Algorithmus-Dei e dataíficação creatio mundi et schola de carbono e silício.

«Carbono é vida. Da bactéria que se agarra à vida em torno de fissuras nas partes mais profundas e mais escuras do oceano a pássaros voando no alto céu, não há uma única coisa viva no planeta que não partilhe aquele elemento comum, o carbono». (Silvério F.S. Filho, do livro 50 Ideias de Química Que Você Precisa Conhecer – cód.: 10276529 Birch, Hayley, Planeta do Brasil)

«No futuro, tripulações dos navios militares vão ser mistas: seres de carbono, os humanos, e seres de silício, que são computadores com IA», Almirante Henrique Gouveia e Melo, 28 março 2024, SicN.

A realidade do novo mundo pós-humano e da vida transumanista, do capitalismo IA Gen afirmante e da vida da organização escolar em défice-falência de carbono e cada vez mais sílica, consubstanciada na escola do futuro, a escola carbo-sílica; em inexo-implacável perdição e desumanização em prol da Taylor-standardização e robotização neuronal sináptica, aplicações e plataformas, com a finalização e lucidez objectiva do acriticismo de pensamento único e manipulação aética do poder político, e ganância-enriquecimento do capitalismo empresarial de oportunidade – a toxicidade cognitiva da humanitas post mortem.

Para compreendermos o momento actual que a humanidade atravessa, as transformações e vivências no ecossistema escolar digital e rupto-analógico da/na escola pública, a simbiose-fusão entre o humano e o algoritmo, a evolução ou involução do pensamento humano projectado na próxima nova vaga da inteligência artificial generativa, no mundo em alomorfia, transmutação e transmudação, temos de percorrer a história do conhecimento humanus: viajar dos primórdios evolutivos do primata hominídeo, a descoberta do fogo, considerar a arte rupestre, ir até à fé e religião, passando pelo rito (do latim ritu), pelo mito e ritualização do sagrado/deuses/Deus; passar pela descoberta do vapor e da electricidade, a invenção do motor a explosão/combustão,  ir da era da razão e do cogito (do latim cogitare – pensar) cartesiano até ao iluminismo e à exponenciação do sapere aude do homo sapiens sapiens, descobrir a tecnologia nuclear, e chegando à IA e ao algoritmo mestre de Pedro Domingos, professor de Ciências da Computação na Universidade de Washington, nos EUA e autor do livro: O Algoritmo Mestre, que evoluirá para o que eu chamo de algoritmo-dei. O algoritmo de «machine learning» final, ainda mais definitivo da criação figurativa humanóide da nova civilização homo-robotizada e da (re)criação do futurista novo mundo, da sociedade e da escola de idiossincrasia evolutiva carbo-sílica. O Alfa e o Ómega (respectivamente, a primeira e última letras do alfabeto grego clássico – jónico), deificados na história e tradição bíblico-cristã como o princípio e o fim da Criação; e assim está acontecendo com a obra-concepção da nova criação de padronização algorítmica, a algori-dei creatio mundi (o algoritmo-deus (re)criador do mundo). Arrepiante e assustador!

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Temos de verificar a tríade trilógica relacional comum entre Platão, Kant e a IA Gen. Aproximantes nas concepções filosóficas de pensamento, percepcionamento mundis e inteligibilidade da inteligência artificial. Ambos os filósofos gnósticos (relativo a gnose/gnosis, conhecimento superior, em/por oposição a ignorância – a ágnoia) privilegiam o conhecimento adquirido através da razão humana (pensamento, inteligência), mas ambos reconhecem as limitações humanas em não chegar à verdade absoluta, o cepticismo em alcançar o nível superior supremo, impossibilidade evolutiva humana inultrapassável.

Donde, estarmos na contemplação do ilimitado e metafísico, dotados de uma razão para o conhecimento de alcance limitado do omnisciente, do omnipotente e do omnipresente saber (do latim scire). Das Ideias de Platão ao «númeno», coisa em si, de Kant; o nível superior do conhecimento é expectável e inatingível à luz da razão humana, a não possibilidade incapacitante que nos ultrapassa e impede o ser humano de atingir o conhecimento que está para além das nossas capacidades biológicas, de seres de carbono. E eis-nos chegados à nova vaga e passo evolutivo que vem emergindo, a IA Gen. O «Santo Graal» para alcançar um conhecimento e ciência cada vez mais perfeitos, para além da razão humana e da vida carbónica.

