Vímara Peres não se encontra através de um GPS em nenhuma localidade da cidade de Guimarães. Não há escultura, beco, rua ou viela em que se possa vislumbrar o nome daquele que dá o nome aos vimaranenses e que apelida a cidade de Guimarães (Vimaranis) por ser o seu fundador.
Só na cidade do Porto é que conseguimos admirar uma escultura deste responsável do repovoamento do rio Minho até ao rio Douro. Vímara Peres no entanto deu a Portugal um certo sentimento de independência, antes mesmo de o nosso país a conquistar.
Uma iniciativa desta natureza, que defende uma presença de Vímara Peres em Guimarães é algo que se torna adequado, uma vez que o executivo camarário vimaranense já prometeu a existência desta estátua há anos.
Filho de Pedro Theon, Vímara Peres foi um dos responsáveis pelo repovoamento da cidade e da região.
Vimaranis (derivado do seu próprio nome), com o correr dos tempos e por evolução fonética tornou-se na moderna Guimarães, tendo sido o principal centro governativo do Condado Portucalense aquando da chegada do conde Dom Henrique.
Foi em Guimarães que veio a falecer, em 873, o seu filho, Lucilio Vimaranes (patronímico que significa “filho de Vímara”), sucedendo-lhe à frente dos destinos do condado, instituindo-se assim uma dinastia condal que governaria a região até 1071
Vímara Peres concorreu assim de forma decisiva para a fortificação e defesa da cidade, contribuindo para a sua governação através da linhagem familiar que deixou pelos tempos e que muito serviu para o crescimento da região.
Entre os seus descendentes mais populares temos a incontornável Mumadona, responsável por ter mandado erguer o castelo de Guimarães e a sua colegiada.
Fica assim aqui lançado o mote para uma discussão que penso ter sentido vir a existir, porque uma referência ao fundador de Vimaranes em Guimarães é mais do que justificável no Berço da Nação fundado pelo próprio.