Pedro Passos Coelho foi chamado a dar mais esclarecimentos à comissão parlamentar de inquérito ao Banco Espírito Santo (BES) pelo Partido Socialista, mas recusou o convite. Citado pela TSF, o primeiro-ministro diz que não tem “nenhuma necessidade particular de acrescentar nada em relação àquilo que já é público”. O pedido do PS no sentido do primeiro-ministro prestar esclarecimentos, através de um depoimento escrito, surgiu na sequência da carta que Ricardo Salgado enviou à comissão parlamentar dando conta de dois encontros entre Passos e Salgados que se realizaram num período crítico em que ainda não eram públicos todos os problemas que viriam a desencadear o colapso do Grupo Espírito Santo (GES) e BES.

Para Passos, não há “novidades” que justifiquem a sua presença no Parlamento. “Tudo aquilo que, no âmbito da carta, foi observado pelo ex-presidente do BES é do domínio público”, disse o primeiro-ministro, pondo um ponto final no assunto.

Passos reiterou apenas que “recebeu” Ricardo Salgado e que “teve ocasião de avaliar” a proposta que lhe foi feita no âmbito do Grupo Espírito Santo e que “não teve sequência na medida em que o Governo decidiu que não a podia apoiar”. “Tudo isso é conhecido, não creio que seja necessário estar a acrescentar mais detalhes ou informações”, disse.

Também o Presidente da República recusou falar sobre o tema. O PSD já manifestou a intenção de chumbar os pedidos de audição de Cavaco Silva e Passos Coelho, apresentados pelo Partido Comunista e Bloco de Esquerda. Quanto ao depoimento por escrito do primeiro-ministro, pedido pelo PS, fonte dos sociais-democratas, citada pela Lusa na sexta-feira, não fechava a porta.

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