Com a revolução tecnológica em curso, com os supercomputadores dotados de IA Gen, seres de silício ultra evoluídos, que descentram o papel da unicidade da intelligentia, razão e pensamento humano na mais descoberta, construção do conhecimento e alcance da verdade, algures no futuro e futurista in illo tempore. Uma nova mundividência para o melhor e para o pior, e «o advento de uma nova era do saber – Byung-Chul Han». (Platão, Kant e a Inteligência Artificial: que relação?!, Jota Eme, 28 maio 2022)

«Morta» a escola de carbono e a implementação de uma nova ordem estruturante do saber, a escola de silício, assistimos à paulatina extinção da escola tradicional-ancestral, austera, do conhecimento homo-carbónico acumulado, com passagem de testemunho dramático e fracturante pela perda da dominância- para a siliciosidade de uma escola infra-humana, fria, desprovida de sensum communem, insenciente e carecida de contextualização informacional-sensorial humanista, falha de capacidade crítica analítica e reflexiva, big data de puro treinamento dataíficado e com o perigo maior de tornar o pensamento humano residual e dependente por analogia do seu modus operandi; falamos de uma visão da vida determinista, infecto-afectada «pelo cálculo e pela previsão utilitarista e economicista da vida e do mundo». (idem)

Já podemos ver as evidências dessa realidade, com a IA a caminhar para dentro do próprio ser humano, no ser e estar híbrido do homem-máquina. Aquilo a que Gerd Leonhard, «tecnologia versus humanidade», chama de «androrritmos», isto é, a abdicação por absurdium da essência humana da espiritualidade, da emocionalidade, da sentimentalidade, da criatividade e do pensamento crítico; vulgo vulgaris autómato.

O desiderato do homo-dei pela busca incessante de mais e mais conhecimento, pela sobrenaturalidade e pela eternidade, corrompido por uma qualquer externalidade ética-moral digital com o dom da ubiquidade. Sem diabolizar o progresso, não aceitamos o definhamento e mortificação do humanus em contexto-ambiência escolar de flagelação, e chamamos à colação o elemento homo-antropológico de carbono, em anulação crescente pelo factor silício IA Gen. O perigo agora, o perigo actual da escola pública está no menos carbono e no mais, mais silício, e nas escolhas deturpadas e de diminuída supervisão humana, mais sato-desviantes ou mais/menos divo-encaminhantes – falamos de sábio-assertividade.  Sou um ser biológico, naturalmente avesso e contrário à brenha-matagal digital escolar, que digitalizando vai embrutecendo e pigmo-anaíficando o cérebro humano, em irremediável caos(sificação) e ponto de não retorno. A escolinha da ludificação/gameficação digital tomou conta da escola e está corroendo as entranhas da identidade da organização escola.

De volta ao filósofo coreano Byung-Chul Han, o dilema limitante da inteligência artificial é um facto resultante de: «o afectivo é essencial para o pensamento humano (…) a IA não pode pensar, porque não fica com pele de galinha (as máquinas não sentem nem se arrepiam e não têm emoções, remorsos ou consciência). Falta-lhe a dimensão afectivo-analógica, a emoção, que os dados e a informação não conseguem reter (…). A inteligência artificial pode calcular com muita rapidez, mas falta-lhe o espírito. Para o cálculo, a emoção só seria um estorvo». (ibidem).

A escola de silício por oposição à escola de carbono (de empoderamento e não de complemento), não cria as condições políticas e educativas para o sucesso educativo real. Ao contrário da propaganda ME/CI (Ministério da Educação/ Ciência e Inovação), não é inclusiva e veicula o abaixamento neuronal e sináptico. Sendo conscientemente polémico, mas verdadeiro, segrega e é segregadora, por iludir, ficcionar e não cumprir. Infelizmente, o sucesso educativo a 100% é uma falácia e uma quimera. Há casos e casos e instituições e instituições apropriadas. O sucesso por decreto é uma negação da própria natureza inata da escola, em busca e partilha do conhecimento e não do entretenimento do «imberbês» e do «escolês», em negativa negação do mérito e da excelência. A sobrevivência da escola pública de qualidade tem de perceber e reconhecer que a própria natura humana, biológica, de carbono, tem lamentavelmente situações e casos de real dificuldade e (in)capacidade cognitiva. Adaptar a organização escola não é o mesmo que anular a alma escolar; baixar a postulationem schola ad nauseam significa anular e destruir a ideia e a razão de ser da própria escola. Sem uma escola pública clássica-conservadora da/na qualidade e da/na exigência, Portugal não tem futuro, cidadania crítico-responsável e capacidade competitiva internacional. Não chega brincar à frequência escolar obrigatória; é necessário o aproveitamento-missão escolar profundis. Haja a coragem-dignidade de falar veras e a Verdade!

Para Bruce Hood, psicólogo e professor universitário britânico (Universidade de Bristol), ministrante responsável pelo Curso Ciência da Felicidade, «ninguém pode e nem deve ser feliz o tempo todo». Crítica as redes sociais, potenciadoras da infelicidade humana, encorajando a comparar com os outros e a desesperar individualmente. «É impossível alguém estar permanentemente feliz. Então, suponho que a felicidade seja feita daqueles pequenos momentos que acontecem quando algo corre bem nas nossas vidas. Eu não estou feliz (…) sou feliz (…) é isso?». Sendo que o «eu» egocêntrico tende à tristeza, negatividade, depressão e infelicidade; mais diz que a herança hereditária genética, contribui com cerca de 50% da herdabilidade da felicidade.

