Uma petição online lançada pela Associação de Defesa do Património de Lisboa (ADPLx) contra a não recuperação dos brasões em arbusto relativos às ex-colónias portuguesas na Praça do Império, em Belém, já reuniu mais de 700 assinaturas. Às 19h30 desta sexta-feira, eram 757 as pessoas que já tinham dado o seu apoio à “Preservação do jardim da Praça do Império”, o nome da petição, onde se acusa o vereador Sá Fernandes de querer “descaracterizar um dos espaços mais visitados de Lisboa, que pertence ao povo português e, em particular, aos munícipes da cidade”.
A petição foi lançada pela ADPLx em simultâneo com a convocatória para uma manifestação no local, esta quinta-feira, ao fim da tarde. No protesto estiveram presentes cerca de cinquenta pessoas que fizeram uma limpeza de ervas daninhas dos brasões em causa.
Por estar integrado na Zona Especial de Proteção do Mosteiro dos Jerónimos, qualquer alteração ao jardim terá de obter um parecer favorável da Direção Geral do Património Cultural (DGPC). Antes disso, os trabalhos terão de ser aprovados em reunião de câmara. O vereador do CDS na autarquia exigiu que o tema fosse levado à consideração dos vereadores numa futura reunião e José Sá Fernandes, em declarações ao jornal i, afirmou que, caso seja votada favoravelmente, a medida será enviada para a DGPC para avaliação.
Ainda segundo o vereador dos Espaços Verdes do município, a manutenção dos arbustos relativos aos oito brasões das ex-colónias teria um custo de 24 mil euros por ano e o de todos (32, incluindo os dos distritos nacionais, uma Cruz de Cristo e uma Cruz de Avis) custaria 100 mil euros anualmente. Ou seja, a não recuperação dos elementos florais dos antigos territórios ultramarinos faria com que a câmara despendesse 76 mil euros anuais na manutenção dos restantes brasões.