Augusto Santos Silva criticou a fraquíssima qualidade da gestão dos empresários portugueses e os empresários portugueses ofenderam-se, provando assim que o ministro dos Negócios Estrangeiros está certo: um empresário que, em vez de estar a trabalhar, liga ao que é dito pelo Governo português – conhecido por afirmar uma coisa e o seu contrário, às vezes na mesma frase – não pode ser grande coisa.
É óbvio que Santos Silva está certo. Os empresários portugueses são fracos. Por uma razão: são empresários portugueses. Da mesma forma que não há bons astronautas etíopes, bons pescadores suíços ou bons ananases siberianos, é impossível haver bons empresários portugueses. É uma espécie que não se dá bem nestas condições.
Basta isto para justificar o que disse Augusto Santos Silva. Nem é preciso ir buscar números, como o faz aqui Manuel Carvalho, o director do Público, em defesa do ministro. Uma defesa dupla: não só pelos dados que apresenta, como por ser publicada num jornal que só existe, precisamente, devido à incompetência de uma família de empresários que não se importa de manter aberto um sorvedouro de dinheiro, mostrando que a parvoíce empresarial portuguesa é atávica.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.