Finalmente, uma boa notícia do Ministério da Saúde, a Srª. ministra da Saúde, Marta Temido, demitiu-se! Depois dos estragos que provocou a vários níveis, demitiu-se! Agora já tem mais tempo para ouvir o hino da CGTP! Porque o preconceito ideológico, os estados d’alma, o hino da CGTP e a teimosia da Srª. ministra lançaram o SNS no caos, na confusão e na cada vez mais difícil governabilidade e gestão deste nosso SNS.

O seu percurso no Ministério da Saúde foi sempre cheio de polémicas, cheio de casos, de uma incapacidade tremenda de gerir, sobretudo de gerir conflitos. Em vez de os gerir criava mais conflitos e por isso teve um fundo negro ao longo destes anos, desde 2018. Demite-se de ministra da Saúde e deixa o Ministério em “escombros”.

Convém recordar, porque isso são factos e jamais é para esquecer, que apelidou os enfermeiros de “criminosos e infractores”! A infelicidade e a injustiça destas palavras, e a pressão política foi tanta que se viu forçada a dirigir um pedido de desculpas à Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros.

Mas as polémicas não ficaram por aqui. Para além dos conflitos no seu Gabinete e dentro do partido, que o Dr. António Costa sempre tentou diluir, marcaram este Ministério:

  • A “Sindicância” à Ordem dos Enfermeiros. Também não a esquecemos, porque foi injusta, autoritária e discriminatória;
  • A possível falta de resiliência e o pedido aos médicos;
  • Conflito com a secretária de Estado Jamila Madeira, que a levou a sair do Governo;
  • A questão das “PPP” nos hospitais, particularmente no de Braga;
  • As deselegâncias e descortesia, porque a Drª Marta Temido, enquanto ministra da Saúde, nunca soube estar, desconhecendo etiqueta;
  • O conflito entre Ministério da Saúde/ADSE e os Grupos de Saúde Privados;
  • Num desespero final e ao que a “Comunicação Social” relatou, viu-se a própria ministra forçada a telefonar a vários directores de serviço de obstetrícia para cancelar as férias a alguns médicos. Ao que a ministra chega! E o lóbi médico, destituiu-a!

Escrevi várias vezes que a Srª. Drª Marta Temido não tinha nem “estofo”, nem estatuto político para gerir tão importante pasta ministerial como a da Saúde. E a verdade está aí! Sai do Ministério pela porta pequena e deixa este, em “escombros”. Arruinou a gestão, quebrou pontes de diálogo e de trabalho e queixou-se sempre dos outros. Até atribuiu culpas das falhas actuais do SNS às decisões dos anos 80!

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Lembrar que, já no passado, a sua presidência da ACSS tinha sido envolvida em polémica com a “gestão e manipulação” das várias listas de espera para consultas e cirurgias das diferentes especialidades.

Mas o mais surpreendente é que, após apresentação da demissão e esta aceite, permaneça no cargo por um longo tempo e ainda, segundo o primeiro-ministro, Dr. António Costa, seja a ministra demissionária a indicar o nome para a direcção executiva do SNS. Faz algum sentido? Como vai o próximo ministro da Saúde aceitar esta direcção? Esta direcção que diretrizes e políticas de saúde vai seguir e implementar, neste quadro? Em confronto com o novo ministro? E que tem a dizer o Sr. Presidente da República sobre este assunto? Isto só mesmo no reino do Dr. António Costa e nas suas ilusões das “vacas voadoras”!

Convém ser justo e lembrar que durante a “Pandemia” quem se entregou ao trabalho, vestiu por completo a camisola do SNS e não abandonou nem os doentes, nem os serviços, foram os seus profissionais. Estes sim, estiveram sempre ao serviço e com espírito de missão, dedicação e sacrifício, com dedicação “exclusiva” aos doentes e seus familiares.

A Drª Marta Temido deixa de ser ministra. Já tardava a sua saída, não deixando saudades nenhumas. Fica em “escombros e uma casa a arder” o Ministério que ocupou desde 2018!