Há muito não contribuo com a minha opinião e isto deve-se a duas pessoas: Marta e Maria, as minhas duas filhas gémeas verdadeiras, nascidas há um ano, após um longo período de infertilidade e três filhos perdidos.
Hoje sinto-me enquanto mulher, católica e psicóloga chamada a escrever-vos este pequeno testemunho, pois conheço bem o sofrimento de quem espera por algo sem ver a luz ao fundo do túnel. Numa sociedade em que nos habituamos a ter tudo à distância de um clique, esperar gera-nos um enorme sofrimento e ansiedade.
Pode ser a espera de ter filhos, a espera de casar, a espera de ter um namorado, a espera de curar um cancro, a espera de ter um trabalho, a espera do próprio negócio dar certo, a espera do que for. Não é por acaso que nesta Jornada Mundial da Juventude se falou pela primeira vez tanto de saúde mental. E a Juventude sabe que a fé, a família, o casamento são factores de protecção desta mesma saúde mental. Estamos perante uma juventude informada que sabe ler ciência.
Na minha caminhada pelo sonho de hoje poder levar a Maria e a Marta a ver estes Jovens, a ciência também esteve lá. Juntamente com o meu marido, li muito sobre esta área. Há quem diga que um dia teremos um honoris causa em fertilidade. E juntos chegámos à conclusão que o tratamento que íamos escolher para nos ajudar
era a Naprotechnology: Tecnologia Procriativa Natural, uma abordagem à saúde ginecológica da mulher e procriativa do casal.
Este tratamento requer uma espera pois não substitui a fertilidade do casal.
Talvez se perguntem porque coloco no título deste texto visitação e depois falo em espera. Exactamente porque foi o episódio bíblico escolhido pelo Papa Francisco para esta Jornada Mundial da Juventude. Isabel, de idade avançada e considerada estéril, estava grávida. Também eu dei à luz a Marta e a Maria aos 42 anos de idade.