Em Portugal podemos festejar a liberdade. No tempo do Estado Novo havia métodos condenáveis para calar a voz de quem queria ser livre. Esses métodos não usavam as palavras “Liberdade” e “Democracia”, que na altura não constavam do vocabulário “oficial”.

A seguir veio o 25 de Abril, e a esperança de que essas práticas fossem eliminadas e nada surgisse para as substituir e para calar a voz de quem queria ser livre.

Infelizmente, cedo se tornou claro que as práticas do Estado Novo estavam a ser substituídas por outros métodos mais rebuscados na tentativa de disfarçar a sua função de abafar a Liberdade e impedir a Democracia.

Surgiu então o “Alçapão de Abril”, em cima do qual comissários políticos colaram autocolantes com as palavras “liberdade” e “democracia” e por onde passavam sons de cantigas pata adormecer os que queriam a verdadeira Liberdade e Democracia.

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Quem nos “deu” música e colocou os autocolantes no “Alçapão de Abril” foram os comissários da mesma extrema-esquerda que esteve no Parlamento, de cravo vermelho na lapela, a comemorar o 25 de Abril e a falsear o significado das palavras “Liberdade” e “Democracia”.

Foram os comunistas do Bloco de Esquerda e os comunistas do PCP que mais cantaram “liberdade” e escreveram “democracia” a seguir ao 25 de Abril, usando estas palavras para conquistar o poder como os guerreiros gregos usaram o cavalo para entrar na fortaleza de Tróia.

E foi deste modo que os comunistas do Bloco de Esquerda e do PCP abriram o “Alçapão de Abril” para aí tentar enfiar a voz da Liberdade. Tal como hoje, cantavam alto e bom som na esperança de que, por tanto as repetirem, as palavras soassem verdadeiras.

Foram estes comunistas que ocuparam lares roubando os seus donos, foram os que aterrorizaram famílias obrigando-as a deixar o país, foram os que montaram o cerco a Lisboa “prendendo” os lisboetas, foram os que revistaram carros desrespeitando a liberdade individual, foram os que manietaram a Justiça e em tudo remexeram e de tudo abusaram para seu proveito.

Foram estes mesmos comunistas que ocuparam terras e destruíram colheitas no Alentejo e no Ribatejo provocando a fome, foram os que ocuparam fábricas impedindo a criação de riqueza, foram os que nacionalizaram empresas usurpando a propriedade e promovendo a pobreza, foram os que roubaram a banca para financiar as suas campanhas e as suas sedes, foram os que manipularam sindicatos para afirmar o seu poder, e foram os que passaram a sua cassete na RTP, nas rádios e nos jornais colocando a liberdade de imprensa num alçapão.

Para fazerem tudo isto os comunistas do Bloco de Esquerda e do PCP criaram ilusões, qual canto das duas sereias que tentaram atrair Ulisses para o naufrágio, e com elas abusaram da ingenuidade de quem cegamente os apoiava.

São ainda hoje estes comunistas que descem anualmente a Avenida da Liberdade cantando “liberdade” e “democracia”.

O “Começar de Novo” dos comissários políticos comunistas do Bloco de Esquerda não é mais do que um disfarce para esconder o alçapão que querem voltar a abrir e assim limitar a liberdade dos portugueses. O “Começar de Novo” da UDP, do PSR e de dissidentes do MRPP é como o “gato escondido com o rabo de fora”, que se vê quando num dia criticam o regime comunista em Angola para no dia seguinte elogiarem o regime comunista em Cuba.

Os comissários políticos comunistas do PCP são mais transparentes e menos rebuscados do que os do Bloco de Esquerda quando reafirmam a ditadura do proletariado com frontalidade, mas também por isso são os que desassossegam mais os portugueses.

Em muitas repúblicas “democráticas” pelo mundo fora, na Coreia do Norte, em Cuba, na Venezuela, na China e em outros países, comissário comunistas como os do Bloco de Esquerda e do PCP conspurcam diariamente as palavras ”Liberdade” e “Democracia” quando as usam para atrair os povos para o alçapão que lhes faz calar a voz.

É também para comemorar a Liberdade fora do “Alçapão de Abril” que se deve festejar a Liberdade que se iniciou a 25 de Abril de 1974 e que se consolidou a 25 de Novembro de 1975, o dia em que os que tentaram abrir o alçapão para aí enfiar a voz da Liberdade “levaram” com ele na cabeça.