que seja, e começar a fazer a N1 de Sul ao Norte e entrar nas grandes cidades ou pequenas que sejam – é preciso que haja eleitores – vai encontrar a propaganda (a)paix(ã)onante com o triste slogan tipo mentideiro “lado a lado com os portugueses”. O consolo geral é observar também nas importantes entradas das cidades, os nunca vistos outdoors da Iniciativa Liberal do Soares de Oliveira, onde qualquer morto “parte-o-coco” a rir, com as cartolas e as magias de Costas viradas aos pobres e tristes portugueses. Afinal, o lado a lado, mais não é que uma magia afiada de cortar a direito tudo o que se conquistou – quase parece o discurso de Catarina, a jovem dos alojamentos locais do Sabugal. Cortam-se nos direitos básicos e alarva-se no pagamento a assessores (ex jornalistas desempregados) em todas as instituições. Censura-se a democracia e finge-se viver de beijo na boca e sexo demoníaco carregado de enxofre. O País está de calcinhas em baixo. Tudo propaganda, e rasca. E de sul ao norte, o lado a lado, mais não é que de costas escandalosamente viradas aos tristes e pobres portugueses. Compra-se publicidade que o Paixão até pede mais a “Cristo”, e ele paga. Mas mais não é que um teatro de barraca ou histórias da Carochinha.
Mas os portugueses são velhos e a geração alfa vai cobrar aos velhos, já não do Restelo, mas de São Bento, os preços altos destes desgoverno.
Tudo uma questão de tempo. Estamos todos cansados. Até a Misericórdia da Casa Santa se virou um “empregómetro” de familiares de políticos, que viajam à toa para Moçambique sem perceberem alguma coisa de África, mas fingem bem que se fartam e postam nas redes sociais. De Segurança Social, Edmundo deixa uma pasta pesada e desgraçada a Ana Jorge, de um resultado negativo, de jogo global. É preciso recordar que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, uma santa Casa, é para atribuir misericórdia aos pobres. Uma secular instituição católica em Portugal fundada pela Rainha D. Leonor. E não estão a respeitar os seus fins. Tem o direito de manter e operar lotarias e apostas em todo o território português. A sua criação acompanhou a Irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia e tem uma obra e experiência ímpares, adquiridas ao longo de séculos, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é hoje uma instituição de referência na sociedade portuguesa.
Não há massa para professores, os médicos são escravos mas há para indemnizar silêncio na TAP. Milhões. Valem-nos os fredericos já sem pinheiro. Até passei a admirar Pedro Nuno Soares por ter sido capaz de trazer a público – com o famoso assessor – os pobres do governo. Afinal, entre uma Santa Eugénia e uma Santa Antónia, opto pela segunda. Os olhos não nos enganam.
Haja decoro. É por estas e outras que o Chega cresce e a democracia apodrece.