É uma oportunidade de negócio que está a aliciar várias empresas mineiras e agências espaciais: explorar os mais de 1600 milhões de toneladas de água em estado sólido e as terras raras da superfície da Lua e transformá-los numa “máquina de fazer dinheiro”, escreve o jornal espanhol ABC. A China lidera a corrida.

Nos 40 anos que passaram desde que a NASA desmantelou o programa Apolo, o homem não voltou a pisar a superfície do satélite, mas os voos espaciais não tripulados continuaram a alimentar o interesse pela Lua ao terem descoberto a localização dos depósitos de água gelada nos pólos norte e sul.

Num artigo publicado na Physics World, Richard Corfield explicou que há uma série de empresas a sonhar com a possibilidade de explorar esses recursos porque “onde há gelo, há combustível”. Esse é o objetivo perseguido pela companhia texana Shackleton Energy Company (SEC) que quer produzir combustível a partir dessas reservas de água lunar e vendê-lo às agências espaciais em “estações de serviço espaciais” instaladas na órbita terrestre – verdadeiras “gasolineiras” no espaço, como disse Dale Tietz, diretor executivo da SEC, ao ABC.

A China está na dianteira desta exploração. Em dezembro de 2013, um voo chinês não tripulado aterrou na superfície lunar, tendo o país anunciado a sua intenção de aí criar uma base. O interesse da China pode ser explicado, de acordo com o jornal espanhol, no facto de o gigante asiático deter um quase monopólio sobre os minerais terrestres raros, primordiais para as indústrias de telemóveis, de computadores e de baterias dos automóveis

Mas a China não será o único país a perceber, como diz Corfield, que a Lua será “essencial para a diáspora da humanidade em direção às estrelas”. A Lua, ali tão perto.

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