Donde, o sucesso educativo-escolar servido «à la carte», com cardápio-medidas ad hoc, ser uma inconsistência sistémica de grave prejuízo para os alunos não-educandos. Uma deriva negacionista do acto de educare-ducere. O humano precisa e necessita do humano, do factor orgo-carbono. Na teia educacional complexa, a cumplicidade dialéctica, o dialogismo e a interacção na sala de aula é de comprometimento excluso-humano. Implica leitura avaliativa-afectiva permanente, rigor e exigência, e obriga a trabalhar-estudar, a pensar, a questionar, à criatividade e ao pensamento crítico. Coisa que a escola de silício não pode dar porque não tem. Ao humano o que é do Homem; a escola é homo-carbónica.

Face à IA Gen e ao algoritmo «será importante criarmos zonas de resistência física e mental, clareiras de silêncio», Cultura, Emoção Artificial, Jorge Gomes Miranda, DN, 17 setembro 2023.

A convivialidade político-decretada no ecossistema educativo escolar, do carbono com o vale de silício emergente, elemento fundamental no fabrico de chips e circuitos integrados essenciais para a tecnologia moderna-contemporânea, caso da IA Gen, é contra-natura e de modo contrário à convivialis, pelo factum de a escola ser homo-naturalis.

A escola pública vive tempos conturbados de cultura sílica invasora, de perigoso deslumbre, alienação e desvalorização da inteligência humana em retrogressão.

Entretanto, os esforços humanos e a inteligência carbónica tudo estão fazendo para que a IA Gen, num futuro já ao virar da esquina, supere a inteligência carbo-humana. Sam Altman, CEO da OpenAI, falou publicamente na Universidade de Stanford do seu próximo modelo de inteligência artificial, para afirmar que a evolução do ChatGPT-4 para o GPT-5 vai ser notória e brutal, ao nível do desempenho e da precisão do seu próximo-novo modelo de linguagem de grande dimensão (LLM), com treinamento super-intensivo.

Quanto aos modelos da sua startup, fala em evolução permanente, em somar potência a mais potência e cada vez mais rapidez e capacidade, falando já no GPT-6, num conceito de ciência-estafeta IA Gen, numa corrida pela liderança e supremacia sobre a concorrência.

Sobre os seus modelos, nas suas próprias palavras: «Acho que são impressionantes, mas em relação ao ponto em que precisamos de chegar e ao ponto em que penso que vamos chegar (…) na altura do GPT-3, toda a gente dizia isto é fantástico; isto é uma maravilha da tecnologia, e é. Era. Mas agora temos o GPT-4 e olhamos para o GPT-3 e é inimaginavelmente horrível. Acho que a diferença entre o GPT-5 e o GPT-4 será a mesma que tivemos entre o GPT-4 e o GPT-3.

Repete-se o conceito sobre o próximo e os próximos chatboats (um software baseado em IA Gen sílica, com capacidade para manter uma conversa em tempo real por texto ou por voz): «Parece uma resposta evasiva, mas penso que a coisa mais importante sobre o GPT-5, ou o que quer que lhe chamemos, é que será mais inteligente. Penso que um dos factos mais notáveis da história humana é que podemos fazer algo e dizer neste momento, com um elevado grau de certeza científica, que o GPT-5 será muito mais inteligente que o GPT-4. E o GPT-6 será muito mais inteligente do que o GPT-5, e não estamos nem perto do topo dessa curva (…) materialmente melhor».  Sam Altman fala do GPT-5 e considera que o GPT-4 é a IA mais estúpida que já utilizámos, Inteligência artificial, 04 maio 2024)

Dá que pensar a irracionalidade, estupidificação e ignorância lobotomizada humanas, em alienante passagem de testemunho da inteligência dos seres de carbono, humanos, para os seres de silício, os supercomputadores dotados de IA Gen. Vivemos o tempo e na era da involução do processo de hominização.

Estamos no limiar-fim, a um pequeno passo da perda da supremacia intelectual   e correndo desenfreadamente em direcção ao abismo da subserviência humana às máquinas.

Observo, obstupefacto (do latim stupefactus), em alerta e lamento, a paragem cerebral carbo-humana de deslumbre IA Gen sílico quase colectivo, e da perdição dei-humanus futura-hoje acontecendo. Morto o carbono, viva o silício!

«Novos computadores (PCs pessoais) tornam a inteligência artificial omnipresente», Economia, RTP Notícias, 14 junho 2024)

A imaturo-incauta e moderno-contemporânea humanidade, possuída pelo imberbismo, imbecilidade e imprudência, corre em aceleração desenfreada para a catástrofe bio-carbónica anunciada, mas ignorada pelos interesses económico-financeiros e capitalistas-empresariais, o novo poder político absolutista transnacional.

