Aqui há uns meses passei pelo calvário de ter de renovar o Cartão de Cidadão. Aquilo a que assisti nas longas horas que passei numa Loja do Cidadão deixou-me siderado. Sabia que as filas eram longas, que o tempo de espera podia ser de horas – não tinha ideia que balcões como o da Segurança Social esgotavam as senhas para 9 ou 10 horas abertura ao público ainda antes de estarem a funcionar. E que noutros serviços o panorama não era muito melhor.
Mas aquilo que verdadeiramente me surpreendeu foi a passividade dos cidadãos. Como se ser mal servido num serviço público já fizesse parte da nossa natureza. Como se tivéssemos perdido todos os critérios de exigência. Como se continuássemos a ter medo de medo de esboçar mesmo o mais modesto protesto.
Amochamos e seguimos em frente, porventura ruminando um praga.
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