O vereador José Sá Fernandes decidiu, a polémica instalou-se e agora o presidente da Câmara diz estar “surpreendido” e quer ver o assunto discutido na reunião de câmara. O CDS questionou António Costa sobre a decisão de Sá Fernandes de retirar os brasões florais dos antigos territórios ultramarinos na Praça do Império, em Belém, Lisboa, e o autarca fez saber que não concorda.

Num email enviado ao vereador do CDS, João Gonçalves Pereira, a chefe de gabinete de António Costa diz que quer “transmitir” que Costa “foi surpreendido com as recentes notícias sobre o projecto para o Jardim da Praça do Imperio, tendo solicitado de imediato informações ao Senhor Vereador José Sá Fernandes”. No mesmo email, Costa mandou dizer que quer que o assunto seja apresentado e discutido em reunião de câmara.

O vereador do CDS tinha dado voz a alguns indignados que estavam contra a não-recuperação dos brasões florais. No email, enviado a Costa, Gonçalves Pereira dizia que a intenção da autarquia tinha”razões políticas incompreensíveis”. Ainda na mesma missiva, o vereador defendia que “a História é a História e não se apaga, e o património é o património. Por isso mesmo, preservam-se e cuidam-se”.

O vereador responsável pela preservação dos espaços verdes do concelho, Sá Fernandes, tinha defendido à TVI24 que a ideia de não recuperar os brasões coloniais “é uma opinião pessoal [sua], não é da câmara”. E defendia porquê: “Não faz sentido estarmos a gastar dinheiro a recuperar símbolos que já não existem”, declarou.

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Nos argumentos do gabinete do vereador, em respostas ao Observador, o que se passa é uma “recuperação do património, não uma destruição” uma vez que os “brasões já não existem”.

A única reunião de câmara marcada para os próximos dias é no dia três de setembro, às 18h30, uma reunião descentralizada, na freguesia de Benfica, mas que se dedica sobretudo a ouvir os munícipes. O assunto deverá ser só discutido no dia 10 de setembro na reunião ordinária de câmara.