Há, de facto, o perigo existencial da humanidade, quer por falta de regulação eficaz quer pelo avanço descontrolado e avassalador da tecnologia IA Gen. O alerta vem de um conjunto de especialistas mundiais em inteligência sílica artificial (no seu todo são 25 personalidades, autores-subscritores de renome internacional, lista que inclui galardoados Nobel, investigadores e vencedores do Prémio Turing – atribuído anualmente pela Association for Computing Machinery, ACM, desde 1966, na área da informática, computação e tecnologias da informação), precavendo avisam em modo de interjeição para: «A cibercriminalidade em grande escala, a manipulação social e outros danos (…) e, em caso de conflito aberto, os sistemas de IA poderiam utilizar de forma autónoma uma série de armas, incluindo armas biológicas (…), possibilidade muito real de que o avanço incontrolado da IA possa culminar numa perda de vidas e da biosfera em grande escala e na marginalização ou extinção da humanidade».

A exclamação-abordagem dos peritos planetários em IA vai no sentido da «restrição da sua autonomia em funções sociais fundamentais, e interrupção do seu desenvolvimento e implantação em resposta a capacidades preocupantes». (idem)

Mais, alegam que os riscos da IA são «catastróficos (porque a tecnologia) já está a progredir rapidamente em domínios críticos como a pirataria informática, a manipulação social (repete a ideia-preocupação) e o planeamento estratégico, e poderá em breve colocar desafios de controlo sem precedentes». (ibidem)

Este documento, consensualmente redigido por estes suprassumos (do latim supra summus) em IA Gen, segundo Stuart Russell, da Universidade de Berkeley, Califórnia, Estados Unidos da América, «apela para uma regulamentação rigorosa por parte dos governos e não códigos de conduta voluntários redigidos pela indústria (…) – porque os sistemas avançados de IA – não são brinquedos». (ibidem)

E mais disse que: «Aumentar as suas capacidades antes de sabermos os tornar seguros é absolutamente imprudente (…) – acrescentando que – há mais regulamentos para as lojas de sandes do que para as empresas de IA». (ibidem)

Já para Philips Torr, da Universidade de Oxford (das mais antigas e considerada a 4.ª melhor do mundo), Inglaterra, há «o risco de um futuro orwelliano – relativo a George Orwell, pseudónimo de Eric Arthur Blair e à sua visão distópica de um futuro imaginado figurado ditatorial, no seu livro-transe 1984 – com uma forma de Estado totalitário que tenha controlo total» da humanidade. (ibidem)

O israelita Yuval Noah Harari (historiador, investigador e professor de História do Mundo), da Universidade Hebraica de Jerusalém (considerada das melhores a nível internacional), estimado e respeitado como uma sumidade em matéria de IA, recorda com inquietação que com esta tecnologia-ferramenta poderosíssima, «a humanidade está a criar algo mais poderoso do que ela própria, que pode escapar ao controlo do ser humano». (ibidem)

Para o escritor-autor do livro best-seller, Sapiens: de animais a deuses, que assinou a carta de diversos especialistas, caso de Elon Musk, a pedir a suspensão da/na pesquisa de software para o ChatGPT, em diversas intervenções públicas e entrevistas aos mass media, a inteligência artificial é «a primeira tecnologia que pode tomar decisões por si só»; sendo que a IA ameaça os «fundamentos da nossa sociedade»; afirmando mesmo que «não sei se a humanidade pode sobreviver»; a assombração da IA, que sem regulação, «as hipóteses de as democracias sobreviverem são muito baixas (…) o T-rex que destruirá a democracia»; com o risco muito concreto e perigo mortal para os humanos, do facto de que «a inteligência artificial pirateou o sistema operacional da civilização humana».

É, já faltou de facto mais para o algorithmus-dei, o algoritmo-mestre de evolução final, escravizar a insana, orate e alienada humanidade, caminhante do abismo e autora auto-escravizante.

A preocupação e consciencialização negativa crescentada com a tecnologia de ponta da inteligência artificial generativa é (re)confirmada por ex. e actuais funcionários da OpenAI, numa carta assinada por 13 pessoas, alertando vincadamente para a perigosidade desta ferramenta tecnológica e os seus algoritmos altamente desenvolvidos e em acumulação informacional crescente intensiva (as máquinas não precisam de paragens para descansar, comer, nem de dormir) e de treinamento, correndo a humanidade o seríssimo risco do exacerbamento das desigualdades e do aumento exponencial multiplicante da ignorância algorítmica por viés valorativa-axiológica, de preconceito-ideologia e de programação-erro. A nociva toxidez desinformacional publicitária dos interesses capitalistas-empresariais instalados é impeditiva e mesmo contrária à transparência e a uma cultura de debate público, de responsabilidade individual e colectiva, alertante dos benefícios-ganhos, dos riscos-perigos e das perdas da inteligência sílica algorítmica.

Na encruzilhada da vida, a IA generativa, algoritmizada para lá das capacidades humanas, no limiar da autonomia, auto-determinação e tomada de decisão independente, livre e contornante dos protocolos de segurança, é um sério risco sílico (das máquinas) anti carbónico (dos humanos).

Hoje, no mundo à imagem e semelhança dos humanos, em transição-parceria carbónica-sílica, vivemos o paradigma da mudança estrutural do algorithmus-dei, ao permitirmos que os sistemas de IA Gen, de predominante dominância, «se tornem autónomos e causem mortes significativas», no futuro do dia depois de amanhã. (Público, Exclusivo ChatGPT, Funcionários da OpenAI alertam para perigos da inteligência artificial e pedem mudanças radicais na empresa, Nitasha Tiku e Pranshu Verma, 05 junho 2024)

Mais que em sentido figurado futuro, o amanhã-hoje é, passa literalmente pela submissão do Homem à máquina e pela crescente dependência e imparável parceria com a inteligência artificial. A presença e domínio da IA Gen são invaso-avassaladores. As gigantes tecnológicas Apple, Meta, Google e outras start-ups estão a apostar massivamente na inteligência sílica. «A Meta está a analisar a integração do seu modelo de inteligência artificial generativa no recém-anunciado sistema IA da Apple em iPhones, avançou o Wall Street Journal (WSJ) este domingo». (Expresso, Tecnologia, Apple e Meta discutem parceria na inteligência artificial, 23 junho 2024)

E mais do mesmo, com a chinesa Xiaomi a actualizar os seus HyperOS com novas capacidades IA prontas a instalar. É a (re)confirmação da cada vez maior importância da inteligência artificial nos sistemas operativos dos dispositivos móveis, melhorando a interacção, optimizando as funcionalidades e multiplicando-se as aplicações, subtilmente irresistíveis; e os novos algoritmos, adaptáveis e adaptantes aos gostos do(s) utilizador(es) até já fazem recomendações, leia-se manipulações. É o admirável novo mundo sílico. O princípio do fim da acefalia carbónica em êxtase estrebuchante final.

Por último-primeiro, a escola, o ensino e a aprendizagem entregues estão por opção política errónea distóptica e disruptiva, aos encantos enganadores sílicos, com o paulatino afastamento do professorado carbónico, perda de protagonismo no palco científico-didáctico e sociopsicopedagógico, aligeiramento exigencial e memória histórica violentada e opressa-oprimida. É o caso da plataforma de aprendizagem da Evulpo, com o Vulpy, o chatboat pessoal inteligente de IA para explicações, aulas, testes, exames, exercícios de correcção imediata, línguas, materiais didácticos, à data, mais de 1400 vídeos explicativos e resumos, adapto-adequação aos programas curriculares; sumariando, a escola digital sílica imperando dentro da escola naturo-carbónica em sobrevivência ventilada no papel de assistente; a concepção de uma ideia e filosofia de escola pública desumanizada, de ferramentas educativas e tutorias digitais hiper valorizadas, da densa selva artificial-lúdica dos recursos educativos digitais (REDs) e outras tecnologias educativas, da morte ao papel, da desorganização organizada e de «patas para o ar» da organização escolar agonizante.

E continua a saga da IA Gen (inteligência artificial generativa – criadora de conteúdos) sobre a IH Nat (inteligência humana natural), agora com: «Gmail fica ainda mais simples com novas funções de inteligência artificial». O Gemini, a IA da Google, na versão 1.5 Pro, a mais recente e avançada, com funcionalidades no Gmail, Docs, Sheets, Slides, a omnipresente IA estará presente, aprimorando, simplificando e auxiliando nas tarefas a executar. De momento, funções apenas disponíveis para utilizadores Workspace e subscritores pagantes.

Impera a desregulação pela competição. «A falta de regulação está a viciar todo o processo. Nisto, parece que apenas a Europa está preocupada, porque a China e EUA apenas lutam em concorrência (…) A era digital precisa de gente esclarecida, que perceba os limites, os riscos, vantagens e não ser um simples utilizador», Jornal do Centro, Opinião que marca, Inteligência artificial e inteligência natural, Jorge Marques, 23 junho 2024)

Vivemos a nova vaga da novíssima tecnologia generativa sílica, com a inteligência artificial, da ciência da computação, da aproximação ao algoritmo-dei, da biologia sintética e da biologia quântica (referente às aplicações da mecânica quântica e da química teórica aos objectos e problemas biológicos de natureza quântica). Para Mustafa Suleyman «não estamos preparados»; co-fundador da DeepMind (mente profunda), escreveu em parceria com Michael Bhaskar, A Próxima Vaga – Inteligência Artificial, Poder e o Grande Desafio do Século XXI (edição Clube do Autor).

Vem em achegamento um tempo de física/mecânica quântica (do latim quantum, que significa «que quantidade»), relativo aos quanta, de partículas sub-atómicas, usada para designar a quantidade indivisível de energia que uma partícula pode ter. A coisa parece assustar: «Em breve, a IA vai gerir negócios, produzir conteúdo digital ilimitado, será responsável pelos principais serviços públicos e manutenção de infraestruturas. A humanidade passará a viver num mundo de impressoras ADN, computadores quânticos, assistentes robôs, patogénicos artificialmente criados (em biologia, organismos microscópicos, vírus, bactérias, fungos, parasitas, etc., potencialmente infecciosos e portadores de doenças). Há que ponderar a questão da contenção, a tarefa de manter o controlo sobre as tecnologias (…) O grande desafio do nosso tempo». (Diário de Notícias, Construir a tecnologia com o fim de desempenhar o papel de Deus seria um equívoco, Mustafa Suleyman e a inteligência artificial, Jorge Andrade, 25 junho 2024)

Metaforicamente, para Suleyman, aproxima-se em aproximante apropinquação que vem chegando, «uma onda de tecnologia, construída em torno da IA, mas também de algumas outras tecnologias, como a biologia quântica. Quando olhamos para a história humana numa visão muito profunda, podemos ver que ela foi marcada por sucessivas ondas de tecnologia, desde o fogo e ferramentas de pedra até à escrita, à era do vapor e à da electricidade. Estas ondas definiram sempre as civilizações e as suas capacidades. Esta nova onda faz então parte de uma longa sequência, mas acredito que poderá vir a ser a mais importante até agora». (idem)

O autor-escritor e pensador carbo-humano Mustafa Suleyman, no prólogo do  livro supracitado, faz mesmo uma pergunta à  sílica IA, sobre a ameaço-iminência, significância e consequências da tecnologia generativa para a humanidade, ao que respondeu a máquina: «Nos anais da história, há momentos que se destacam como pontos de viragem, em que o destino da humanidade está em jogo (…) nunca antes vimos tecnologias com um potencial tão transformador, prometendo remodelar o nosso mundo de formas simultaneamente inspiradoras e assustadoras (…) Os benefícios potenciais destas tecnologias são vastos e profundos (…) Por outro lado, os perigos potenciais destas tecnologias são também vastos e profundos. Com a IA, podemos criar sistemas que escapam ao nosso controlo e ficar à mercê de algoritmos que não compreendemos (…) A era da tecnologia avançada aproxima-se, e temos de estar preparados para enfrentar os seus desafios». (ibidem)

Para o autor de «A Próxima Vaga», vivemos a urgência e a emergência de «um caminho de contenção». Não havendo risco imediato-próximo existencial para a espécie carbónica, a humanidade vive a encruzilhada do risco-futuro muito próximo em que é chamada a decidir decisivamente sobre a Vida. «Construir a tecnologia com o fim de desempenhar o papel de Deus seria um equívoco». (op. cit., do latim opere citato)

Suleyman, compara a nova vaga tecnológica sílica a um tsuna-maremoto: «A IA está em todo o lado, nas notícias e no smartphone do leitor, a negociar acções e a criar sítios na Web (enfatizando que com o tempo, esta tecnologia emergente se tornará cada vez mais popular, barata, acessível, frisando mesmo que), haverá a tentação de manipular o genoma humano. Também a de criarmos um vírus concebido por IA que poderia causar mais de mil milhões de mortes numa questão de meses». (idem)

Exaustiva e enfaticamente damos mais alguns exemplos da massiva e crescente ubi-omnipresença da inteligência artificial condicionante das nossas vidas e do nosso (por enquanto) mundo. Mais à frente, em remate final sequencial, concluiremos este nosso raciocínio condenatório da deriva, intelecto-demência e inexplicável fascínio-deslumbre humano bacoco da IA Gen sílica, em detrimento da IH Nat carbónica (inteligência humana natural carbo).

A Google está a oferecer a IA do Gemini na sua plataforma de mensagens para os telemóveis Android, e até trás atrás o «botão flutuante» para usufruto dos «users», com acesso ao chatboat do Gemini, com a possibilidade quase infino-ilimitada para os usuários-utilizadores de interactividade e criatividade (leia-se liderança algorítmica).

Continuando com a artificialização (no sentido de dependência) do mundo, a ajudar à festa, cá pelo «rectângulo à beira-mar plantado», temos que a «Google Cloud aposta na IA generativa para acelerar empresas e organizações públicas portuguesas», no evento «Lisbon Cloud Day» da multinacional, com mais e mais aposta generativa de artificialidade de conteúdos, com as start-ups/PMEs portuguesas a posicionarem-se em nome da competitividade lusa, mais a retórica da Agência de Modernização Administrativa em áreas de ensino público, com destaque para a Escola Nacional de Saúde Pública; o objectivo é ser impactante na sociedade. (RTP Notícias, Google Cloud aposta na IA generativa para acelerar empresas e organizações públicas portuguesas, Nuno Patrício, 01 julho 2024)

E mais continuando: «Pode a IA definir as taxas de juro? BIS (em inglês, Banco  de Compensações Internacionais) alerta para o profundo impacto da tecnologia – não esquecendo nós o poder avassalador de monitorização dos dados, em tempo real, da IA, big data e dataíficação».

Prosseguindo em modo de impetus e interacção momentum-instantânea, a «Anthropic promete mais rapidez e eficiência com nova versão da IA generativa Cloud, modelo 3.5 Sonnet, protótipos Haiku (de base) e Opus (de topo) – anuncio-publicitada como capaz de superar as tecnologias generativas rivais, ultra-suplantando o ChatGPT-4 da OpenAI e o Gemini da Google; a Anthropic também destaca o “Artefactus”, uma evolução de uma IA conversacional para um ambiente de trabalho pessoal-empresarial colaborativo».

Para Mara de Sousa Freitas, convidada da Ecclesia e Renascença, na perspectiva Igreja/ética, a «inteligência artificial será, provavelmente, o maior desafio antropológico de todos os tempos – sendo o próprio Papa a abordar o assunto, de centralidade discussiva no discurso aos líderes do G7, alertando e apelando Francisco para e dos perigos da IA e do desenvolvimento das armas autónomas letais e risco imponderado acrescido que a humanidade corre, deixando máquinas, em cenário de guerra, fazer as leituras no terreno e decidirem disparar autonomamente; a Ucrânia está a servir como um campo experimental de treino e treinamento; falta ética e bioética (…) Para a entrevistada, directora do Instituto Bioética e professora na Faculdade de Medicina da Universidade Católica – aprendemos a ler e a escrever, que são actividades que no sistema educativo têm vindo a ser transformadas sem qualquer juízo sobre essa transformação. Na verdade, os processos de ensino/aprendizagem/conhecimento estão substancialmente alterados. Como é que mantemos o pensamento crítico sobre o que é que eu posso, o que é que eu devo? Não tenho um discurso de medo perante a inteligência artificial, mas sobretudo de grande responsabilidade».

E por prostremo, a educação, as «vantagens e os riscos da IA para o ensino (…); vantagens (…) criar cenários de realidade virtual e gamificação (neologismo); tutorias personalizadas para os alunos; libertar os professores de tarefas mais administrativas como a avaliação (…); riscos associados (…) poder fornecer informações erradas; bases de dados desactualizadas e com respostas incorrectas; o menor desenvolvimento das capacidades cognitivas é um dos riscos associados ao cada vez maior peso da IA e da digitalização – e acrescentamos nós, atrofiamento neuronal-sináptico contínuo e em continuidade, ficando cabalmente esclarecidos – o acentuar do fosso do conhecimento e competências dos alunos de diferentes estratos socioeconómicos; a fraude académica». (Dinheiro Vivo, Educar tem ciência, Vantagens e os riscos da IA para o ensino – João Marôco, 29 junho 2024)

Não continuando a insistir, desenhar, escrevinhar ou rabiscar, pelo supracitado e fundamentado testemunhado, no fiel da balança dos prós e contras da IA, nomeadamente em contexto escolar, sou frontalmente crítico e contra, avesso à ideia e princípio de implementação. A minha dureza e criticidade discursiva entronca da/na racionalidade e necessidade de abalar consciências adormecidas. Para os defensores do deslumbramendo incondicional da IA, a História no tempo determinado ajuizará.

Então cá vai. A inteligência artificial generativa sílica (IA Gen Sil) é o anticristo da inteligência humana natural carbónica (IH Nat Carbo). As evidências ao longo de todo o textuário falam, gritam e ecoam as ondas de choque no universo da civilização humana, invadida pela parafernália artificial algoritmo-comandada.

Relembramos, com sublinhado, que a IA pode alucinar (por viés algorítmico), tal como os humanos (a alucinação e o delírio como manifestações psicopatológicas). Sendo que a alucinação em/na inteligência artificial é mais comum do que o que se pensa, (des)conhece e é ignorado pelo grande-público.

Em remate finalíssimo, o algorithmus-dei, de criação humana, será o sili-cérebro pensante do futuro, finalis da maratona-estafeta futurista do -criatura criador da eminente cria humanóide que «escravizará» a humanidade, que nada, mas mesmo nada aprendeu com o pecado original. Vivemos a aurora, a génese da nova criação do mundo -humanóide, em curso (do grego, eos; do latim, genesis).

«Adicionar aos humanos os “superpoderes” da IA (…) Inteligência artificial. Automatiza processos, analisa grandes volumes de dados, cria conteúdo, prevê comportamentos e ajuda na tomada de decisões, mas deve ser “encarada como um assistente” e nunca como substituto de pessoas. A solução? (…) A IA está a revolucionar a forma como pensamos a inovação, os processos e o empreendedorismo (…) IA ajuda a criar experiências “uau”», Expresso, Adicionar aos humanos os «superpoderes» da IA, Fátima Ferrão, João Girão, 04 julho 2024.

«IA vai deixar de precisar dos humanos. E especialistas já avançaram uma data – não é muito longínqua – (…) Há cepticismo e receio humano com o advento da autonomia da IA, avança o El Economista (…) Para Ben Goertzel, da Temple University, antes de 2032, a IA será completamente autónoma e não necessitará mais de intervenção humana para funcionar (…) Muitos sugerem (ameaça) que os humanos podem estar em perigo (…)

Numa tentativa desesperada para compreender e assimilar este momento histórico IA(nizante) e a escola pública dos tempos moderno-contemporâneos, muito por culpa dos governos em alucinogénese esquerdopata disléptica e morbo-patológica ideológica delirante, atirei-me à formação em capacitação digital e encontro-me em estado siderado pelo desvario a que o ensino e a aprendizagem chegaram na escola pública.

É que esta coisada-chavão do «aprender brincando», tem mesmo de levar uma volta de 180º. Temos de voltar às origens, in illo tempore, e entender-percebendo que temos de ensinar e aprender trabalhando e estudando; não e não ludificando.

Muito sinceramente, é chocante o estado da escola pública actual, da ficção com efeitos especiais dos pseudo estrondosos resultados escolares (não de aprendizagem), onde estamos, como estamos e aonde não chegamos.

É do mais elementar bom senso que o executivo governante tenha uma acção de direita política edu-governativa de mudança de paradigma, menos tecnologia e mais humanismo-carbonismo. Recomendamos menos «macaquices pedagógicas e IA» e mais substracto científico-intelectual homo-escolar e pedagógico-didáctico clássico-conservador. O antídoto anti e contra a (de)formação da pessoa humana ignara.

Donde, sendo a IA um problema-solução presente e global-futuro para a IH, estando para breve o desafio da dominância sílica e a submissão carbónica, desequilíbrio alcançado em favor da tecno-máquina com o algoritmo-dei e perdição humana, somos de apreciação-parecer e juízo de que a opinião pública mundial se deve informar, manifestar e nunca por nunca calar.

Epilogamos com uma nota-esperança de mutação e respeitadora da alteridade. Com o novo governo da Aliança Democrática (AD), o XXIV Governo Constitucional de Portugal, a escola pública e o professorado, expectantes, querem/queremos acreditar na mudança que se impõe. Relembrando, para não esquecer e lembrar a acção política governativa, há um enfartanço de escola digital IA Gen sílica e um acentuado défice de escola IH Nat carbónica. É da mais elementar inteligência não perder o foco das origens-génesis da escola, entretanto perdidas e «travestidas» nos idos de «La confusionite» do tempo edu-recente. Pela escola pública, um só espírito – et pluribus unum. Fica o modesto avisamento e dado o conselho.

É urgente, e tarda, a mutação do/no paradigma bu(r)rocrático da escola actual, simplificação da avaliação sem grelhas-lixo, redução dos descritores e feedback na avaliação ao mínimo essencial resumido, ensino mais científico e mais carga horária (mais aulas-conteúdos e menos projectos e reuniões), menos invenções pedagógicas, gestão flexível dos curricula, novo modelo de gestão escolar (sucata com o actual modelo), um novo Estatuto da Carreira Docente (revisão do ECD) e uma nova carreira sem minas e armadilhas (livre de quotas/vagas), confiança & autonomia MECI/Professor. E sim, acabar com a aberração lurdina da escola a tempo inteiro e o delirius tremendus de todos em carreirinha para o sucesso-interface «Steven SPI» ficcionado em rede, dada a impossibilidade de ensinar quem tantas e tantas vezes, simplesmente não quer aprender, falta desalmadamente e passa/transita com o «justifiquês»; recomenda-se menos felicidade do «pedagogês», menos trabalho do «escolês-eduqês» e menos interferência, externalidade e parentalidade invasora da organização escola e intimidante da profissionalidade e da ética deontológica docente. Uma violência para o professor natural carbónico e uma convivência-cúmplice para a agenda política, partidária, ideológica e de esq-governança sílica-woke de imposição.

Uma acepção clássica (latim acceptio) histórica da escola natural e intemporal, e não wokista da escola pública, que dispensa policiamento, doutrinamento wokilizante moralista, a catarse woke da ideologia/identidade de género e as purgas do wokismo.

Uma escola evolutiva q.b., mas sem perder a alma e a identidade. O fim de uma tutela inquisitorial e de uma escola plataformizada e asfixio-afogada em aplicações que a desvirtuam e vão matando. O regresso do tempo intelectivo, do professor-intelectual e do princípio dogma, no sentido originário grego da razão humana detentora do conhecimento, possessor do saber, autoridade «magister» respeitada na sala de aula. Voltar ao estudo e trabalho escolar em papel (banido, mas mais-valia sináptica), com professores e educadores motivados, valorizados, com o professorado carbónico liderante, saneamento do medo e em modo de felicidade profissional. É tempo de voltar ao tempo da intelectualidade docente. Ah, e acabar com a azia de tanta grelha justificativa, estudos redundantes e perda de precioso tempo escolar.

Acabar com o caos da gestão camarária-autárquica e do pessoal não docente; ver a imagem deplorável das nossas escolas, deitadas ao semi-abandono e com «erva de metro», de uma tristeza-desleixo incomensurável e ambiência-bandalheira de degradação rápida. De muito mau exemplo e feridor de susceptibilidades.

Fica a crítica, à abstenção da actual governança, em 21/VI/2024, na votação/chumbo em Plenário da petição pelo fim do prof-rejeitado «projecto maiano». Andou mal o governo montenegrino.